Trabalho Sociologia
Por: MelissaVale • 29/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.700 Palavras (7 Páginas) • 1.129 Visualizações
1. Quais as principais diferenças entre as teorias de estratificação de Marx e de Weber?
Na teoria de Marx, a classe de uma pessoa é determinada pela sua “relação com os meios de produção”, ou seja, pela fonte de sua renda. na teoria de Marx apenas duas grandes classes caracterizam cada era economia: senhores e servos durante o feudalismo e burguesia e proletariado durante o capitalismo. Marx afirma que para os capitalistas obterem lucros altos, eles devem investir em tecnologias.
Weber assim como Marx percebia as classes como categorias econômicas. A posição de classe é determinada pela “situação de mercado” da pessoa, o que inclui a posse de bens, o nível de educação e o grau de habilidade técnica. Weber definiu quatro classes principais: grandes proprietários, pequenos proprietários, empregados sem propriedade e trabalhadores manuais não-proprietários. Ele ampliou a idéia de classe de Marx e reconheceu dois outro tipos de grupos: grupos de status diferem entre si no prestigio ou na honra social de que gozam e em seu estilo de vida) e partidos (são organizações que procuram impor sua vontade aos outros, não são apenas grupos políticos. Para Weber, deveríamos organizar classes, grupos de status e partido como fontes de desigualdade relativamente. Weber afirmou que a importância dos grupos de status é maior na sociedade pré-capitalistas ao passo que, no capitalismo, as classes e os partidos (em especial as burocracias) tornam-se principais bases da estratificação. Para Weber a teoria da estratificação social considera que a sociedade distribui os indivíduos e as famílias em vários degraus diferentes quanto à riqueza, ao poder, ao prestígio. Os indivíduos podem ser agrupados em várias camadas ou estratos sociais.
As principais diferenças entre a teoria de Marx e a de Weber é que na Teoria de Marx, ele distinguiu duas classes principais segundo a fonte de sua renda. Já na Teoria de Weber ele distinguiu quatro classes principais de acordo com sua situação no mercado.
2. Em que consiste a teoria funcional da estratificação?
A teoria funcional da estratificação foi proposta por Kingsley Davis e Wilbert E. Moore no fim da segunda guerra mundial. Ela pode ser considerada como uma necessidade universal, para os que são adeptos a ela.
Davis e Moore observaram que algumas ocupações são mais importantes do que outras. E esses indivíduos que são considerados mais importantes devido a sua ocupação dentro da sociedade têm mais privilégios do que outros. Esses privilégios podem ser considerados como uma forma de motivação para que todos os indivíduos queriam estudar para serem mais qualificados e poderem alcançar cargos melhores.
Nessa teoria, para que a sociedade se torne melhor, é preciso que as pessoas mais qualificadas estejam em posições mais importantes. Por isso que existe a motivação (que pode ser o dinheiro), que faz com que cada individuo se esforce para conseguir posições mais qualificadas.
Mas existem alguns problemas que foram observados depois que a teoria foi publicada: “A teoria funcional da estratificação enfatiza como a desigualdade ajuda a sociedade a descobrir talentos, mas ela ignora a quantidade de talentos que permanece desconhecida por causa da desigualdade.”... “A desigualdade pode encorajar a descoberta de talentos, mas somente entre os que têm condições de aproveitamento as oportunidades disponíveis. Para o resto das pessoas, a desigualdade impede a descoberta de talentos.” (Capitulo 6 – Estratificação social: Brasil e perspectivas Globais - página 194 – 5 parágrafo).
3. Blau e Duncan argumentam que os EUA possuem um sistema de estratificação social meritocrático. Qual seriam os limites dessa interpretação?
O sistema de estratificação social merotocratico não é um sistema de divisões de classes, mas sim, um sistema onde cada individuo conquista com seu esforço pessoal o seu mérito.
Os EUA era visto como um pais sem divisões de classes, para Blau e Duncan a estratificação social de cada individuo esta baseada na realização individual de cada individuo, onde, os méritos individuais são mais importantes do que a origem familiar.
O sistema de estratificação é como uma escada que possui centenas de degraus, onde cada degrau representa ocupações, e cada uma dessas ocupações exige diferentes níveis de educação, o que gerar diferentes quantidades de renda.
Nessa teoria de Blau e Duncan, somente os homens empregados em tempo integral foram incluídos, deixando de fora as mulheres e os desempregados e os trabalhadores de tempo parcial. Desse modo, se compararmos pessoas com o mesmo nível de educação e origem familiar semelhante, os grupos que não foram incluídos, tendem a atingir status mais baixos. Assim concluímos, que deve-se examinar as características dos grupos (ver se os grupos enfrentam barreiras de mobilidade como: discriminação racial e de gênero e o fato de algumas pessoas nascerem em condições de pobreza) e não somente o status de características individuais.
4. De que modo políticas públicas podem reduzir desigualdades sociais?
A vida política tem profundo impacto na distribuição das recompensas e oportunidades em uma sociedade: a política pode reestruturar a estrutura de classes ao mudar as leis de propriedade ou, de maneira menos radical, pode alterar a estrutura de classes ao assegurar diversos benefícios e redistribuir a renda por meio de impostos.
Em 1964 a política de abertura ao capital estrangeiro, iniciada em 1950 por Juscelino Kubitschek, foi aprofundada. Ao mesmo tempo, o Estado passou a investir na economia, utilizando empréstimos que resultaram em uma enorme dívida externa. Essa política gerou um forte crescimento econômico.
Os defensores da democracia responsabilizavam os governos militares pelo aprofundamento da chamada “dívida social” provocado tanto no plano da economia pela política salarial implantada, como no plano das políticas sociais por sua ineficiência.
Essas políticas eram ineficientes devido a centralização das decisões e dos recursos em nível federal, na ineficiência do gasto social, na superposição e na fragmentação dos programas e sua apropriação por grupos médios e na má qualidade dos serviços oferecidos aos mais pobres.
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