Urabnismo como modo de vida

• A ideia central do texto
• O que o autor apresenta/ analise do que ele disse
• Relacionar com a sociedade contemporânea, levando em consideração a apropriação do espaço pelos grupos.

O URBANISMO COMO MODO DE VIDA

 LOIS WIRTH

O texto analisa o fenômeno urbano de acordo com seus aspectos físicos e sociais. O autor inicia sua análise afirmando que o surgimento das grandes cidades é o marco mais significativo para o inicio da modernização na civilização ocidental. Apesar do crescimento desordenado, as cidades pós-industriais e pré-capitalistas não deixam de serem cidades que influenciam na vida social do homem.

A cidade moderna não é apenas a moradia e o local de trabalho do homem, mas sim o conjunto de espaços intelectuais, sociais e culturais que os cidadãos desenvolvem. De modo que a cidade tem grande influência sobre as pessoas, se tornando o centro de controle de suas vidas.

I. A CIDADE E A CIVILIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA

• A cidade não é apenas a moradia e o local de trabalho do homem, mas assume o conjunto de espaços mentais, sociais e culturais que os cidadãos desenvolvem. De forma que a cidade tem grande influencia sobre as pessoas, se tornando o centro de controle de suas vidas, como no seguinte trecho (“A característica marcante do modo de vida do homem na idade moderna é a sua concentração em agregados gigantescos em torno dos quais está aglomerado um número menor de centros e de onde irradiam as ideias e as práticas que chamamos de civilização”).
• A vida urbana é influenciada pela vida rural, pois muitos dos habitantes têm origem no campo. O urbanismo rompe fronteiras da cidade, levando influencias. De modo que, a cidade e o campo dependem um do outro.
• A necessidade de se distinguir bem a urbanização: que é a entidade física referente às limitações do espaço e infraestrutura do urbanismo que representa o modo de vida e passa sempre pelo perigo de ser confundido com industrialismo e capitalismo moderno.
• Mesmo a cidade tendo sua importância em meio à civilização, o conhecimento do homem sobre o urbanismo e a urbanização é considerado insuficiente. As cidades urbanas são além do número de habitante, é um espaço relativamente grande, que possui estrutura compacta com indivíduos socialmente diferentes.
  O urbanismo era tido como um modo de vida, que rompe as fronteiras da cidade. Já a urbanização é ligada ao crescimento das cidades e ao desenvolvimento, mas também se trata da mudança nos modos de vida caracterizados como urbanos. São visíveis com a população sendo influenciada pela cidade: exercem por meio do poder de suas instituições e personalidades, através dos meios de comunicação e transporte. O urbanismo não isola os espaços rurais. Pelo contrario a vida urbana é influenciada pela vida rural, o urbanismo integra os setores da sociedade com as áreas rurais, em seu universo político, econômico, cultural e social.

II. UMA DEFINIÇÃO SOCIOLÓGICA DA CIDADE

• A urbanização não é representada com o crescimento das cidades, mas sim com a mudança dos modos de vida caracterizados como urbanos. São visíveis com a população sendo influenciada pela cidade: exercem por meio do poder de suas instituições e personalidades, através dos meios de comunicação e transporte.

III. UMA TEORIA SÔBRE URBANISMO

• Quanto maior a cidade, maior presença de atividades e instituições, ou seja, maior presença do urbanismo como um modo de vida.
• Cidade= Núcleo relativamente grande, denso e permanente de indivíduos socialmente heterógenos. 
• Com base em três quesitos: tamanho, densidade e grau de heterogeneidade da população urbana parecem possíveis esclarecer, as características da vida urbana e explicar as diferenças entre cidades de vários tamanhos e tipos.

Tamanho:

• Com aumento do número de habitantes de uma comunidade acima de certo limite irá afetar as relações entre eles, trazendo maior diferenciação, e modificando as relações sociais (enfraquecimento dos laços). Por exemplo, no seguinte trecho: (“O aumento do número de habitantes de uma comunidade para mais de algumas centenas obrigatoriamente limitará a possibilidade de cada um dos membros da comunidade conhecer pessoalmente todos os outros”).
• “Isso não quer dizer que os habitantes urbanos têm menor número de conhecidos do que os habitantes rurais, pois o inverso pode acontecer. Caracteristicamente, os cidadãos encontram-se uns aos outros em papéis bastante divididos. Dependem, certamente, de mais pessoas para as satisfações de suas necessidades da vida do que a população rural, e por isso são associados a um número maior de grupos organizados, mas dependem menos de pessoas determinadas, e sua dependência de outros confina-se a um aspecto altamente fracionado da esfera de atividades dos outros.”

Densidade:

• O crescimento da densidade tende a produzir diferenciação e especialização, pois somente dessa forma é que a área poderá suportar o aumento numérico
• Ocasiona atrito e irritação, e os contatos físicos são estreitos, e contatos sociais distantes.
• “A vida em contato estreito e o trabalho em comum, de indivíduos sem laços sentimentais ou emocionais, desenvolvem um espírito de concorrência, engrandecimento e exploração mútua. Contato físico estreito frequente, aliado a grande distância social, acentua a reserva de indivíduos não ligados entre si e, a não ser que seja compensada por outras oportunidades de reação, dá origem à solidão”.

Heterogeneidade

• Tende a quebrar estruturas sociais rígidas e a produzir maior mobilidade, instabilidade e insegurança, e a filiação de indivíduos a uma variedade de grupos sociais opostos e tangenciais com um alto grau de renovação dos seus componentes.

IV. A RELAÇÃO ENTRE A TEORIA DO URBANISMO E A PESQUISA

SOCIOLÓGICA

O urbanismo na Perspectiva Ecológica

Instalações técnicas, especializações o organizações que surgem da vida urbana só dão certo nas cidades onde a procura é maior. A Cidade tem uma proporção maior de jovens do que área rural (que já tem maior numero de pessoas idosas e crianças) = característica do urbanismo.

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