“VENDE-SE QUALIDADE DE VIDA” – MARIANA FALCONE GUERRA
Por: Amanda Tchuy • 5/9/2017 • Resenha • 635 Palavras (3 Páginas) • 519 Visualizações
Nome: Amanda da Silva Santos (Amanda Tchuy)
RA: 8777871
“VENDE-SE QUALIDADE DE VIDA” – MARIANA FALCONE GUERRA
GRUPO 6 - CAPÍTULO 3 / TRECHO 3.4 / CAPITULO 4 TRECHO 4.2
(MEIO AMBIENTE)
É difícil Distinguir os espaços públicos dos privados em Alphaville devido aos grandes muros e cercamentos.
Na teoria o sistema viários, praças, canteiros, etc. da cidade pertencem ao município e devem ser áreas livres para qualquer público, porém na prática esses equipamentos fazem parte da totalidade de Alphaville podendo ser frequentado apenas por pessoas de alto poder aquisitivo.
O Parque ecológico do Tietê que é frequentado por pessoas dos municípios do entorno (Jandira, Itapevi, Carapicuíba, etc.) não possui conexão com Alphaville. Qualquer ligação que facilite a entrada de pessoas não identificadas é vista como perigosa.
Os folhetos de propaganda dos empreendimentos refere-se a APA (área de proteção ambiental) localizada ao redor de Alphaville, como área exclusiva e particular do bairro, tornando uma área teoricamente publica em particular, não para preservação ambiental pois o boom imobiliário não para e já começa a comprometer as áreas verdes, e sim por motivos de capitalismo, exclusão, desigualdade social e preconceito.
Os espaços destinados aos moradores de Alphaville ficam praticamente ociosos até mesmo em finais de semana, devido aos equipamentos particulares de piscina, churrasqueira, home theater, etc. que os residentes possuem com exclusividade em suas residências de alto padrão.
O Portal Alphaville Urbanismo, 2012 refere-se a região como sustentável, ganhadora de mais de 50 prêmios de excelência. Essa qualificação faz parte de uma estratégia cujo objetivo é satisfazer novas demandas por “condomínios verdes”.
Segundo Acselrad (2009) duas racionalidades são essenciais na sustentabilidade: 1 - Foco na longevidade do sistemas capitalista vigente com base na racionalidade econômica e eficiência global. 2 - Vislumbra a experiência prática de sustentabilidade como uma possibilidade de transferência social de valores como ética, equidade, responsabilidade, etc.
Segunda a agenda 21 três critérios resultariam em um modelo de sustentabilidade: cidade densa e compacta, uso diversificado e transporte coletivo. Porém o crescimento desordenado dificulta o processo. O receituário prescrito por consultores e agências de desenvolvimento para as mais diversas cidades inclui adoção de novas tecnologias capazes de economizar espaço, matéria, energia, aplicação da reciclagem, poupar a mobilidade urbana através da concepção de cidade mais compacta, promover marketing urbano, parceria público-privado, minimizar conflitos políticos e ideológicos para ampliar a estabilidade política (a mídia tem papel importante nesses aspectos).
A sustentabilidade tornou-se atributo de competição no mercado imobiliário. Alphaville mesmo tendo atitudes contraditórias pintava em seus folhetos imobiliários atitudes sustentáveis. Para aumentar a oferta de terrenos comercializados em na década de 1970 o sítio passou por um processo de alisamento territorial (gigantesco processo de terraplanagem, várzeas enterrados, rios canalizados além de terem seus leitos alterados, cursos de agua utilizados para resíduos) causando grandes impactos ambientais e no solo. O recrudescimento da legislação ambiental em décadas posteriores fez com que a construtora incorporasse o conceito de desenvolvimento sustentável de forma completa (reflorestou áreas impactadas, criou uma estação de tratamento de esgoto, implantou a coleta seletiva e outros itens) evidentemente as inovações propostas encareceram ainda mais os empreendimentos.
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