Variedade de gênero discursivo em um contexto geográfico

Em nossa Língua Portuguesa a uma grande variedade de gêneros discursivos, muitos dependendo de um contexto geográfico que variam dentro do mesmo estado, como capital e interior. Se dentro de nosso próprio estado muitas vezes levamos um choque de diversidade, quando vamos a outro estado às mudanças são bem maiores.

Um exemplo que podemos ver muito forte, é o preconceito com os nordestinos em sua forma de se comunicar, que vem carregada de uma variedade de gêneros discursivos, que muitas vezes se tornam um dialeto da região, rico em novas palavras de uma cidade para outra dentro do mesmo estado. Por exemplo: no nordeste em algumas cidades, as partes do corpo humano são chamadas de zoreia, zuvido, zóio e as venta, que são respectivamente orelha, ouvido, olhos e nariz. A maneira típica e diferente como se expressam, faz com que sejam duramente criticados de falarem errado.

A Poetiza Elenilda soares, escreveu um cordel em que expressa sua indignação sobre o preconceito sofrido no nordeste, segue o trecho.

“ Por eu ser nordestina o meu sotaque é diferenciado, tem gente que ri de mim dizendo que falo errado, estudem mais a cultura deixem de ser debochado, as palavras são diferentes, mas tem o mesmo significado”...

Vou citar um tema abordado no BBB21 pela tão falada participante Juliete, formada em Direito que exerce a profissão de Advogada. Em um momento de conversa com seus colegas de programa, ela expressou sua tristeza com o preconceito que sofreu inúmeras vezes quando foi trabalhar em outro estado, alegando que por ser nordestina, um estado com alto índice de analfabetos, ela é tratada com inferioridade. Como se a faculdade que ela fez, por ser no nordeste e pelo seu sotaque carregado pela sua região, ela não fosse inteligente o suficiente para exercer sua profissão.

Precisamos aprender com a poetiza Elenilda, estudar mais a diversidade de cultura de nosso país. E não taxar as pessoas pela nossa infeliz ignorância.