Volume Teórico - Crown Hall
Por: dayane0212 • 16/4/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.997 Palavras (8 Páginas) • 381 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A arquitetura moderna vem com contrastes em relação as arquiteturas do passado, com o intuito de inovar com técnicas e ideais que começaram a surgir no final do século XX, onde...”remontar ao passado naquilo que for necessário para completar o conhecimento do presente e para colocar os fatos contemporâneos em uma perspectiva satisfatória.”(Benevolo, 1976), assim com a influência da Revolução Industrial que trouxe novas técnicas e materiais construtivos, como o aço e o vidro, e desta forma abrindo novas possibilidades para o que poderia ser feito.
Fundada na cidade alemã de Weimar, a universidade de design Staatliches-Bauhaus, foi de suma importância para o desdobramento do movimento moderno, devido aos seus ideais funcionalistas e anti-decorativistas, além do grande incentivo e ênfase dada a produção industrial das obras criadas pelos estudantes. Ela visava unir a função de artista e artesão, aproximando os alunos da produção manual em seus trabalhos, incentivando-os a fazer o uso de materiais pré-moldados, afim de que fossem diminuídos os custos e aumentando a velocidade de produção, com o intuído de garantir que os artigos feitos ali pudessem ser mais acessíveis para pessoas de todas as classes. Ela foi muito criticada por focar na função e deixar de lado o ornamento desnecessário, rompendo assim com as artes acadêmicas.
A Bauhaus foi a casa de grandes nomes da arquitetura e do urbanismo moderno, como Le Corbusier que é uma das caras do movimento, pois ele produziu a famosa “máquina de morar” devido à grande influência do movimento industrial que trouxe uma nova materialidade para o mundo, e também teve grande influência no urbanismo com a sua ideia da planificação urbana. Outra figura influenciadora da escola de design foi Mies Van Der Rohe, que no ano de 1930 foi convidado por Groupius, o fundador, a fazer parte deste grupo de artistas.
2. BIOGRAFIA DE MIES VAN DER ROHE
Loudwig Mies Van Der Rohe, arquiteto, nasceu em 27 de março de 1886 e faleceu em 17 de agosto de 1969, nasceu em Aachen na Alemanha. Frequentou a escola da catedral católica, formou-se pela prática e religiosidade e trabalhou com seu pai artesão na empresa de cantaria, onde o ofício era a arte de talhar blocos. Aos 15 anos passou a auxiliar em escritórios de arquitetura e aos 19 anos foi a Berlin trabalhar com o arquiteto Bruno Paul. E por fim, com seus 21 anos projetou sua primeira casa, alois riehl.
Em 1896 a 1899, frequentou o ensino elementar e estudou em uma escola profissional durante dois anos. Mies não teve uma longa vida acadêmica, mas desde cedo trabalhou com obras locais, aprendendo sobre construção e arquitetura, onde dizia “isso é realmente construir. Não é arquitetura de papel. “Ele foi em busca de conhecimento com aulas noturnas de construção, engenharia civil, matemática e desenho de modelo vivo. Adquiriu experiências de artistas e arquitetos em Aachen, se tornando assim aprendiz no atelier de Max Fischer, onde fora um excelente avanço para sua carreira e reconhecimento, e assim dando começo a reprodução de ornamentos clássicos com escala real. Através de suas experiências profissionais, o conhecimento em construção e desenho, ele foi a Berlim em 1905, a procura de trabalho. Logo depois de trabalhos feitos na capital da Alemanha, ele passa a ser desenhador no ateliê de Bruno Paul em 1906, onde o mesmo lecionava na escola do Museu de Artes e Ofícios.
Aos 20 anos em 1906, recebe uma encomenda de arquitetura, do casal Riehl, que buscavam um jovem arquiteto para formular sua casa de férias em Neubabelsberg, nos subúrbios de Berlim. Após a finalização da obra, realizou uma viagem pela Itália em 1908, conhecendo assim os palácios e villas de Palladio.
Durante três anos, após conhecer Peter Behresn, foi convidado em 1907 a colaborar com o ateliê do mesmo. Peter foi um grande arquiteto que tinha como caminhos a industrialização e novos materiais, a monumentalidade e o classicismo. Tanto ele, quando Mies, admiravam a arquitetura de Schinkel, que visavam três pontos fundamentais, o primeiro, eram as plataformas da localização dos edifícios, que funcionavam como pedestais, conferindo a nobreza das estruturas; o segundo, “a massa, a proporção, o ritmo, e a harmonia das formas”; e por último, a pureza que encontrava nas formas, a ousadia, e a simplicidade que os espaços revelavam. Após o tempo que estava no ateliê, Mies teve envolvimento com dois importantes projetos, a Fábrica de Turbinas da AEG e a Embaixada Alemã em St. Petersburgo.
Mies, em 1913, abre seu primeiro e próprio ateliê na capital de Berlim, realizando uma série de projetos de Villas, onde toma influências de schinkelista, conhece obras de Berlage e reconhece o espirito de honestidade dos edifícios deste arquiteto holandês.
Ao se deparar com uma revolução social, política e cultural, em meio de novos expressionistas e movimentos cubistas franceses, holandeses e russos, Mies surge com ideias visionarias e vanguardistas, que transformam sua arquitetura em uma arquitetura racionalista. “Ao colocar-se o revestimento exterior destrói-se por completo a expressão e apaga-se a ideia estrutural que é a base necessária para a configuração artística, ficando esta ocultada por uma mistura de formas triviais e sem sentido.” (Mies Van der Rohe, 1922), mies tende a revestir as suas obras com vidro, dessa forma exibindo por completo a estrutura de aço, assim mostrando a “verdade” do edifício.
Após ser reconhecido por suas idéias inovadoras na arquitetura, mies foi convidado no ano de 1930 a dirigir a escola Bauhaus. Durante este tempo ele projetou uma serie das “casas pátio”, e o pavilhão de Barcelona, todas essas obras mostravam a ideologia da “arquitetura da verdade”, a valorização dos espaços integrados e o uso dos materiais da indústria. Porém infelizmente no ano de 1933 a Staatliches-Bauhaus teve de ser fechada devido ao clima político que pairava sobre a Alemanha.
No final do ano de 1938, Mies, a chamado de Frank lloyd foi até a Illinois Instituto of Technology (IIT) afim de projetar um novo campus. Baseado nos conhecimentos adquiridos na Bauhaus, ele faz uma serie de edificações
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