A ANÁLISE COMPARATIVO DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
Por: Vithoraci • 6/9/2021 • Trabalho acadêmico • 5.745 Palavras (23 Páginas) • 236 Visualizações
ANÁLISE DE DESEMPENHO COMPARATIVO DE CONSUMO DE
COMBUSTÍVEL
Vithoraci, Leandro
lv.vithoraci@gmail.com
Soncin, Marcela
marcelaesoncin@gmail.com
RESUMO
No Brasil, o principal meio de movimentação de cargas é o transporte rodoviário onde,
cerca de 60% do deslocamento de mercadorias é feito pelas rodovias, segundo dados
da CNT (Confederação Nacional do Transporte). Assim sendo, o modal rodoviário
representa 6% do PIB nacional. Com números tão expressivos, é natural que esse setor
seja responsável por grande parte do consumo de combustível usado pelas
transportadoras no país onde isso impacta diretamente no valor do frete. De forma geral,
35% do valor do frete é composto pelo gasto com combustível, representando o maior
custo operacional do transporte rodoviário de cargas. Seu consumo pode variar
dependendo da utilização do veículo e sua manutenção, da rota, da região, do clima e
principalmente do valor do óleo diesel, insumo que vem aumentando constantemente.
Dessa forma, a gestão de combustível é essencial para a transportadora, onde é
possível absorver os impactos dessas variáveis e manter o fluxo de caixa positivo. Neste
artigo foi feito comparações entre três marcas populares de caminhões do Brasil, onde
foi avaliado o desempenho através de parâmetros pré-estabelecidos pela empresa,
onde através do software, os dados coletados formaram e construíram os gráficos e
mapas desenvolvidos para esta análise.
Palavras-chave: transporte; custos, desempenho
1
Introdução
No Brasil, o transporte rodoviário de cargas é de extrema importância no âmbito
econômico, ambiental e social. Diariamente ocorre uma grande circulação de veículos
de cargas por todas as rodovias e estradas, modalidade essa que foi priorizada pelos
governos nacionais desde a década de 20, mesmo com o Brasil tendo um grande
potencial para o investimento e desenvolvimento de outros modais de transportes, tais
como aéreo, ferroviário e o marítimo (ARAÚJO, 2012).
Segundo Araújo (2012), a subcontratação de terceiros é uma forma alternativa
de minimizar os custos excessivos e obter uma vantagem comercial, não se
importando com os impactos negativos que isso venha a causar. As baixas receitas
oriundas desses fretes maquiados acarretam problemas de manutenção veicular;
jornadas de trabalho excessivas; aumento da idade média da frota; incapacidade de
renovação da frota; sobrecarga nos veículos; aumento nos índices de acidentes e
óbitos; depredação das vias; inadimplência fiscal; aumento no índice do consumo de
combustível e poluição ambiental.
Uma das maiores dificuldades do modal rodoviário logístico de cargas no atual
momento, é atingir uma redução significativa do consumo dos combustíveis.
A redução do consumo de combustível traz inúmeras vantagens, visto que
quanto menos combustível se consome no transporte rodoviário de cargas, melhores
condições são geradas, o empregador pode investir na melhoria dos transportes e
realizar novas contratações, dar melhores condições para os motoristas que trafegam
pelas estradas e atuam diretamente na logística do país. Além disso, a redução de
custos pode ser refletir no aumento do poder de compra por parte da população, pois
os produtos se tornam mais acessíveis, principalmente para a classe menos
privilegiada.
O presente trabalho teve como objetivo principal, fazer uma análise de
consumo de combustível no transporte rodoviário, de três marcas diferentes de
caminhões comercializados no Brasil: A (DML 460 6x2), B (FML 460 6x2) e C (SML
460 6x2). Foram realizadas as comparações das metas estabelecidas para o consumo
de óleo diesel e dos resultados obtidos para o consumo do combustível por quilômetro
rodado.
O acompanhamento foi feito para as rotas que já estavam parametrizadas, já
existentes no sistema operacional da empresa (ERP), separados por regiões do País.
Com base no clima e na topografia de cada uma das regiões, a análise foi feita
com os caminhões partindo da mesma base, a Cidade de Boituva no interior do estado
de São Paulo, para:
1. região sudeste;
2. região sul;
3. região centro-oeste,
4. região norte, e
5. região nordeste.
2
Custos
A frase “O que não se mede não se gerencia” perpetuada por Peter Drucker,
mas atribuída ao consultor W. Edwards Deming, outro importante consultor na área
de
...