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A Administração Financeira

Por:   •  19/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  78.813 Palavras (316 Páginas)  •  501 Visualizações

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s de suas dívidas, e os lucros gerados por esses investimentos até o momento da mensuração da riqueza.  

[pic 2] 

Nas empresas, em termos financeiros e dentro da ótica dos acionistas, a riqueza é o valor do capital próprio, que é representado pelo capital investido e lucros retidos. Em termos contábeis, este valor é expresso pelo patrimônio líquido (PL).

Considerando o conceito de maximização da riqueza, a criação de valor é a diferença entre o valor da riqueza no fim de um período e o valor da riqueza em seu início. Em outras palavras, a criação de valor é o lucro do período analisado. Na semântica contábil-financeira, é o valor do Patrimônio Líquido Final (PLf)[1] menos o valor do Patrimônio Líquido Inicial (PLi), que pode ser traduzido na seguinte fórmula:

Criação de Valor (Lucro do Período) = PLf – PLi

Neste conceito, em vez de se obter o lucro pelo confronto das receitas e despesas do período, o valor a partir destes dados é obtido pela avaliação do patrimônio líquido da empresa ao final do período e o confronta com o valor do patrimônio líquido inicial, que terá sido avaliado pelo mesmo critério. Este conceito de lucro é denominado lucro econômico em contraposição ao conceito tradicional de lucro contábil.

Contudo, é importante ressaltar que o valor da empresa aumenta ou diminui ao longo do tempo pela capacidade da empresa de sustentar a geração dos lucros contábeis. Se a empresa demonstra periodicamente que consegue manter a operação com lucratividade, o valor da empresa tende a aumentar. Se, por outro lado, a empresa não consegue demonstrar aos investidores, sócios e proprietários capacidade de manter lucros adequados ao longo do tempo, o valor da empresa tende a cair.  

 

Teoria do Agenciamento (Agency Theory)

Um aspecto relevante em finanças é o estudo do relacionamento entre os diversos interessados em um empreendimento empresarial (stakeholders), com ênfase para a relação entre os acionistas e os administradores das empresas, denominada teoria da agência.  

Em uma empresa constituída como sociedade por ações, necessariamente os acionistas têm de constituir um conselho e uma diretoria que administrem a empresa para eles. Esta relação pode ser vista como um contrato, em que os donos da participação acionária delegam a administradores autoridade para agir em seu nome. Assim, os administradores podem ser vistos como agentes dos proprietários.

Estando a propriedade e o controle separados, constata-se uma possível situação que permite à administração agir em seus próprios melhores interesses do que, eventualmente, aqueles dos acionistas. Em outras palavras, os objetivos da administração podem diferir dos objetivos dos donos da empresa. Esta situação de conflito de objetivos pode prejudicar o valor da empresa.

Para tentar conter este conflito, os acionistas podem desencorajar os administradores a desviar-se de seus interesses, mediante a concepção de incentivos apropriados para os administradores (remuneração variável, prêmios por resultados, opções em ações – stock options) etc., monitorando seu comportamento.

Saiba Mais!

Conflito de agência: acionistas versus dirigentes ‒ o caso Carrefour no Brasil

Uma reportagem da revista Isto é Dinheiro, de dezembro de 2010, mostrou que houve fraudes contábeis no Carrefour, supervalorizando os valores da receita e estoques, com o objetivo de apresentar receitas artificiais e lucros não existentes, criando, com isso, a possibilidade de aumentar a remuneração variável de seus dirigentes.

ASSI, Marcos. O rombo do Carrefour e o tombo da Deloitte. 5 dez. 2010. Disponível em: <http://www.marcosassi.com.br/o-rombo-do-carrefour-e-otombo-da-deloitte>. Acesso em: 3 out. 2014.  

 

Entenda o caso do rombo do Carrefour no Brasil:

ELY, Lara. Escândalos contábeis são alvo de investigação. Jornal do

Comércio,         15         fev.         2010.         Disponível         em:

<http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=49352>. Acesso em: 3 out. 2014.

 

1.  Habilidades Especiais de Administração Financeira

As funções financeiras são desempenhadas por dois setores da companhia, o setor de controladoria e o setor financeiro (ou tesouraria), que respondem normalmente ao gerente ou diretor administrativo financeiro, conforme mostra a Figura 1.3:

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Figura 1.3 Finanças na organização. Fonte: Padoveze (2011, p. 58)

 

A Controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa que, por meio da Ciência Contábil e do Sistema de Informação de Controladoria, é responsável pela coordenação da gestão econômica do sistema empresa. Sua base de informações é o subsistema de contabilidade societária e fiscal, expandindo esse subsistema para suprir a empresa de informações gerenciais. A grande ligação da Controladoria com a Tesouraria consiste no processo orçamentário. O orçamento nasce na Controladoria, e, após sua conclusão, os dados são enviados à Tesouraria para montar seu Planejamento Financeiro em várias projeções de tempo (Figura 1.4).

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Figura 1.4 Estrutura da controladoria.

Fonte: Padoveze (2011, p. 58) 

 

Saiba Mais!

A importância da controladoria

Neste artigo, o Prof. Nilton Cano Martin, da FEA/USP, procura demonstrar quais são as posturas, atitudes e percepções que, ao lado de novas técnicas e instrumentos de trabalho, devem ser adotadas por um contador para se transformar em um moderno Controller.

MARTIN, Nilton Cano. Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária. Rev. contab. finanç., São Paulo, v. 13, n. 28, abr. 2002. Disponível em: <>. Acesso em: 13 out. 2014.  

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