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A Contabilidade pessoal

Por:   •  4/2/2016  •  Monografia  •  7.451 Palavras (30 Páginas)  •  343 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO        

Na antiguidade enquanto não existia moeda, escrita e muito menos números o homem controlava toda a provisão do sustento do seu rebanho por meio da observação do tempo e dos acontecimentos repetitivos que presenciava. Havendo posteriormente a necessidade de calcular seu patrimônio pessoal utilizando, inicialmente, pedras que representavam cada animal da sua criação, quando um nascia era aumentada uma pedra o que significava que sua riqueza havia aumentado e quando perdia era diminuído.

Desse modo pode-se afirmar que a Contabilidade já existia, ainda que de modo rudimentar em função da necessidade do homem de verificar, mensurar e conservar o seu patrimônio familiar e em função da troca de bens para maior satisfação da necessidade das famílias.

Quando se toca no assunto “Contabilidade”, já somos involuntariamente remetidos ao âmbito de empresas. Mas alguns autores chamam a atenção para outro rumo ainda pouco explorada no Brasil: a contabilidade em prol da administração das finanças pessoais.

A contabilidade é um sistema de informação e análise destinado a dotar seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à empresa ou ao sujeito.

Verifica-se, a cada geração, que a carência de se realizar o controle financeiro que é indispensável para uma pessoa, uma família, uma cidade, um país, ou seja, faz parte da vida das pessoas e das organizações de um modo geral. Quanto maior as dificuldades financeiras, maior é a necessidade de se ter um controle das entradas e saídas, mas, por outro lado, para se ter uma boa situação financeira também se requer preocupação com os gastos.

No lar, bem como em uma empresa, o gerenciamento dos recursos é de grande importância, visto que serve de apoio para decisões, a respeito de quanto e como gastar dinheiro.

Para Silva (2007, p.12) a vida na sociedade produz a exigência de trabalhar para recebermos soldos mensais, chamados de salário para quem é assalariado, honorários, para quem é profissional liberal, rendimentos para quem vive de sua própria renda etc. Destes ganhos parte é destinado à satisfação de necessidades básicas pessoais e familiares. Desse modo deve-se atentar para a organização das finanças pessoais, tendo como foco principal, a evolução do Patrimônio Líquido pessoal. O conhecimento acerca de como administrar os ganhos é fundamental na evolução deste patrimônio. Para isso é importante conhecer alguns conceitos e métodos relacionados a contabilidade.

O uso das técnicas e conceitos contábeis para a administração e manejo das finanças pessoais será capaz ser utilizada para análise, comparação e tomada de decisões no decorrer da vida financeira de um indivíduo.

Os conceitos contábeis carregam instrumento significativo na organização de um planejamento financeiro propostos às pessoas físicas. Com intuito de se ter equilíbrio nas finanças. Para Frankemberg (1999, p. 21 apud SILVA, 2007, p.12): “Administrar o patrimônio e planejar a vida financeira exigem objetivos determinados, perseverança e trabalho constante”.

É de extrema relevância termos o domínio de finanças pessoais, para que possamos aumentar o nosso patrimônio financeiro, para que adotemos decisões que sejam úteis, além de fazermos orçamento doméstico levando em conta até mesmo às despesas variáveis, uma vez que temos que tomar decisões financeiras seguras ao longo de nossa vida, a todo o momento, não apenas investidores precisam tomar esse tipo de decisão e sim todo indivíduo.

A ausência de planejamento financeiro conduz as pessoas a assumirem riscos e perdas. Um indivíduo que não possui controle acerca de seus gastos, e consome por impulso, poderá encontrar dificuldade no pagamento das dívidas e ainda deixar de utilizar a renda disponível (dinheiro), em atividades relevantes como investimento, poupança, aquisição de bens que proporcionem melhora na qualidade de vida e outros. As diferentes formas de opção de pagamento facilitam cada vez mais o processo de compra, empréstimos e financiamento e assim, a população inclina-se a consumir e endividar-se com exagero e sem necessidade.

Sabendo-se que as práticas de consumo são os principais motivos das dificuldades financeiras enfrentadas pelos consumidores, neste cenário, endividados trabalham para quitar dívidas por falta de habilidade de lidar com o dinheiro, por não se atentarem a realizar um planejamento financeiro, o que pode vir a influenciar na qualidade de vida, assim como no seu equilíbrio.

A procura por equilíbrio financeiro pode influir no bem-estar da família, como apresentado por Halfeld (2001, p.43 apud SANTOS, 2012, p.15): “Planejar-se financeiramente é estar mais próximo da independência financeira; mais do que nunca, é fundamental para ter uma vida familiar equilibrada e agradável no curto e longo prazo”.

A contabilidade é fundamental na gestão das finanças pessoais principalmente no tocante ao acompanhamento do planejamento financeiro elaborado, pois como nas empresas o uso de técnicas auxiliares e de suas demonstrações forma um sistema de informações altamente completo.

O Orçamento Familiar é considerado uma das melhores formas de gerenciar o patrimônio de uma família sendo utilizado como um instrumento de controle para avaliar a situação financeira e atender o equilíbrio ente receitas e despesas alcançando assim os objetivos familiares propostos. Pode ser utilizado como meio de controle de gastos, rendas e provisões para eventuais imprevistos, com objetivo de alcançar o equilíbrio e demonstrando benefícios no seu controle financeiro familiar. Para as pessoas que tem planos para o futuro vem a ser um grande utilitário, apresentando um planejamento entre o que a pessoa tem de gastos e sua renda. Diante disto, o grande questionamento deste tema é: as famílias residentes no bairro Dirceu Arcoverde na cidade de Teresina no estado do Piauí, possui alguma noção de contabilidade e realizam orçamento familiar?

O objetivo geral é apontar a importância do planejamento financeiro para potencializar a fortuna pessoal.

 Para ajudar na pesquisa foram traçados quatro objetivos específicos, são eles: efetuar pesquisa bibliográfica a respeito do conceito e das variáveis do planejamento financeiro pessoal, produzir um modelo padrão de como controlar o fluxo de caixa pessoal, apontar as rotinas de controle orçamentário e finalmente explorar opções de investimentos.

Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva onde se buscará a descrição dos fatos ou fenômenos. Segundo Andrade (2001) “nesse tipo de pesquisa, os fatos são registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira neles”.  E analítica com a aplicação de um questionário encaminhado para 30 famílias, denominadas grupo A e grupo B.

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