A DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E FINANCEIRA
Por: Laura Maximiano • 21/6/2020 • Artigo • 1.378 Palavras (6 Páginas) • 382 Visualizações
A DIFERENÇA ENTRE CONTABILIDADE GERENCIAL E FINANCEIRA
Gabriel Campos Vieira¹
Elaine Cristina Rodrigues Voges²
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo apresentar o conceito de Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial, destacando a sua importância para empresa. Pelo estudo fica evidente a importância de custos tanto para a Contabilidade Financeira, onde é fundamental para a manutenção das demonstrações contábeis e gerenciais da empresa, quanto para a Contabilidade de Custos, que analisa o desempenho da organização, onde possibilita com que o gestor elabore estratégias, tomando decisões efetivas, direcionando a empresa para ações futuras. Além disso, verificou-se que os sistemas de informações contábeis proporcionam maiores capacidades de processamento e armazenamento de dados, utilizados para alinhar a área contábil as estratégias da empresa.
Palavras-chave: Contabilidade. Gerencial. Financeira. Sistemas de Informações Contábeis.
1 INTRODUÇÃO
Neste artigo apresenta-se a importância da área contábil para a empresa. Enfatizou-se a essência dos dois grandes ramos da Contabilidade: A Contabilidade Financeira e a Contabilidade Gerencial. Ao discutir os fundamentos das mesmas, procurou-se destacar a importância de custos de ambas. Em síntese, buscou-se evidenciar de uma forma introdutória o direcionamento da Contabilidade Financeira e da Contabilidade Gerencial, destacando o quanto custos é relevante para ambas.
Atualmente as empresas vivem em um ambiente complexo, na qual precisam estar preparadas para lidar com tomadas de decisões cada vez mais rápidas e complexas, pois o tempo de resposta do mercado pode ser a diferença do sucesso ou do fracasso da organização. Por isso, é essencial a utilização de informações confiáveis, claras e completas para tomar a melhor decisão possível. Diante a estes desafios, o tomador de decisões precisa identificar a melhor forma para entender o ambiente complexo e encontrar as melhores alternativas para se apoiar.
Conforme afirma Drucker (2010):
Bons tomadores de decisões não tomam muitas decisões. Eles tomam decisões que fazem a diferença. E eles sabem quando uma decisão é necessária. E então eles não adiam. Bons tomadores de decisões sabem que a parte mais importante, e mais difícil, da tomada de decisões não é tomar a decisão. Isso costuma ser bem fácil. A parte mais difícil e mais importante é certificar-se de que a decisão tem a ver com o problema certo. Poucas coisas são mais prejudiciais do que tomar decisões certas a respeito do problema errado.
2 CONTABILIDADE FINANCEIRA
De acordo com Cullers e Daniker (2000, p. 4), o objetivo da contabilidade financeira ou societária é fornecer informações da natureza financeira, a fim de facilitar o gestor na tomada de decisão.
Como dito acima, a contabilidade financeira auxilia o gestor nas decisões internas da empresa, além disso, é utilizada nas seguintes demonstrações contábeis: a) Demonstração do Resultado de Exercício – DRE; b) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA; c) Demonstração das Mutações de Patrimônio.
Sant'Anna (2012) afirma que a contabilidade financeira, ou geral, por ser uma ciência social, é universal. Obedece aos princípios e às convenções contábeis geralmente aceitos que, em muitos casos, são passíveis de adaptações em função do próprio ambiente interno 11 (mercado e política econômica e financeira), de cada país. A forma e a falta de padronização de apresentação das informações de desempenho pela contabilidade financeira ou geral trazem dificuldades para os gestores (usuários internos) em suas análises e tomadas de decisões.
Os procedimentos da apuração de custos da Contabilidade Financeira são muito fáceis, o seja: Se obtém o estoque inicial, adiciona as compras do período e deduz o estoque final. É com esse simples procedimento que já temos o custo total, caso a empresa trabalhe com inventário permanente, esse custo já é apurado no momento em que ocorrem as vendas pela baixa de estoque. Se o sistema de inventário escolhido for periódico, o custo será apenas conhecido com o levantamento físico do estoque final.
De acordo com Stickney & Weil (2001, p.23):
As demonstrações financeiras que as pessoas externas às empresas mais frequentemente utilizam aparecem no relatório anual aos acionistas. O relatório anual geralmente inclui uma carta da administração da empresa, resumindo as atividades do ano anterior e avaliando as perspectivas para o ano seguinte; as empresas geralmente denominam essa seção de relatório da administração.
3 CONTABILIDADE GERENCIAL
A Contabilidade Gerencial surgiu após a necessidade de os usuários internos terem em mãos as informações que iriam auxiliá-los no controle e em tomadas de decisões. É o processo de identificar, estimar, reportar e analisar informações sobre eventos econômicos de empresas
De acordo com Iudícibus (2007, p. 21):
A Contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc.
A Contabilidade Gerencial está ligada à geração de informações aos usuários internos e usa a mesma base da Contabilidade Financeira, porém com ajustes que facilitam uma visão mais ampla do seu negócio.
Iudícibus (2007, p. 22) comenta em seu livro sobre o ponto de ruptura entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: O ponto de “ruptura entre os dois grandes ramos da contabilidade não é tão fácil de ser discernido”. Certos relatórios, cúpula do processo contábil-financeiro, tais como o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado e a Demonstração de Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, representam, certa forma, a fronteira entre contabilidade financeira e gerencial.
A contabilidade gerencial, então, é uma ferramenta de gestão que dá suporte ao processo decisório ao utilizar técnicas e modelos flexíveis em conjunto com técnicas e modelos tradicionais, influenciando o comportamento gerencial, "avaliando resultados empresariais e desempenho dos gestores, em todas as etapas do processo de gestão" (PADOVEZE, 2012).
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