A GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
Por: emanuelcsr • 16/4/2018 • Trabalho acadêmico • 1.084 Palavras (5 Páginas) • 385 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
NOME DO ALUNO
Trabalho concernente a disciplina Gestão de Riscos Financeiros
Professor: Nylvandir Liberato
Recife
2018
Estudo de Caso:
GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS
Blaine Kitchenware - Estrutura de Capital
REFERÊNCIA: LUEHRMAN, Timothy; HEILPRIN, Joel. Blain e Kitchenware Inc.: estrutura de capital. Harvard Business School, 413 – P02, 2009
Com fundação no ano de 1927, inicialmente como The Blaine Electrical Apparatus Company, produtora de eletrodomésticos, a empresa referida no estudo de caso de estrutura do capital era pequeno porte. Os principais produtos produzidos por ela eram os eletros utilizados nas casas, como máquinas de Waffle, ferros de passar roupas, aspiradores de pó, entre outros utensílios domésticos elétricos. No ano de 2006 a empresa dispunha de uma participação no mercado americano de cerca de apenas 10% do mercado de eletrodomésticos. Neste tipo de mercado, entre os anos de 2003 e 2006, havia uma forte concorrência entre os produtores de eletrodomésticos nos EUA com produtos cada vez mais inovadores, o que não permitiu a Blaine Electrical Apparatus Company um crescimento de apenas 2% neste período em vendas por ano, muito embora houvesse demanda do mercado para a aquisição destes produtos.
Ao final do ano de 2006 a Blaine obteve apurado de lucro líquido na casa dos US$ 53,6 milhões, os quais aproximadamente 85% do total de receita e 80% do resultado operacional eram oriundos de produtos de qualidade intermediária e os de alta qualidade ficava com o percentual restante. O EBITDA da companhia no ano de 2006 era dos mais fortes entre as empresas concorrentes. Porém o segmento de mercado em que a companhia Blaine participava estava em situação de enfrentamento no mercado americano pois muitos produtos importados estavam em inserção, alterando os costumes de compra dos consumidores. As empresas do mesmo segmento se comportavam de forma agressiva, cortando os preços visando crescimento do volume de vendas, mas a Blaine não acompanhou esta mudança de mercado e alguns dos seus produtos passaram a regredir em participação de mercado.
Algumas ações foram tomadas pela empresa visando maior volume de vendas e participação de mercado, o que permitiu um percentual de 35% de suas vendas geradas exclusivamente como consequência de tais ações; a principal delas foi a decisão de atuar no mercado externo, como por exemplo o Canadá e Europa, e buscou inserção no mercado de produtos que vão além da simplicidade, como por exemplo aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos de alta tecnologia, o que acarretou a conquista de clientes de alto poder aquisitivo, como consequência da elevação da qualidade dos produtos e por conseguinte seus valores. Em 2006, a Blaine tinha também fornecedores de peças de ferro fundido e fabricantes contratados na China, Vietnã, Canadá e México.
No dia 27 de abril do ano de 2007, Victor Dubinski, bisneto de um dos fundadores da empresa, CEO e que fora incorporado ao corpo de funcionários da Blaine no ano de 1981, deparou-se com alguns confrontamentos internos, isto se deu pelo fato de um consultor de investimentos de um banco em que ele fora em reunião o comunicou que havia interesse por parte de um grupo de investidores em uma possível aquisição da companhia Blaine. Neste ponto a empresa já operava com capital aberto, mas a maior parte de suas ações eram pertencentes a familiares dos fundadores da companhia e os seus interesses influenciavam diretamente nas decisões tomadas pelo conselho administrativo; e ainda era sabido que a posição da maioria dos acionistas era de adquirir outras empresas do mesmo ramo de atuação em contrapartida à possibilidade de venda da Blaine a outros investidores. Além disto o seu amigo consultor de investimentos ainda lhe orientou que um private equity comprador poderia trazer para companhia um valor agregado em seu balanço patrimonial. Utilizando o próprio da caixa da companhia e alguns novos empréstimos, o fundo private equity poderia comprar todas as ações da Blaine disponíveis a preço maior que o ofertado possibilitaria a liquidação da dívida de empréstimo contraída ao longo do tempo a partir de lucros futuros, agregando assim valorização às ações da companhia. Sendo assim, era possível que a própria Blaine tomasse empréstimo para comprar suas próprias ações a preço superior ao ofertado. Desde então Dubinski não parara de pensar na possibilidade de recomprar suas ações, já que eles estavam com alta liquidez e seus acionista é quem pagavam por isso, mas a opção pela recompra era algo que preocupava Dubinski, tendo em vista que a companhia estava em período de muitas aquisições e a redução do caixa aliado ao aumento do grau de endividamento poderia ser muito arriscado a o fato de diminuir as reservas de caixa ou o endividamento era bastante preocupante.
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