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A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA

Por:   •  15/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.399 Palavras (10 Páginas)  •  217 Visualizações

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CLAUDENIÊR RIBEIRO OLIVEIRA

A IMPORTÂNCIA DO ORÇAMENTO NA GESTÃO FINANCEIRA

Trabalho de produção textual interdisciplinar 4º semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Marcelo de Oliveira Fidelis

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO...................................................................................................4

2 - O ORÇAMENTO E SUA IMPORTANCIA NA ORGANIZAÇÃO................4

2.1 - ORÇAMENTO..................................................................................................4

2.2 - AS VANTAGENS............................................................................................4

3 - O ORÇAMENTO MESTRE E SUAS DIVISÕES.............................................5

3.1 - O ORÇAMENTO OPERACIONAL...............................................................5

3.2 - ORÇAMENTO FINANCEIRO.......................................................................5

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4 - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS................................5

4.1 - BALANÇO PATRIMONIAL.........................................................................,6

4.2 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO..........................,6

4.3 - DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO ACUMULADO OU PREJUIZOS.........,,7

4.4 - FLUXO DE CAIXA..........................................................................................7

4.5 - DEMONSTRAÇÃO DOS VALORES ADICIONAIS....................................7

5 - TIPOS DE ENQUADRAMENTO TRIBUTARIO..............................................7

5.1 - LUCRO REAL...................................................................................................8

5.2 - LUCRO PRESUMIDO......................................................................................8

5.3 - SIMPLES NACIONAL.....................................................................................9

6 - MORTALIDADE DAS EMPRESAS E SUA CAUSAS...................................,9

CONCLUSÃO...........................................................................................................9

REFERENCIAS.......................................................................................................10

1- INTRODUÇÃO

Tendo em vista as constantes mudanças ocorridas no ambiente empresarial, principalmente influenciadas pelas flutuações mercadológicas produzidas com a globalização, faz-se necessário maior empenho no planejamento qualificado visando assegurar melhor desempenho possibilitando assim, maior controle e avaliação para tomarem-se decisões seguras proporcionado então, o alcance dos objetivos das entidades. Essas mudanças no ambiente empresarial estão a exigir cada vez mais agilidade no processo de tomada de decisões.

 Nesse contexto veremos o conceito de planejamento orçamentário e suas vantagens para as organizações.

2 - O ORÇAMENTO E SUA IMPORTANCIA NAS ORGANIZAÇÕES

O conceito de orçamento tem vários maneiras de ser usado e, geralmente estão ligados à área de finanças e economia. O orçamento é, neste sentido, a quantidade de dinheiro estimada necessária para atender a certas despesas, sejam estas despesas de uma empresa, organização, família, etc.

2.1 - ORÇAMENTO

Os orçamentos são ferramentas usadas tanto por pessoas físicas como jurídicas para previsão de receitas e despesas de um determinado período de tempo, geralmente um ano de prazo.

O orçamento é um documento que permite definir as preferências e avaliar a realização dos objetivos.

Segundo Welsch, citado por Bazoli (2013, p. 88), orçamento é um planejamento administrativo de todas as operações da empresa, a qual objetiva os acontecimentos de um período futuro definido. Também é uma expressão formalizada de politicas, planos, objetivos e metas estabelecidas.

2.2 - AS VANTAGENS

As vantagens que o planejamento orçamentário oferece são: impulsionar o planejamento e implementar a estratégia planejada; proporcionar a base para avaliação de desempenho; motivar os funcionários e administradores e promover a sintonia e a comunicação entre as subunidades da organização.

Cabe ao administrador financeiro analisar as diferenças do orçado, para o planejado, fazendo as mudanças necessárias quando o orçado ficar abaixo do real e a manutenção dos resultados e de manter os resultados quando forem superiores dos orçados.

De outro lado, o alcance e o detalhamento do planejamento estratégico têm aumentado devido à grande volatilidade e agitação das variáveis que compõe o cenário externo das organizações. Neste sentido, a elaboração do orçamento empresarial, como peça do planejamento, tem se tornado uma tarefa intensa e difícil para os administradores, pois envolve a integração de todas as áreas da empresa, tais como vendas, orçamento de capital, fluxo de caixa, análise de custos, planejamento estratégico, controle de estoques, investimento, planejamento organizacional, entre outros.

Sendo uma demonstração quantitativa de um plano de ação futuro da administração para um determinado período, o processo de orçamento é, também, um meio pelo qual a empresa pode viabilizar as decisões e estratégias procedentes do planejamento, através da avaliação de receitas e despesas.

 

3 – O ORÇAMENTO MESTRE E SUA DIVISÃO

O orçamento mestre abrange todas as atividades da organização, servindo como parâmetro para a elaboração de todas as previsões da empresa e pode ser divido em: orçamento operacional e orçamento financeiro.

A preparação do orçamento mestre começa com o orçamento de vendas, uma vez que, o orçamento de vendas orienta o restante do processo do orçamento, porque o nível de produção está diretamente dependente do nível de previsão de vendas.

3.1 - ORÇAMENTO OPERACIONAL

O Orçamento Operacional é que domina a maior parte das peças orçamentárias, pois junta todos os orçamentos específicos que atingem a estrutura administrativa, a estrutura de produção e a estrutura de vendas da empresa. Descreve os resultados das atividades operacionais da organização detalhadamente.

3.2 - ORÇAMENTO FINANCEIRO

O Orçamento Financeiro é o instrumento que descreve um plano geral de operações e/ou capital, orientado pelos objetivos ou metas traçadas para um dado período de tempo. Discrimina as receitas por fontes de recursos e as despesas por categorias econômicas, além de fazer uma previsão das entradas e saídas de caixa para o período, isto é, transformando-se em orçamento de caixa. Dessa forma ele permite à empresa obter as informações antecipadas quanto à necessidade ou disponibilidade de recursos financeiros, o que beneficia a tomada de decisões sobre os fatores que interferem no gerenciamento do fluxo de caixa. Os principais sub orçamentos que compõem o planejamento financeiro são: orçamento de contas a pagar, orçamento de contas a receber, orçamento de aplicações, orçamento de empréstimos e orçamento de caixa.

4 - AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS

As demonstrações contábeis de uso geral é ministrar informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma vasta variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.

Segundo IBRACOM, citado por Costa Filho (2013, p.18), conceitua Demonstrações Contábeis como sendo: [...] uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são uteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela administração, dos recursos que lhe são confiados.  

De acordo com o exposto acima as demonstrações contábeis contribuem para elaboração de orçamento, fornecendo relevantes informações na elaboração de um orçamento consistente, independente de qual for o orçamento desejado.

4.1 - O BALANÇO PATRIMONIAL

O balanço patrimonial é a primeira entre as demonstrações contábeis para análise de uma contabilidade saudável, e pode ser assim definido: é a relação de ativos, passivos e patrimônio liquido da entidade em uma data específica. A posição patrimonial e financeira da entidade é apresentada nessa demonstração.

O balanço patrimonial tem como importância a avaliação do patrimônio e análise que permite comprovar resultados positivos ou negativos tomando-se como base comparação com períodos anteriores.

4.2 - DEMONSTRAÇÃO DO RESUTADO DE EXERCICIO

 Os resultados operacionais e não operacionais de uma empresa, em determinado período, são sintetizados e oferecidos na demonstração do resultado do exercício.

A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração dinâmica, que se destina a evidenciar a formação do resultado liquido em um exercício, através do confronto das recitas, custos e resultados apurados segundo o principio do regime de competência.

A DRE é uma demonstração da contabilidade que é apresentada separadamente do balanço patrimonial, mas que tem como objetivo apresentar o resultado da movimentação patrimonial, econômica e financeira da entidade, apurando receitas, despesas e custos, chegando ao resultado final, o saldo do exercício, isto e, lucros ou prejuízos (Costa Filho, 2013).

4.3 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS

A DLPA tem como objetivo apresentar o resultado da entidade e as alterações nos lucros ou prejuízos acumulados. Esta demonstração esta voltada para PATRIMONIO LIQUIDO das empresas, que esta dividido em: capital social, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria, e prejuízos acumulados.

A demonstração de lucros e prejuízos acumulados é uma demonstração financeira cuja elaboração é obrigatória para todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.

4.4 - FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa tem como objetivo fornecer informações acerca das alterações no caixa e equivalentes da entidade para determinado período contábil. Portanto só deve consta no fluxo de caixa, operações relativas a caixa ou equivalentes.

Os métodos de apuração do fluxo de caixa podem ser: direto ou indireto.

  • Método direto – parte do caixa gerado demonstrando os recebimentos e pagamentos derivados de atividades operacionais da empresa, em vez de lucro liquido ajustado;
  • Método indireto – começa evidenciando o lucro liquido ,ou seja, parte-se dele para,  após os ajustes necessários chegar-se ao valor das disponibilidades produzidas pela entidade.

4.5 - DEMONSTRAÇÕES DE VALORES ADICIONAIS

Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período.

A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada da seguinte forma:

  • Pessoal e encargos;
  • Impostos, taxas e contribuições;
  • Juros sobre o capital próprio e dividendos;
  • Lucros retidos/prejuízos do exercício.

5 - TIPOS DE ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO

Existem no Brasil três principais enquadramentos tributários, onde cada um possui sua legislação e suas normativas definidas.

Importante decisão tributária deve ser efetivada, anualmente, pelos administradores empresariais, relativamente às opções: Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional.

Como a legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, a opção por uma das modalidades será definitiva. Se a decisão for equivocada, ela terá efeito no ano todo.

5.1 - LUCRO REAL

Lucro Real é o lucro líquido do período, apurado com observância das normas das legislações comercial e societária, ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.

Os impostos Federais incidentes nas empresas optantes pelo Lucro Real são o PIS, a COFINS, o IRPJ e a CSLL, sendo os dois primeiros apurados mensalmente sobre o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda.

Para que o resultado seja apurado corretamente, o contador deve adotar uma série de procedimentos corriqueiros no ambiente profissional, como a rigorosa observância aos princípios contábeis, constituição de provisões necessárias, completa escrituração fiscal e contábil, preparação das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, Balancetes) e livros (Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR, Entrada e Saída e Livro Registro de Inventário).

5.2 - LUCRO PRESUMIDO

Neste tipo de regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com base na receita bruta, através da aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita. Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, cuja receita bruta total no ano calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se esse for inferior a 12 meses. No regime do lucro presumido são quatro os tipos de impostos federais incidentes sobre o faturamento, dentre eles o PIS e a COFINS, que devem ser apurados mensalmente, e o IRPJ e a CSLL cuja apuração deverá ser feita trimestralmente.

Podemos dizer que o lucro presumido é uma presunção por parte do fisco, do que seria o lucro de uma empresa caso não existisse a contabilidade. Porém, notamos que algumas empresas possuem uma escrituração contábil completa, com os rigores das normas e princípios fundamentais da contabilidade, e mesmo assim acabam por optar pela tributação baseada no lucro presumido. Isso ocorre na maioria das vezes por falta de conhecimento dos empresários ou até mesmo dos próprios contadores, os quais desconhecem ou possuem pouca informação sobre as demais formas de tributação. É aí que deve aparecer a figura do planejamento tributário, o qual deverá exercer conscientemente a redução da carga tributária visando à melhor opção para a empresa, seja através do lucro real ou presumido.

5.3 - SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007.

  Para fins de enquadramento no Simples Nacional, considera-se Microempresa as pessoas jurídicas que obtenham, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e Empresa de Pequeno Porte receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). As alíquotas, no caso de instituições de ensino, variam de 6,00 % a 17,42 %, a depender do faturamento acumulado em consonância com o período de apuração. A opção é definida no primeiro pagamento do imposto (que normalmente é recolhido em fevereiro de cada ano), ou, no caso das optantes pelo Simples Nacional, por opção até o último dia útil de janeiro.

6. MORTALIDADE DAS EMPRESAS E SUAS CAUSAS

A questão da mortalidade das empresas tornou-se um problema crônico em quase todos os aspectos. O problema da mortalidade das micro e pequenas empresas, passou a assumir neste contexto, um ar de inevitabilidade.

Através do Observatório das MPEs do SEBRAE de São Paulo, sobre a evolução do quadro da mortalidade das empresas, afirmou-se que “durante dez anos de monitoramento da mortalidade das empresas, verificou-se que em geral, as causas desse fenômeno sofreram poucas variações [...] As empresas encerram suas atividades não apenas devido a uma única causa, mas sim, devido a uma sucessão de falhas ou problemas que, por não serem resolvidos no tempo apropriado, levam à paralisação de suas atividades” (Dez anos de monitoramento da sobrevivência e mortalidade das empresas. 2008, p. 57. Disponível em, <www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/estudospesquisas/mortalidade/10_anos_mortalidade_relatorio_completo.pdf> Acesso em 16/05/2014).

Segundo o estudo do SEBRAE destacam-se seis principais causas para a falência prematura de algumas empresas que são:

  1. Ausência de um comportamento empreendedor;
  2. Ausência de um planejamento prévio adequado;
  3. Deficiências no processo de gestão empresarial;
  4. Insuficiência de politicas públicas de apoio aos pequenos negócios
  5. Dificuldades decorrentes da conjuntura economia
  6. Impactos dos problemas pessoais sobre os negócios (2008, p.59 www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/estudospesquisas/mortalidade/10_anos_mortalidade_relatorio_completo.pdf Acesso em 16/05/2014).

Dentre esses fatores podemos incluir também a alta carga tributaria do nosso país, onde força o pequeno empresário diminuir sua margem de lucro ficando impossibilitado de fazer novos investimentos por falta de lucratividade e, ou aumentar os preços das mercadorias por ele comercializadas, perdendo assim, a competitividade no mercado, por conta das altas taxas tributarias incidentes nos preços das mercadorias.

CONCLUSÃO

Ao concluir esse trabalho, verifica-se a necessidade de total envolvimento por parte do contador com os detalhes que envolvem a formação de uma entidade empresarial, desde a sua formação, planejamentos, maquetes orçamentárias até seu pleno desenvolvimento com suas demonstrações contábeis claras e objetivas, proporcionando assim, aos gestores da empresa, informações confiáveis que possibilitam tomarem decisões equilibradas que alavanquem o crescimento da empresa. Assim agindo, o contador estará contribuindo para a permanência da empresa no mercado, cada vez mais competitivo, e diminuindo a incidência de falecimento das empresas em nosso país.

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