A Informatização da Contabilidade

CAPITULO III – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

A única certeza deste mundo em que vivemos hoje, é a da mudança constante, onde só conhecemos os efeitos depois de ocorridos. Os procedimentos nas empresas tem mudado rapidamente, devido a evolução da tecnologia ligada à informação, especialmente no campo da informática.

“... é todo o conjunto tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação. Esse arsenal tecnológico está normalmente ligado à informática e à telecomunicação, bem como a todo o desenvolvimento científico do processo de transmissão especial de dados.”

(Padoveze, 1998)

Atualmente, podemos notar a grande diferença das tecnologias de antigamente e de agora, pois hoje, elas são integradas, ou seja, são utilizadas de forma associada.

“A ideia de integração só começou a tomar forma quando a tecnologia de banco de dados passou a estar disponível para aplicações comerciais. Os arquivos foram diminuindo de quantidade e os sistemas passaram a processar dados comuns a várias atividades, no início de uma mesma função, dentro da empresa.”

(Cruz, 1997)

O aumento da Tecnologia da Informação se deu principalmente pela fusão da informática com as telecomunicações, e seu crescimento está focado nos avanços ocorridos mundialmente nessas áreas, e pela necessidade do mundo dos negócios em obter informações precisas num menor espaço de tempo.

A informação é um patrimônio, é algo valorizado. Quando digital, não se trata apenas de um monte de bytes aglomerados, mas sim de um conjunto de dados classificados e organizados de forma que uma pessoa, uma instituição de ensino, uma empresa ou qualquer outra entidade possa utilizar em prol de algum objetivo.

Sendo assim, podemos notar a importância da informação, onde ela pode até mesmo determinar a sobrevivência ou a descontinuidade das atividades de um negócio, por exemplo. E não é difícil entender o motivo. Basta pensar no que aconteceria se uma instituição financeira perdesse todas as informações de seus clientes ou imaginar uma pessoa ficando rica da noite para o dia por ter conseguido descobrir uma informação valiosa analisando um grande volume de dados.

Diante disso tudo, grandes entidades investem pesado nos recursos necessários para obter e manter as suas informações. É por isso que é raramente vemos empresas como bancos, redes de lojas e companhias aéreas perdendo dados essenciais ao negócio. Mas também, é bastante frequente o uso inadequado de informações. É nesse ponto que a Tecnologia da Informação pode ajudar. Podemos defini-la como um conjunto de todas as atividades e soluções providas por computadores que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso das informações. Na verdade, as aplicações para TI são tantas, que estão ligadas às mais diversas áreas, por isso há várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue defini-las por completo.

[pic 1]

Imagem: Teclado - Tecnologia <http://www.infowester.com/dicas_windows_8.php>

Sendo a informação um patrimônio, um bem que agrega valor e dá sentido às atividades que a utilizam, precisamos utilizar suas ferramentas e recursos de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial. Além disso, buscar soluções que tragam resultados realmente relevantes é de extrema importância, pois assim, será permitido transformar as informações em algo com valor maior, sem deixar de considerar o aspecto do menor custo possível.

Não existe "fórmula mágica" para determinar a melhor maneira para se utilizar às informações. A questão é que, tudo depende da cultura, do mercado, do segmento e de outros fatores relacionados ao negócio ou à atividade. As escolhas precisam ser bem feitas, caso contrário, haverá gastos desnecessários ou, ainda, perda de desempenho e de competitividade. Veja o exemplo a seguir e poderá tomar como base do que estamos falando: se uma empresa decidi renovar seu parque de computadores comprando máquinas com processadores velozes, muita memória e placa de vídeo 3D para funcionários que precisam apenas utilizar a internet, trabalhar com pacotes de escritório ou acessar a rede interna, está fazendo gastos desnecessários. Pois, comprar máquinas de boa qualidade não significa necessariamente adquirir as mais caras e sofisticadas, mas sim aquelas que possuem os recursos necessários. Por outro lado, imagine que uma empresa comprou computadores com CPU’s de baixo desempenho e monitor de 17 polegadas para funcionários que trabalham com AutoCAD, por exemplo. Ai sim, para estes funcionários, o ideal seria fornecer computadores que suportam aplicações exigentes e um monitor de, pelo menos, 20 polegadas. Máquinas mais baratas até conseguem rodar o programa AutoCAD, porém com muita lentidão, o que atrasaria no processo de produção desses profissionais. Por este motivo, devem ser levadas em conta as necessidades de cada setor antes de tomar qualquer decisão relacionada a TI. Outro exemplo a ser estudado seria de uma empresa com 60 profissionais, cada um com um PC, adquirir um servidor para compartilhamento e armazenamento de seus arquivos em rede que suporta 500 usuários conectados ao mesmo tempo. A análise  que essa companhia deve fazer é s ela tem ou não a expectativa de aumentar seu quadro de funcionários, pois, comprar um servidor deste porte é a mesma coisa do que adquirir um ônibus para uma família de 5 pessoas. Mas o problema não é apenas esse, mas também se o servidor, por alguma hipótese, parar de funcionar, os arquivos ficarão indisponíveis e com certeza atrapalharão as atividades da empresa.

Neste caso, seria muito melhor adquirir um servidor mais adequado as necessidades da empresa e investir em recursos de disponibilidade para diminuir as chances de a rede deixar de funcionar. Ou, talvez, estudar a possibilidade de contratar uma solução baseada em computação nas nuvens específica para este fim.

[pic 2]
Imagem: Servidor de armazenamento de dados

Pudemos ter uma pequena ideia do quão amplo é o Universo da Tecnologia da Informação. Há ainda vários outros aspectos independente da aplicação que devem ser considerados, como por exemplo, segurança, disponibilidade, comunicação, uso de sistemas adequados (eles devem fazer o que foi realmente proposto), tecnologias (qual será a melhor para determinada finalidade), legislação local e assim por diante.