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A escola Contista e a reação personalista

Por:   •  6/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.321 Palavras (6 Páginas)  •  940 Visualizações

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  1. A escola Contista e a reação personalista (VITORIA)

     No período pré-científico nasceu o contismo, marcado por considerar as “contas” como objeto de estudo central da contabilidade.

Não podendo negar-se a importância do pensamento contista para a contabilidade, é reconhecido o mérito a tal pensamento, entretanto, a essa concepção falta um maior nível de profundidade.  A conta, como afirma A. Lopes de Sá (-----) “(...) é um instrumento de informação (...)” e que auxiliará na analise do objeto de estudo contábil.

Iniciou-se então um processo de inquietação cientifica no ramo da contabilidade, no qual o materialismo substancial e suas diversas óticas de analise tiveram grande responsabilidade. Houve ainda o nascimento do credito e do debito como conceito que foi determinante no processo racional de registros, e da mesma forma, deveriam refletir na doutrina contábil.  Passou também a representar fortes relações e específicos ângulos de observação os direitos e obrigações, possibilitando a Escola Personalista, em função, justamente, da proeminência do estudo em razão destes aspectos.

  1.  O personalismo de Francesco Marchi e emulação cientifica de sua obra

O personalismo foi uma corrente ligada a conceitos jurídicos, pessoais, mas, com envolvimentos também na área administrativa, teve sua base solidada na Itália com Francesco Marchi, que inicia por meio de sua obra cinquecontisti, editada na cidade de Paris em 1867 e que foi um libelo contra o Contismo. Tal livro se divide em duas partes, a primeira trata de combater os pensamentos contistas, porém, não se resumindo a isso,  apresenta em seu segundo capitulo o que poderia substituir aquilo que combatia e lança, então,  bases de um personalismo cientifico.

Foi estabelecida por Marchi uma teoria das contas que distinguia quatro grandes grupos: 1) contas do proprietário 2) contas dos gerentes 3)conta dos consignatários 4) conta dos correspondentes, que se resumiam e a) contas patronas b) conta dos agentes e c) contas pessoais ou dos correspondentes.

  1. O personalismo de Giuseppe Cerboni

Toscana é uma região da Itália pródiga em valores nos diversos ramos científicos, a escola de toscana abrigou trabalhos, além do já citado Marchi, de GIUSEPPE CERBONI .

O pensamento seguido por Cerboni defende que tudo que acontece na entidade motiva a direitos e obrigações, e tais são de suma importância para a vida das aziendas.  Por isto era defendido pelos personalistas o patrimônio como direitos e obrigações, e, eram convictos de que contas referem- se a fatos  ligados a pessoas,  e como tal devem ser estudados.

  1. Bases Logicas do personalismo de Cerboni

Cerboni  envolve a contabilidade à gestão, enfatizando a  diferença de ambas quando afirma que a competência da contabilidade esta no estudo das variações de riqueza.  Teve sua preocupação voltada as funções administrativas, adotou o princípio da similaridade e acrescentou o da periocidade anual aos ciclos que queria  expressar pois traduziam-se nos exercícios administrativos.

Designou ainda a contabilidade como sendo “ciência da administração aziendal”  e entendeu que deveria se observar este conhecimento como uma ciência ou ramo do saber humano e sob aspecto relativo aos fins  imediatos ou mediatos que se procura conseguir.

Por intermédio disso, compreendeu ainda uma serie de conhecimentos que se reuniam em torno da azienda e que caracterizavam- se em quatro grupos:

  1. Estudo das funções da administração econômica-aziendal, tendo por objetivo as leis que regulam a vida das aziendas e como estas se explicam;
  2. Estudo da Contabilidade, que tem por fim a organização e a disciplina interna das aziendas;
  3. Estudo da computação, que compreende a aplicação da matemática financeira  aos fatos administrativos e a demonstração dos mesmos;
  4. Estudo da logismografia, que é o método para coordenar e representar  os fatos administrativos, corrigir os efeitos específicos e os procedimentos, jurídicos  e econômicos dos mesmos, sob a ótica de uma continuada equação.

Tais concepções, posteriormente, repensadas e adaptadas criaram novos grupos denominados por: ciências gerenciais, economia aziendal entre outras.  

  1. 6 Axiomas e corolários básicos da doutrina do personalismo cerbonico.

1ª  AXIOMA:  toda azienda deve ser administrada, todas possuem um ou mais proprietários e não podem conseguir a gestãos e não entram em contato com agentes e correspondentes.

     Corolários:

  • Podem ser proprietário da azienda um só ou vários constituindo uma propriedade;
  • O principal na azienda, se não o proprietário, será sempre um seu representante.

    2ª AXIOMA:  Uma coisa é desfrutar da propriedade e outra é administrar.

        Corolário:

  • Quando o proprietário também administra, adquire a dupla qualidade de proprietário e administrador.

     3ª AXIOMA:   Uma coisa é administrar a azienda e outra é custodiar sua substancia  e por ela responder materialmente.

       Corolário:

  • O administrador, tendo o cargo de dirigir e de assumir por custódia a substancia, será a um só tempo gestor e agente consignatário.

4ª AXIOMA:   Não se pode criar um devedor sem, simultaneamente,  criar-se um credor, ou vice-versa.

     Corolário: Toda soma derivada de qualquer operação da azienda deve ser registrada em debito e em credito.

5ª AXIOMA:  O proprietário, administrando ou não a azienda, é, de fato, credor da substancia e devedor das passividades pertinentes àquela  ao contrario do que ocorre com os agentes  e como correspondentes.

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