A evolução natural da contabilidade tradicional: Controlador
Pesquisas Acadêmicas: A evolução natural da contabilidade tradicional: Controlador. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: andre84 • 11/5/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 5.681 Palavras (23 Páginas) • 426 Visualizações
1 . Controladoria
1.1 – Aspectos introdutórios
O debate e as críticas quanto à ineficiência da Contabilidade tradicional, enquanto construtora e mantenedora de sistemas de informações, responsável por suprir os gestores com informações úteis e em tempo hábil na condução do processo de gestão das atividades empresariais, já data de algum tempo.
A Contabilidade tradicional tem-se prestado à mensuração (ainda que conceitualmente falha) de eventos econômicos passados das organizações, na maioria das vezes, em atendimento às necessidades fiscais. Uma gestão com foco na continuidade da organização não se faz extrapolando dados do passado. Para atingir os estados futuros desejados, há que se simular eventos futuros, visto que decisões que se concretizarão no futuro são tomadas no presente.
Assim a contabilidade, enquanto ciência, tem uma rica base conceitual da qual devemos nos valer e, interagindo de forma multidisciplinar com os demais ramos do conhecimento, buscar a construção de uma via alternativa, cuja base conceitual é inadequada para modelar as informações destinadas ao uso dos gestores.
Como uma evolução natural desta Contabilidade tradicional praticada identificamos a Controladoria.
1.2 – Controladoria
O novo entorno econômico globalizador, vivido atualmente no mundo, tem introduzido profundas mudanças no ambiente econômico internacional, provocando novo arranjo na Economia Mundial, que tende a um processo de globalização, caracterizado basicamente pela união de países em torno de uma proposta comum de intercâmbio comercial por meio da queda de barreiras tarifárias cambiais e de outras condições de livre comércio.
Todo esse processo impacta tanto o contexto externo das relações contratuais das organizações, como ambiente interno das empresas, criando assim a demanda por melhores práticas de gestão.
Quer queiramos ou não, os movimentos sociais exigirão futuramente um posicionamento das empresas e elas serão cobradas em seu papel social, principalmente em relação a seu desempenho; assim sendo, a otimização do uso dos recursos disponíveis é preocupação primeira dos gerenciadores das organizações.
O objetivo de um negócio privado, em uma economia competitiva, é obter o maior lucro possível desde que não seja inconsistente com o crescimento de longo prazo da companhia e com os padrões éticos da sociedade.
A Contabilidade Moderna tem-se caracterizado com uma das ferramentas mais úteis aos administradores na otimização do processo de tomada de decisão. Como um sistema de informação e mensuração de eventos que afetam a tomada de decisão, possibilita que, partindo do conhecimento de fatos passados, procedimentos sejam delineados de forma que esta otimização seja, senão alcançada totalmente, buscada com maior segurança.
O aumento da complexidade na organização das empresas, o maior grau de interferência governamental por meio de políticas fiscais, a diferenciação das fontes de financiamentos das atividades, a percepção das necessidades de consideração dos padrões éticos na condução dos negócios e, principalmente, a demanda por melhores práticas de gestão, criando a necessidade de um sistema contábil mais adequado para um controle gerencial mais efetivo, tem sido, entre outras, algumas das razões para que a responsabilidade com o gerenciamento das finanças das empresas tenha aumentado de importância dentro do processo de condução dos negócios.
Diante de todo esse contexto a Controladoria não pode ser vista como um método, voltado ao como fazer. Para uma correta compreensão do todo, devemos cindi-la em dois vértices: o primeiro como ramo do conhecimento responsável pelo estabelecimento de toda base conceitual, e o segundo como órgão administrativo respondendo pela disseminação de conhecimento, modelagem e implantação de sistemas de informações.
A Controladoria está voltada para modelar a correta mensuração da riqueza, a estruturação do modelo de gestão. Para tanto ela é vista como uma unidade administrativa responsável pela coordenação e disseminação da Tecnologia de Gestão, no tange ao processo de sistemas de informações e também como órgão aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que conduzam á otimização do resultado global da organização.
2 . Missão e Responsabilidade
A gestão das atividades empresariais é conduzida sob uma perspectiva sistêmica, visto que a maximização isolada dos resultados das partes não conduz necessariamente à otimização do todo. Cabe, então, à Controladoria, por ser a única área com uma visão ampla e possuidora de instrumentos adequados á promoção da otimização do todo, a responsabilidade pelo cumprimento de uma missão muito especial.
A missão da Controladoria será:
Assegurar a otimização do resultado da organização.
Para que a missão possa ser cumprida a contento, objetivos claros e viáveis estarão sendo estabelecidos.
O objetivo maior da Controladoria é “a gestão econômica, compreendida pelo conjunto de decisões e ações orientado por resultados desejados e mensurados” . Dado este maior temos que os objetivos da Controladoria, tendo em vista a missão e seu objetivo maior estabelecidos, são:
Promoção da eficácia organizacional;
Viabilização da gestão econômica;
Promoção da integração das áreas de responsabilidade
Responsabilidade da Controladoria
A Controladoria, como qualquer área de responsabilidade de uma organização, tem sua responsabilidade definida claramente, respondendo pelas gestões operacional, financeira, econômica e patrimonial de suas atividades.
Entretanto, por ser uma atividade de coordenação e em decorrência de sua missão, a responsabilidade da Controladoria se diferencia da responsabilidade das áreas operacionais e de apoio. Esta diferença se caracteriza no processo desenvolvido para assegurar a otimização do resultado.
É responsabilidade da Controladoria: ser a indutora dos gestores, no diz respeito à melhora das decisões, pois sua atenção envolve implementar um conjunto de ações cujos produtos materializam-se em instrumentos disponibilizados aos gestores.
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