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A ÉTICA NOS NEGÓCIOS

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.346 Palavras (18 Páginas)  •  281 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
ciências contábeis

ADÃO HERMES 











ÉTICA NOS NEGÓCIOS




























Bocaiúva - MG
Maio/2014
ADÃO HERMES




















ÉTICA NOS NEGÓCIOS







Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná – Equipe de Professores do 3º Semestre.














Bocaiúva - MG
Maio/2014

SUMÁRIO

1 Introdução 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
2.1 CÓDIGO DE ÉTICA DO CONTADOR 7
2.2 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 13
2.3 SITUAÇÃO ECONÔMICA DA ORGANIZAÇÃO 14
2.4 EXPANSÃO DA EMPRESA E O PAPEL DA CONTABILIDADE 15
2.5 ASPECTOS ÉTICOS DESCONSIDERADOS NAS ESTRATÉGIAS E ARGUMENTOS DOS RESPONSÁVEIS PELA EMPRESA 16
3 CONCLUSÃO 18
4 REFERÊNCIAS 19

1 Introdução


Esta produção textual tem como base o caso da empresa Schincariol, acontecimento ocorrido em 2005 em combate uma rede de sonegação de impostos. A partir destas informações serão analisadas situações a respeito da ética nos negócios. Serão discutidos sobre o código de ética do contador, deveres e obrigações infringidos pelo contador e também sobre o seu comportamento e penalidades. 
Em seguida sobre o comportamento organizacional e situação econômica da empresa, bem como a expansão da empresa e o papel da contabilidade. E para finalizar aspectos éticos desconsiderados pela empresa.
Portando tem-se a ética como assunto preponderante emdiscussão, uma vez assunto discutido ao longo dos anos. Ainda hoje a ética é uma peça fundamental na sociedade contemporânea, pois a todo o momento discute-se qual seria a postura ética correta para determinado assunto.



















2 DESENVOLVIMENTO

Esta pesquisa tem como base de investigação a empresa Primo Schincariol Indústria de Cervejas e Refrigerantes S/A, fundada em 1939 por Primo Schincariol, filho de imigrante italiano, na cidade de Itu, interior do estado de São Paulo, e que havia conquistado popularidade com o refrigerante Itubaína, inicialmente produzido em uma pequena fábrica no quintal de sua casa, para comemorar seu cinquentenário resolveu expandir sua linha de produtos e ingressar em uma nova categoria no mercado com o lançamento da CERVEJA SCHINCARIOL. 
O Grupo Schincariol firmou-se no mercado consumidor a partir de 1993, quando apresentou um forte crescimento, pois, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (SINDICERV), o brasileiro aumentou o consumo médio de cerveja anual para 47 litros por pessoa, o que acendeu a disputa entre os fabricantes. A melhor personificação dessa guerra no mercado foi detonada em setembro de 2003 com o lançamento da Nova Schin, do grupo ituano Schincariol.
A marca Schincariol, que era dona de uma participação de modestos 6% do mercado de cerveja e que possuía, ainda, os produtos Primus e Glacial, chegou a 9% com o lançamento da Nova Schin, e elevou assim para 11,5% a participação do grupo com apenas um mêsde campanha. Em dezembro, números da pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de mercado A. Nielsen incendiaram a disputa, pois, naquele momento, o grupo já havia abocanhado a fatia de 15,2% das vendas; a Kaiser voltava a exibir os 12,4% que tinha em setembro e a Ambev (fusão da Brahma e da Antártica) havia caído 3,5 pontos percentuais e chegou à participação mais baixa desde a sua criação em 2000, 62,6%. Cada ponto percentual do mercado valia, na época, R$ 80 milhões.
O Grupo Schincariol tornou-se a segunda maior produtora de cerveja do país com 7 (sete) fábricas em plena atividade e angariou respeito e admiração de toda a sociedade brasileira. O Grupo era constituído por 7.000 operários diretos e 25.000 indiretos (entre distribuidores, fornecedores e prestadores de serviço).
O Grupo Schincariol, após ter registrado um prejuízo de R$ 12 milhões em 2003, fechou 2004 com um lucro operacional de R$ 83 milhões. O faturamento bruto da empresa totalizou R$ 2,4 bilhões em 2004, quase R$ 1 bilhão a mais do que em 2003, quando lançou a cerveja Nova Schin. As cervejas do Grupo Schincariol responderam por 80% das vendas, e a área dos não alcoólicos por 20%, isto em 2004. Os superintendentes do Grupo afirmaram que “fizemos a aposta certa ao reposicionar nossos produtos no mercado”. Outro fator que influenciou o crescimento do grupo, que chegou a 58% em relação a 2003, foi a reformulação da rede de distribuidores-parceiros “o crescimento do número de pontos-de-venda fez com que procurássemosuma saída mais rápida para atender a demanda de venda e distribuição dos nossos produtos”. Com o intuito de expandir suas unidades industriais de olho no crescimento do poder aquisitivo do consumidor, o Grupo Schincariol teve um investimento previsto de R$ 600 milhões para 2005 nas áreas industriais e de Marketing, e, pelo menos 50% foram direcionados para a ampliação da capacidade de produção. Em 2004, o investimento para aumentar a capacidade ficou em R$ 294 milhões. O objetivo em 2005 era ampliar a capacidade instalada de 2,1 bilhões de litros de cerveja para 3 bilhões de litros. Além disso, o grupo visava ampliar o volume de exportação para os países da América do Sul.
Nos últimos 03 anos o Grupo Schincariol multiplicou por quatro seu tamanho e tornou-se uma pedra no sapato de seus concorrentes. Devido esse crescimento, o Grupo passou a ser alvo da acusação de que a sua expansão era decorrente de fraudes e sonegação de impostos.
Diante dessas acusações, o analista do setor de bebidas do Banco Fator, Eduardo Pfister disse: “Se esse crescimento veio de sonegação, será difícil que ela volte a ser competitiva”. A prioridade da Schin não será mais ganhar mercado, sua batalha vai ser pela sobrevivência.

A descoberta das fraudes
Através de uma megaoperação iniciada em silêncio em 2004, uma força-tarefa, formada por agentes da Polícia Federal e da Inteligência da Receita Federal descobriu um grande esquema de sonegação de impostos. A operação ficou conhecida como “Operação Cevada”. APrimo Schincariol Indústria de Cerveja e Refrigerantes S/A já possuía uma acusação feita pelo Ministério Público Federal de São Paulo por crimes contra a ordem tributária e fraudes contábeis.
As investigações vinham ocorrendo desde 1996, ano em que a empresa realizou uma operação de venda de sua participação na Schincariol Patrimonial Ltda para a Primo Schincariol International, sediada no paraíso fiscal do Caribe. Com essa transação, a Primo Schincariol ficou com o usufruto da empresa até 2011 e lançou, como quantia paga, um valor superestimado, causando, assim, um prejuízo e, consequentemente, crédito tributário. Com o extraordinário crescimento do grupo Schincariol em um curto espaço de tempo, as concorrentes começaram a fazer denúncias, elaboraram dossiês em que acusavam a Cervejaria de Itu de montar operações criminosas para enganar o Fisco. Com isso, as investigações tiveram maior ênfase, pois, os dossiês eram minuciosos. Um deles descrevia exportações fictícias de pequenas cervejarias do Porto de Paranaguá, outros continham notas fiscais, grampos telefônicos, indicações de empresas fantasmas, entre outras. Firmou-se, assim, uma denúncia da Receita Federal sobre irregularidades nas notas fiscais que acompanhavam o transporte de cervejas.
A Operação realizada pela Polícia Federal e a Receita Federal visava desmantelar uma rede de sonegação de impostos como PIS, ICMS, IPI, COFINS e IR, e foi apurado, além do envolvimento da Schincariol e de suas distribuidoras, que o esquematambém beneficiava empresas ligadas ao Grupo. As ações concentraram-se nas indústrias de cerveja de Itu (SP) e Cachoeiras de Macacu (RJ). 
As investigações revelaram, também, que o Grupo Schincariol cooptava funcionários públicos, como policiais e fiscais de receitas estaduais para fazer “vista grossa” na fiscalização das notas fiscais dos caminhoneiros. Estes funcionários facilitavam a entrada e saída de mercadoria da Schincariol nas fronteiras dos estados, já que as mercadorias não tinham nota ou estavam aparentemente legalizados por notas fiscais frias. Ainda, gravações feitas pela Receita Federal, com autorização judicial, captaram conversas suspeitas de políticos ligados ao grupo e um eventual esquema de liminares na Justiça.

2.1 CÓDIGO DE ÉTICA DO CONTADOR

A ética profissional representa um conjunto de normas que direciona a conduta dos integrantes de determinada profissão. Um código de ética profissional tem a finalidade fundamental de regulamentar o exercício da profissão, pois dará consciência da visão do certo e do errado e um bom desempenho de suas funções por parte dos profissionais, evitando, muitas vezes, que estes venham a incorrer na prática de atos ilícitos, que se tenta evitar com a utilização do código de ética, atos que poderiam ser considerados normais, dependendo do ambiente onde se convive.
Segundo Lisboa (1997, p.61), “o objetivo o código de ética para o contador é habilitar esse profissional a adotar uma atitude pessoal, de acordo com os princípios éticosconhecidos e aceitos pela sociedade”. Ainda, Lisboa segue citando tais princípios éticos que dizem respeito à:
Responsabilidade, perante a sociedade, de atura com esmero e qualidade, adotando critério livre e imparcial;
Lealdade, perante o contratante de seus serviços, guardando sigilo profissional e recusando tarefas que contrariem a moral;
Responsabilidade para com os deveres da profissão (aprimoramento técnico, inscrição nos órgãos de classe, etc);
Preservação da imagem profissional, mantendo-se atualizado em relação às novas técnicas de trabalho, adotando, igualmente, as mais altas normas profissionais de conduta. O contador deve contribuir para o desenvolvimento e difusão dos conhecimentos próprios da profissão. O respeito aos colegas deve ser sempre observado.
2.1.1 Deveres e obrigações do contador

Nota-se que o contador da empresa Schincariol infringiu o código de ética de Contador, deixando de seguir os princípios éticos, acobertando os erros do seu cliente, apoiando-o em suas decisões mesmo com a apresentação de documentos falsos de origem inidônea. 
Conforme o código de ética profissional do contabilista, aprovado pela Resolução nº 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade no art. 2o, inciso I, III e VI, o contador deixou de:

I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade, as Normas Brasileira de Contabilidade e resguardados os interesses de seusclientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;

2.1.2 Comportamento do contador

A Operação realizada pela Polícia Federal e a Receita Federal visava desmantelar uma rede de sonegação de impostos como PIS, ICMS, IPI, COFINS e IR, e foi apurado, além do envolvimento da Schincariol e de suas distribuidoras, que o esquema também beneficiava empresas ligadas ao Grupo. As ações concentraram-se nas indústrias de cerveja de Itu (SP) e Cachoeiras de Macacu (RJ). Os documentos apontaram um sofisticado esquema de fraudes, que envolviam de caminhoneiros a empresas em paraísos fiscais. O Grupo Schincariol e seus distribuidores foram responsabilizados por um sofisticado esquema de fraudes, no qual compreendiam práticas como:
- a utilização de notas fiscais “frias” ou “viajadas”, aquelas que são apresentadas mais de uma vez, tendo sido uma mesma nota utilizada até 90 vezes;
- notas fiscais subfaturadas, ou seja, registravam valores menores do que os reais e a diferença eram pagos por fora;
- o uso de caminhões “dublê”, os quais tinham as placas clonadas para driblareventuais fiscalizações. Assim, uma única nota fiscal, com um único pagamento de imposto, era suficiente para vários carregamentos;
- a aquisição de matéria-prima utilizada nas fábricas sem a devida documentação fiscal e que envolvia operações simuladas com empresas fantasmas ou de capacidade financeira insignificante, localizadas em Estados do Nordeste, como se fossem estas as adquirentes;
- a realização de exportações fictícias e com declarações falsas de conteúdo e classificação incorreta de mercadoria;
- a utilização do artifício da triangulação das notas fiscais, ou seja, entrega em lugar diferente do indicado na nota fiscal, visando o recolhimento do imposto com valor menor.
Então diante das fraudes citadas acima o contador também responde por estas acusações. Pois, atualmente, os deveres do profissional contábil aumentaram com o Novo Código Civil principalmente no envolvimento com fraudes, mesmo que seja de forma induzida ou voluntária. Quando o contador passa a cuidar da empresa do cliente ele é o responsável direto pelos resultados obtidos numa empresa. Mas, muitas vezes, a forma como é realizado esse trabalho não depende apenas do contador. No desejo de aumentar seus lucros, as empresas, muitas vezes, induzem os seus contadores a praticar atos que não estão de acordo com seus princípios éticos e contábeis. Se o contador agir com intenção ou consciência de que sua conduta é lesiva a outrem, ele será responsável solidariamente do mesmo modo que a empresa. Ser responsável“solidariamente” significa dizer que o prejudicado pode acionar, para que seu prejuízo seja reparado, tanto o contador quanto a empresa. Isto reforça a posição de que o profissional deve atuar com zelo, diligência e observância às normas legais e de forma ética, sob pena de, em alguns pontos, eximir o empresário das responsabilidades e, quando não responder solidariamente pelos seus atos imprudentes ou ilícitos.
O contador tem que buscar sempre um comportamento ético e responsável visando o melhor desempenho de suas atividades profissionais e a satisfação de seus clientes ou superiores e defesa da classe contábil.
Uma vez o contador envolvido em um escândalo a imagem dos colegas de profissão também é prejudicada. Atitudes ilícitas e antiéticas, além de prejudicar e desvalorizar uma profissão dificulta o exercício dela e exige ações repreensivas por parte dos Órgãos que a regulamentam.
Sendo assim, a prestação do serviço contábil realizada de forma ética, honesta e responsável, não se apresenta apenas como mérito do profissional que assim o faz, mas contribui como parcela essencial para a credibilidade de toda uma classe.

2.1.3 Penalidades

De acordo o código de ética profissional do contabilista, aprovado pela Resolução nº 803/96 do Conselho Federal de Contabilidade no art. 12, cap. V as penalidades para o profissional de contabilidade são:
Art. 12. A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintespenalidades:
I – advertência reservada;
II – censura reservada;
III – censura pública.
Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas, são consideradas como atenuantes:
I – falta cometida em defesa de prerrogativa profissional;
II – ausência de punição ética anterior;
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Art. 13. O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.
A ética profissional representa um conjunto de normas que direciona a conduta dos integrantes de determinada profissão. Um código de ética profissional tem a finalidade fundamental de regulamentar o exercício da profissão, pois dará consciência da visão do certo e do errado e um bom desempenho de suas funções por parte dos profissionais, evitando, muitas vezes, que estes venham a incorrer na prática de atos ilícitos, que se tenta evitar com a utilização do código de ética, atos que poderiam ser considerados normais, dependendo do ambiente onde se convive.
Abaixo as possíveis infrações que poderão ser cometidas por profissionais da Contabilidade:

Inexecução de serviços contábeis obrigatórios: não executar os serviços de acordo com os princípioscontábeis, sendo-os obrigatórios e resguardando ao seu cliente a situação econômico-financeira de sua empresa, por meio dos lançamentos e das Demonstrações Contábeis.

Adulteração ou manipulação fraudulenta na escrita ou em documentos, com o fim de favorecer a si mesmo ou a clientes: trabalhar de forma inidônea para seu cliente ou com os órgãos públicos no recolhimento de impostos, deixando de conservar a boa-fé e a confiabilidade depositadas pelo empresário.

Apropriação indébita: apropriar-se de valores confiados pelos clientes para recolhimento de impostos devidos pelas empresas aos cofres públicos.

O profissional da contabilidade poderá infringir como expostos anteriormente, e receberão enquadramento e determinadas penalidades após decisão do Conselho Superior de Ética de cada Regional.
O quadro a seguir identifica as possíveis infrações com os enquadramentos e penalidades.

INFRAÇÃO
ENQUADRAMENTOS
PENALIDADES
Adulteração ou Manipulação
Fraudulenta na Escrita ou em Documentos
Alínea “d” do art. 27 do DL 9.295/
46, c/c art. 2o , inciso I e art. 3o 
incisos III, VIII e X do CEPC e
com art. 24, incisos I, VI,X e XI
da Res. CFC 960/03
Suspensão do exercício profissional, advertência reservada, censura reservada ou censura pública.
Retenção de Livros e Documentos
Alínea “e” do art. 27 do DL 9.295/
46, c/c a Súmula 02 do CFC,
com art. 3o , incisos X e XII do
CEPC e com art. 24, incisos I, VI
e IX da Res. CFC 960/03.
Suspensão de 6 meses a 1 ano, advertência reservada,censura reservada ou censura pública.


2.2 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

2.2.1 Análise da organização comportamental

Segundo Elgennni (2010, p. 44) o comportamento organizacional é um campo de estudo voltado para a compreensão do comportamento humano, que se utiliza o conhecimento adquirido por meio de diversas disciplinas, para aumentar o desempenho e tornar as pessoas mais satisfeitas com seu trabalho. São muitos os profissionais, como os administradores, gerentes, contadores, vendedores e etc. que executam ações de comando nas organizações, reconhecem a importância da gestão de pessoas dentro da organização. Ainda a autora afirma que é importante estudar este tema para compreender melhor o ser humano na sua relação com o trabalho e as organizações, sempre que precisar tomar uma decisão dentro das organizações, normalmente faz-se isso com base em fatos, em dados concretos e confiáveis, desviando-se do senso comum.
Sabe-se que área de estudo do comportamento organizacional abastece os profissionais que atuam nas organizações com soluções e ideias para enfrentar as adversidades do trabalho.
Robbins (2006) apud Elgennni (2010, p. 45) cita vários desafios e oportunidades para o comportamento organizacional que permeiam o universo existente entre o homem e seu trabalho:
A globalização
A diversidade da força de trabalho
Qualidade e a produtividade
Escassez de mão obra
Atendimento ao cliente
A inovação e a mudança
Caráter temporário
As organizações interconectadas
A buscado equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
Comportamento ético
No caso da empresa em questão, a Schincariol, muda o modelo gestão para dar ênfase às pessoas. Como parte do processo de reorganização da gestão, a Schincariol mudou, há pouco mais de um ano, a nomenclatura do setor de recursos humanos, que passou a chamar área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO). A mudança aconteceu porque o profissional não pode ser visto apenas como recurso. Para a Schincariol, os profissionais não são vistos dessa maneira. Somos uma área que deve estar estritamente ligada ao business para que possamos ajudar no desenvolvimento humano e da organização, visando aos seus atendimentos e objetivos estratégicos.
Em uma entrevista com Marcos Cominato, diretor do departamento para a FNQ em Revista que a Schincariol diz o ser humano é um conjunto formado por racionalidade, sociabilidade, emoções e espiritualidade. Assim ele terá maior produtividade na empresa e poderá se tornar um ser humano melhor. E precisa desenvolver as competências organizacionais estratégicas para suportar a visão da empresa. Diz também que mercado brasileiro passa por um momento de grande avanço tecnológico e nenhum empregado sobrevive sem ter uma elevada capacidade de inovação, adaptação à mudança e percepção do autodesenvolvimento. Ele não deve se tornar apenas empregável e ser considerado um mero custo. Clima é o que sustenta a organização. Se ela é feita de organismos vivos e as pessoas podem escolher hoje a empresaem que querem ficar, o clima organizacional é um dos pesos que são colocados na balança na hora da decisão. O clima é a ferramenta principal de fidelizar as pessoas que são talentos dentro da organização.

2.3 SITUAÇÃO ECONÔMICA DA ORGANIZAÇÃO

Uma semana após as prisões, a Schincariol sofreu o primeiro efeito prático do escândalo. O BNDES suspendeu um financiamento de 227,8 milhões de reais, aprovado em fevereiro. Esse valor é pouco mais da metade do necessário para ampliar as fábricas em Igrejinha, no Rio Grande do Sul, e em Benevides, no Pará. Os investimentos ampliariam em 16% a capacidade de produção de cerveja, de 27,4 milhões de hectolitros por ano. De acordo com o BNDES, a suspensão é temporária, até que o departamento jurídico do banco conclua se a cervejaria está apta a recebê-lo antes do fim das investigações.
Nova Schin, uma das marcas da Schincariol: presente em 600 mil pontos de venda no País, a BrasilKirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos. Um ano após a reestruturação da marca institucional para Brasil Kirin e dois anos depois da compra pelos japoneses da Kirin, a ex-Schincariol quer trabalhar fortemente com o consumidor e eliminar imagens negativas de marca e de empresa. Mudança no modelo de negócio da companhia de um foco industrial, voltado para a produção, para uma empresa que dê maior atenção ao consumidor, 
Segundo o executivo, a Brasil Kirin (segunda maior companhia do País em produção de cervejas) implementará em 2014 seu plano deinovação tanto no portfólio de bebidas alcoólicas, que representa 60% da receita, quanto no de não alcoólicos, que respondem por 40%.
Em 2012 houve a virada financeira da empresa, que passou de um prejuízo de R$ 70 milhões em 2011 para um lucro líquido de R$ 300 milhões. E 2013 tem sido o ano de se concentrar na estratégia de aproximação ao varejo. 

2.4 EXPANSÃO DA EMPRESA E O PAPEL DA CONTABILIDADE

Em 2014 será o período de mudança na percepção do consumidor em relação às marcas e a empresa. Entre as marcas da companhia estão às cervejas Nova Schin, Devassa Bem Loira e Baden Baden; o refrigerante e a água mineral Schin; a bebida mista Skinka; e sucos. Mudanças ocorreram, mas sem a extinção de produtos que levam o nome da família ex-controladora da empresa e com uma eventual entrada de itens vendidos no exterior pela matriz japonesa.
Presente em 600 mil pontos de venda no País, a Brasil Kirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos. Para todos os seus planos, a empresa prevê investir R$ 1 bilhão no biênio 2013-2014. O montante será o maior de sua história. 
A fabricante de bebidas Brasil HYPERLINK "http://www.exame.com.br/topicos/kirin"Kirin, ex-Schincariol está investindo mais de R$ 100 milhões em um parque eólico no município de Acaraú, no Estado do Ceará. O parque, que deve iniciar suas operações no segundo semestre de 2014 e terá uma área física de 214 hectares, gerará 35% da energia utilizada pela empresa em todo o país. O parque será montado em parceria com aempresa portuguesa Tecneira, pertencente ao Grupo ProCME, em uma concessão de 20 anos do local.
Este será mais um dos 96 parques eólicos em funcionamento no Brasil. A participação da energia eólica hoje no Brasil é de 1,59% (dados de julho de 2013), segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). "Com o uso da energia eólica, reduziremos a emissão de 30 mil toneladas de CO2 por ano, alinhando otimização de custos operacionais à redução de emissões de gases causadores do efeito estufa", disse o gerente de Desenvolvimento de Operações da Brasil Kirin, Newton Santana.
Com a expansão nos negócios da empresa, a contabilidade tem o seu papel cuja atividade é, basicamente, a prestação de serviços e tem como função registrar, avaliar e informar, por meio de pareceres, laudos e estudos, a situação de natureza física, financeira e econômica do patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas, ajudando na tomada de decisões. Seu trabalho é de grande responsabilidade e fundamental para a sobrevivência das empresas.
A elaboração das demonstrações contábeis deve ser feita de acordo com os Princípios fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. Além disso, as informações contábeis devem ser apresentadas de forma clara, objetiva e honesta, de modo que sejam compreendidas por seus usuários. Por isso, é evidente a grande responsabilidade desse profissional. A imagem profissional é importante para o contabilista. Manter-se atualizado em relação aquestões técnicas é essencial, mas o comportamento ético torna-se cada vez mais importante para a credibilidade do profissional.

2.5 ASPECTOS ÉTICOS DESCONSIDERADOS NAS ESTRATÉGIAS E ARGUMENTOS DOS RESPONSÁVEIS PELA EMPRESA

As atividades empresariais são desempenhadas em um ambiente no qual a competividade cada vez mais é valorizada. Adquirido esse caráter de competição, o meio empresarial tem suas próprias regras, que definem os comportamentos aceitáveis e os comportamentos que devem sofrer punições no decorrer do desenvolvimento dos negócios.
No âmbito profissional, a importância da ética é tão grande, que se reflete diretamente na sociedade como um todo. Uma vez que a sociedade não vê a disposição dos profissionais em seguir padrões éticos, provavelmente não acreditará naquela profissão.
A ética empresarial é a forma educada e correta de tomar atitudes perante as pessoas e tudo isso depende da cultura comportamental estabelecida no meio organizacional.
Ao analisar o Código de Ética Profissional do Administrador no art. 6º cap.III percebe-se aspectos desconsiderados dos responsáveis pela empresa. Abaixo alguns deveres desrespeitados:
IV - contribuir, como cidadão e como profissional, para incessante progresso das instituições sociais e dos princípios legais que regem o País;
V - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, defendendo os direitos, bens e interesse de clientes, instituições e sociedades sem abdicar de sua dignidade, prerrogativas e independênciaprofissional;
Como a empresa Schincariol estava envolvida em um esquema de sonegação de impostos, ela deixou de cumprir o seu papel ético perante a sociedade. Pois nos negócios a ética reflete sobre os valores do processo de tomada de decisões da empresa, de determinar a maneira como esses valores de decisões vão afetar vários grupos de interesse e estabelecer como os gerentes poderão utilizar essas observações na administração diárias de uma empresa. Gerentes éticos perseguem o sucesso dentro dos limites de práticas administrativas sólidas. 






3 CONCLUSÃO


É possível verificar a importância da ética nos negócios, o quanto é importante na tomada decisão pensar nesta palavra e fazer uma reflexão. Pois uma decisão mal pensada e planejada pode comprometer todo um trabalho realizado há anos. 
Pode-se afirmar que grande maioria da população tem anseios por riqueza material, sendo que isto constitui um interesse pessoal. Caso a pessoa obtenha riqueza por meio de fraude, desvio de recursos destinados a coletividade ou qualquer outro crime previsto em lei, estará agindo apenas em interesse próprio, sem considerar os aspectos da coletividade e da sociedade na qual ele está inserido.



















4 REFERÊNCIAS

CÓDIGO de Ética Profissional do Administrador. Disponível em:

COSTA, José Manuel da. Contabilidade Introdutória: São Paulo: Pearson Hall, 2009.

ELGENNENI, Sara Maria de Melo. Psicologia Organizacional. São Paulo: Pearson Hall, 2010.LISBOA

REIS, Luciano Gomes dos; NOGUEIRA, Daniel Ramos; COSTA, Manuel da Costa. Ética e Legislação profissional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

RESPONSABILIDADE, honestidade e conduta do Profissional contábil: uma discussão dialética, tendo por base o caso Schincariol. Disponível em: 

ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2006. In: ELGENNENI, Sara Maria de Melo. Psicologia Organizacional. São Paulo: Pearson Hall, 2010.

SILVA, Mônica Maria. Fundamentos da Administração. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2011/10/nova-schin.html. Acesso em: 28/04/2014.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/brasil-kirin-preve-investimento-de-r-1-bilhao-ate-2014. Acesso em: 30/04/2014.
http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/brasil-kirin-investe-r-100-milhoes-em-parque-eolico-2
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0846/noticias/o-que-sobra-da-schincariol-m0079858. Acesso em 02/04/2014.

A importância do treinamento em grandes corporações: Um estudo de caso na empresa Schincariol. Disponível em: 

http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2005/not20050615p8066.htm. Acesso em: 22/04/2014.

http://cabradm.blogspot.com.br/2008/12/schincariol-muda-modelo-gesto-para-dar.html. Acesso em 30/04/2014.

http://economia.ig.com.br/empresas/industria/2012-11-13/fim-do-nome-schincariol-e-planejamento-oriental-marcam-1-ano-da-kirin-no-brasil.html. Acesso em 01/04/2014.

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