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ANALISE TEXTUAL - RESUMO LINGUA E LINGUAGEM

Por:   •  5/10/2015  •  Artigo  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  661 Visualizações

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Por definição, linguagem é todo sistema de comunicação e expressão, assim os seres vivos possuem padrões de linguagens próprios, os animais agindo por instinto, treinamento ou outro estímulo externo, desenvolvem determinados comportamentos ou ações que podem ser entendidos como sua linguagem, mas não há variação nesta manifestação. Já o homem tem capacidade criativa, trazendo variações a linguagem humana, entre elas as línguas praticadas em todo o mundo (português, inglês, xavante,...).

Graças a sua capacidade intelectual, o homem expressa através da linguagem uma infinidade de informações, modifica e perpetua todo o conhecimento acumulado através da história. A própria história humana não existiria se ele não fosse capaz de criar uma linguagem própria, tão rica em opções para expressão humana.

Algo tão fundamental é objeto de estudo das Ciências da Linguagem, através dela vemos porque a língua é uma parte fundamental da linguagem humana.

Cada língua é formada por um conjunto signos (representação escrita de cada palavra) e expressões, chamadas de formas, que corresponde a um determinado siguinificado (conteúdo). Esse conjunto é chamado de léxico. A gramática ordena o uso do léxico, sistematiza, mantém homogeneidade para os praticantes da língua.

No entanto essa relação entre forma e função (siguinificado) nem sempre é fixa, a forma como uma palavra ou frase é pronunciada, o contexto em que ela esta inserida pode mudar sua função, assim um léxico que esta associado a uma objeto /coisa pode assumir outro sentido. Quando a relação entre a forma do léxico reflete com clareza a função a que se destina, temos uma relação de iconicidade, como em bate-boca, já quando essa relação não é natural, lógica temos uma relação de arbitrariedade, como em mesa (português) e table (inglês) não existe uma relação, em cada língua tem uma forma. Entende-se portanto que todo signo (representação escrita de algo) é arbitrário.

As línguas são uma parte essencial da linguagem humana, promovendo cognição individual, através dela adquirimos outros saberes, e interação sócio-cultural, visto que a língua é instrumento e propriedade coletiva, o que leva a uma evolução e transformação constante da própria língua.

Ao nascer, desprovido de qualquer conhecimento de língua, guiado apenas pelo instinto, o bebe começa a desenvolver em poucos dias uma linguagem própria, primeiro pelo choro, depois por grunhidos, mais adiante por gritos, expressões e gestos. Graças a interação cognitiva com o meio, ele é capaz de pronunciar suas primeiras palavras por volta de um ano de idade. Até completar dois anos terá evoluído,associando corretamente forma e siguinificado e assim pronunciando com clareza alguns léxicos conhecidos, alem de compreender ordens simples. O ano seguinte será marcado pelo uso da gramática, ritmo de fala, entonação, e aumento considerável no vocabulário.

O processo de aquisição da fala por um bebe é natural, espontâneo e incrivelmente rápido, levando em consideração toda sistemática envolvida (escolher as palavras, entonações, ordem correta, aplicação das regras gramaticais). Esse processo revela ainda que a língua tem função metocognitiva (organização do pensamento), no entanto o nível de desenvolvimento cognitivo apresentado na aquisição da linguagem pelo bebe não acontecerá mais com a mesma velocidade.

A flexibilidade e versatilidade das línguas humanas através da fala e da escrita,nos servem fundamentalmente para passar uma mensagem (produção) e receber uma mensagem (compreensão). Essa dinâmica de produção do enunciador e compreensão pelo enunciatário é chamada de enunciação e envolve várias etapas: motivação /Plano conceitual >escolha das palavras /Seleção Lexical > aplicação da gramática/Combinação Sintática> fala /Expressão Fonética. Quem compreende a mensagem precisa conhecer os mesmos códigos usados na origem. Essa compreensão também dependeráde compatibilidade sócio-cognitiva entre os participantes.

Entretanto entre os praticantes de um mesmo sistema linguístico, existem diferenças entre a oralidade e a escrita. A primeira é marcada pela fragmentação, situacionalidade e reiteração,já a segunda é marcada pela compactação,uso da gramática, eventual reinteração, maior integração da forma (escrita) e o conteúdo (mensagem que se quer passar).

Isto acontece porque a língua falada é refém da emoção, do momento, do domínio que o falante tem do tema. Independentemente do grau de instrução pedagógica, o homem toma muito mais consciência e controle do que escreve do que o que fala, assim na escrita tende a prevalece a linguagem formal, mas a fala praticada pelos alfabetizados ou não, é carregada de informalidade e simplicidade, mas em ambas ocorre uma centralidade do tema, o assunto a ser discutido.

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