AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: ÉTICA (PROFISSIONAL), CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Por: Adriano Ferraz • 25/4/2021 • Exam • 437 Palavras (2 Páginas) • 311 Visualizações
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FACULDADE FIPECAFI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
AVALIAÇÃO INTERMEDIÁRIA: ÉTICA (PROFISSIONAL), CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
São Paulo
2019
QUESTÃO
Construir uma análise crítica sobre: as possibilidades e limitações dos relatórios de sustentabilidade para o desenvolvimento e fortalecimento da responsabilidade socioambiental das organizações, tendo em vista contextualização do caso da Vale S.A., a partir da reportagem publicada pela Carta Capital e o relatório de sustentabilidade da Vale de 2017.
ANÁLISE CRÍTICA
Preliminarmente, é importante tecer algumas considerações a respeito das tragédias provocadas pela Vale S.A. nos últimos anos. O maior desastre ambiental na área de mineração do mundo aconteceu no município de Mariana, Minas Gerais, em 5 de novembro de 2015. A responsável foi a empresa Samarco, controlada pela Vale, em sociedade com a anglo-australiana BHP Billiton.
Pouco mais de 3 (três) anos após o acidente, a Vale S.A. volta a protagonizar uma das maiores tragédias ambientais do Brasil. Em 25 de janeiro de 2019, a barragem de rejeitos considerada de “baixo risco” e com “alto potencial de danos” localizada no município de Brumadinho, Minas Gerias, se rompeu, causando novamente um grande desastre industrial, humanitário e ambiental.
O acontecimento das referidas tragédias em um curto período de tempo nos levam a questionar as diretrizes e princípios éticos adotados pela mineradora. De acordo com o relatório de sustentabilidade divulgado pela companhia em 2017, um dos compromissos da Vale é a busca pela sustentabilidade nos territórios em que opera. O que significa investir recursos financeiros e tecnológicos para mitigar e compensar os efeitos de suas atividades sobre o ambiente.
De acordo com o referido documento disponibilizado pela mineradora, a Vale assume, em sua Política, que a busca pela sustentabilidade é inerente aos seus negócios e que ela é alcançada quando suas atividades, produtos e serviços geram valor não somente para seus acionistas, como também para todos os públicos de relacionamento, como empregados, parceiros e comunidades. Esse posicionamento é evidenciado, entre outras formas, por uma postura ambiental responsável, que pressupõe controle de riscos e mitigação de impactos negativos decorrentes das operações e a maximização dos impactos positivos nos territórios.
Através da análise do relatório de sustentabilidade da Vale, podemos notar que na teoria as diretrizes adotadas pela companhia estão em conformidade com o novo contrato social descrito por Wesley Cragg em seu texto Human Rights and Business Ethics: Fashioning a New Social Contract, buscando conciliar a geração de lucros com o respeito aos direitos humanos e políticas ambientais.
Contudo, na prática, podemos notar que a Vale se distancia dos preceitos estipulados em sua política de sustentabilidade, enquadrando-se no antigo modelo de contrato social em que os lucros e benefícios financeiros sobressaem-se aos princípios éticos e sócio-ambientais.
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