Adequação Do Profissional Contábil Nos Sistemas Digitais De Obrigações Acessórias No Cenário Da Contabilidade Digital

[pic 1]

[pic 2]

ADEQUAÇÃO DO PROFISSIONAL CONTÁBIL NOS SISTEMAS DIGITAIS DE OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS NO CENÁRIO DA CONTABILIDADE DIGITAL

ALEX SOUSA DE MOURA

Bacharelando em Ciências Contábeis pela UNINASSAU.

E-mail: [e-mail]

FRANKSUAN MORAIS DA COSTA

Bacharelando em Ciências Contábeis pela UNINASSAU.

E-mail: [e-mail]

KÁTIA ELINE DA SILVA MARTINS

Bacharelando em Ciências Contábeis pela UNINASSAU.

E-mail: [e-mail]

LILIANA FARIAS LACERDA

Doutora em Administração Universidad Americana (UEA) e Professora na UNINASSAU.

E-mail: [e-mail]

RESUMO

A contabilidade tem passado por diversas transformações em sua estrutura nos últimos anos, isso se dá com o desenvolvimento de tecnologias que integram e automatizam os processos contábeis. O objetivo geral desta pesquisa é analisar o impacto das mudanças nas formas de envio ao fisco das obrigações acessórias para os profissionais de contabilidade que se utilizam de plataformas digitais. Por sua vez, os objetivos específicos deste trabalho são: Apresentar a estrutura de obrigações acessórias digitais a que estão sujeitas as organizações brasileiras, e verificar qual perfil os profissionais contábeis devem adotar em meio ao cenário de desenvolvimento tecnológico. Neste sentido, apresenta-se a problemática da pesquisa: Diante das novas exigências de obrigações acessórias pelo fisco, que perfil o cenário tecnológico exige do profissional contábil? A justificativa para desenvolver o presente estudo deve-se ao cenário digital da contabilidade, com obrigações acessórias que passam a ser exigidas pelo fisco, e que demandam dos profissionais contábeis adequação a tais exigências. A pesquisa foi realizada através de um propósito exploratório por meio de uma metodologia bibliográfica. O estudo se configura numa abordagem de resultado qualitativo. Concluiu-se com a presente pesquisa que após a exigência pelo fisco do envio de obrigações acessórias de forma digital, os contadores devem adequar-se de modo a eliminar cada vez mais as atividades operacionais, otimizando considerávelmente o processamento das informações contábeis e fiscais das organizações, requerendo, sobretudo, maior cautela, tendo em vista o alto controle por parte dos entes das informações que são prestadas através destas obrigações acessórias.

Palavras-chave: Obrigações Acessórias. Profissional Contábil. Tecnologia.

INTRODUÇÃO

As novas ferramentas de tecnologia da informação têm agregado inúmeros avanços em diversas áreas do conhecimento social, e na contabilidade não seria diferente, pois as formas de atuação do profissional contábil têm sido alteradas pelos avanços tecnológicos, sobretudo com o desenvolvimento dos atuais sistemas informatizados que automatizam e aperfeiçoam cada vez mais o processamento de dados.

É notória a relevância da utilização de sistemas de informação bem estruturados que sejam capazes de coletar, armazenar, recuperar e disseminar informações, o uso desses sistemas pelas organizações apoiam as funções empresariais nos níveis operacional, gerencial e estatégico. (FALSARELLA, JANNUZZI, 2017)

As alterações advindas do exponencial avanço tecnológico, mais especificamente, por ferramentas de tecnologia da informação, impactam significativamente as formas de execução da contabilidade, além de exigir dos profissionais da área um maior conhecimento em termos tecnológicos, devendo ser uma evolução em conjunto.

A justificativa para desenvolver o presente estudo deve-se ao cenário digital da contabilidade, com obrigações acessórias que passam a ser exigidas pelo fisco, e que demandam dos profissionais contábeis adequação a tais exigências. Este artigo pretende analisar os conhecimentos e habilidades que o novo mercado de trabalho exige dos profissionais contábeis. Sobretudo com a implantação de novas exigências de informações por parte do fisco, através do envio de obrigações acessórias em formato digital, cada vez mais complexas na sua elaboração, demonstrando suas vantagens, desvantagens e desafios enfrentados.

O novo cenário tecnológico, conforme afirma Azevedo e Mariano (2016), diante da grande evolução tecnológica e ainda tendo em vista o exponencial aumento das operações pelas empresas, o fisco foi obrigado a se modernizar, desenvolvendo ferramentas capazes de garantir maior controle sobre os contribuintes, desta forma, para integrar a fiscalização foi criado o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).

Outra exigência do fisco para prestação de informações pelas organizações é o e-Social, que surgiu com a promessa de revolucionar as áreas trabalhista e previdenciária. Esta nova ferramenta visa agregar os direitos previstos na CLT – Consolidação das Leis Trabalhitas, bem como unificar a forma de envio das informações previdênciárias aos órgãos competentes, tornando mais dinâmica a utilização dos dados e informações prestadas. (CARVALHO, 2017, p. 22).

O e-social, atravez da Medida Provisória 881/2019, chamada de MP da Liberdade Econômica, trará ainda mais atualizações práticas ao e-social, mas não sua extinção. A partir de 2020, de acordo com a Lei 13.874/2019, modificações serão executadas na estrutura e o sistema utilizado passará a ser mais simplificado, conforme esclarece em seu Art. 16. “O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social) será substituído, em nível federal, por sistema simplificado de escrituração digital de obrigações previdenciárias, trabalhistas e fiscais.”. Certamente alguns critérios serão modificados, que poderão implementar mais a plataforma atualmente utilizada para o envio dos dados e na forma de ser executar os procedimento. No entanto, é importante destacar que as empresas devem continuar mantendo suas obrigações em dia, mesmo na atual forma do sistema. (JUNIOR, 2019).

Tais mudanças na estrutura da relação entre fisco e contribuintes trouxeram mudanças favoráveis em alguns procedimentos realizados pelos profissionais de contabilidade, e uma delas foi à maneira de entregar a declaração do imposto de renda de seus clientes, que antes eram entregues através de formulários ou disquetes sendo necessário ir pessoalmente à Receita Federal, este processo tornou-se mais prático e ágil com a ajuda da internet que está cada vez mais estabilizada nas empresas. (LUNELLI, {2016?}).