Aproximação da contabilidade
Tese: Aproximação da contabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: EscolaAltair • 24/5/2014 • Tese • 1.506 Palavras (7 Páginas) • 182 Visualizações
Existem diversas diferenças entre as normas contábeis norte-americanas e
brasileiras. Essas diferenças variam de empresa para empresa, mas algumas se repetem e/ou
têm valor mais significativo que outras. Em vista da situação apresentada, o presente trabalho
pretende responder a seguinte questão: Quais as diferenças mais significantes entre as
normas norte-americana (U.S.GAAP) e brasileira (BR GAAP) nas empresas brasileiras
que atuam na bolsa de Nova York no ano de 2005?
Os objetivos específicos do trabalho são:
Apontar as diferenças que mais se repetem nos ajustes entre BR GAAP e U.S.GAAP
das empresas examinadas;
Verificar quais diferenças têm valor mais significativo em relação ao lucro (prejuízo)
em U.S.GAAP;
Determinar as diferenças mais relevantes entre as duas normas contábeis. 2 Fundamentação teórica
2.1 A convergência contábil
A convergência das normas internacionais de contabilidade nada mais é do que a
criação de condições para que haja harmonização entre os procedimentos contábeis adotados 4
entre as normas de diversos países. Esta convergência ocorre a partir das IFRS (International
Financial Reporting Standards) ou do seu predecessor IAS (International Association
Standards) que são normas de relatório financeiros internacionais os quais são expostos e
publicados pela IASB (International Accouting Standards Board) que é uma comissão
internacional de normas contábeis.
Dá-se a necessidade de harmonização entre as normas contábeis internacionais,
devido ao fato de que todos os anos as organizações multinacionais despendem recursos para
publicar seus relatórios contábeis, adequando-os às normas distintas de cada país, de suas
respectivas sede e filiais, ou para os mercados de capitais em que negociam. Um bom
exemplo são as empresas que têm suas ações negociadas em bolsas de valores. Outro fator
também influenciador é que os investidores dessas empresas, ficam confusos pelas
informações divergentes entre si, devido à norma contábil usada em cada demonstração de
resultados das organizações e julgam essas informações incertas.
A diversidade nos padrões é infelizmente uma barreira considerável ao fluxo de
capital além fronteiras. Para avaliar corretamente um investimento em um outro
país, um investidor deve traduzir as declarações financeiras preparadas sob um
padrão contábil estrangeiro em declarações financeiras de acordo com os padrões
contábeis do país investidor. (HAVERTY, 2006, p. 50).
A busca pela convergência das normas locais para as normas internacionais
(IFRS/IAS) tem sido um momento ímpar nas organizações. Haverá muitas mudanças, já que
inúmeros desafios se levantam entre os quais vale ressaltar, por exemplo, a mudança nos
resultados das instituições, a mudança nas políticas e culturas organizacionais, a necessidade
de treinamento e formação de mão de obra, a interpretação correta das regras internacionais, a
adaptação nos sistemas domésticos das empresas, entre outros.
Por outro lado, pode-se apurar também algumas vantagens para as empresas que
se enquadrarem neste conjunto de regras. O primeiro fator seria a oportunidade de se
conquistar maior confiança no mercado internacional por parte dos negociadores, credores e
analistas internacionais, pois a empresa adquire maior transparência. Outro fator importante é
que as empresas multinacionais economizarão tempo, porque não será preciso fazer e refazer
as demonstrações, enquadrando-as em várias normas diferentes.
Para que haja essa convergência seria necessário mudar a própria Constituição
Federal Brasileira, porque a mesma não permite o uso de normas internacionais no país, sendo
assim, seria preciso uma mudança na legislação nacional e isto é um processo político que
demanda tempo. Vale ressaltar que já existe no Congresso Nacional o projeto de Lei nº
3.741/2000 que irá alterar a Lei nº 6.404 e dispõe sobre os requisitos de qualificação de
entidades de estudo e divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e auditoria.
Um ponto que vale esclarecer é que o FASB não exige que as normas dos outros
países sejam convergentes com as suas: a SEC apenas exige que o lucro de empresas
estrangeiras seja reconciliado para o lucro em U.S. GAAP. Contudo em 2002, ao assinar o
M.O.U. (Memorandum of Understanding), comprometeu-se a buscar convergência com as
normas internacionais.
2.1.2 Convergência no Brasil
A convergência contábil tem começado a provocar mudanças no Brasil. A
convergência
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