Biosseguranca

BIOSSEGURANÇA

GUSTAVO FEITOSA DA FONSÊCA

JÉSSICA DE CARVALHO CARDOSO

TERESINA - PI

NOVEMBRO/ 2015

INTRODUÇÃO

A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados" (Teixeira & Valle, 1996).

Uma outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da medicina do trabalho é encontrada em Costa (1996), onde aparece "conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos". Está centrada na prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais.

Fontes et al. (1998) já apontam para "os procedimentos adotados para evitar os riscos das atividades da biologia". Embora seja uma definição vaga, subentende-se que estejam incluídos a biologia clássica e a biologia do DNA recombinante.

Estas definições mostram que a biossegurança envolve as relações tecnologia/risco/homem. O risco biológico será sempre uma resultante de diversos fatores e, portanto, seu controle depende de ações em várias áreas, priorizando-se o desenvolvimento e divulgação de informações além da adoção de procedimentos correspondentes às boas práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio ambiente.

Este trabalho tem como objetivo informar sobre a importância da biossegurança em odontologia e relacionar os procedimentos mais comuns para minimizar o risco de transmissão de doenças no consultório odontológico.

DESENVOLVIMENTO

O ambiente que trabalha com a saúde prestando atendimento à população, não poderá em hipótese alguma ser um carreador de microrganismos para o paciente. Deve haver uma constante preocupação de toda equipe de trabalho com o processo de controle de infecções, em especial, em épocas como hoje com tantas patogenias.

Desse modo a odontologia na condição de ciência e profissão da saúde, deve atuar com um olhar voltado a questões pertinentes a adoção de condutas de prevenção e proteção contra riscos ocupacionais que podem ocorrer, prejudicando o CD, o ACD e o próprio paciente.

Sabe-se que medidas de precaução são tomadas com intuito de diminuir a transmissão de patógenos. Estas medidas estão baseadas em princípios que movem o funcionamento do consultório independentemente da anamnese, diagnostico, e indicações de tratamento do paciente a fim de promover a segurança biológica e micrológica do paciente.

Com a finalidade de promover a segurança biológica do paciente nasceu o conceito de biossegurança. A lógica da construção do conceito de biossegurança teve seu início na década de 1970 na reunião de Asilomar na Califórnia, onde a comunidade cientifica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Esta reunião, segundo Goldim (1997), é o marco na história da ética aplicado a pesquisa. Na década de 70 o foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

A biossegurança no Brasil somente se estruturou, como área específica, nas décadas de 1970 e 1980 (ALMEIDA 2000). No Brasil, a legislação de biossegurança está formatada legalmente apenas para processos envolvendo organismos geneticamente modificados, através da Lei de Biossegurança, n 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Em 2005 a Lei de Biossegurança passou por algumas alterações e com isso atualmente é utilizada a Lei 11.105 de 24 de março de 2005.

Na odontologia o devido uso da biossegurança é de essencial importância tanto para o CD e o ACD como para o paciente. Normas como o revestimento de alguns equipamentos com coberturas descartáveis ajudam em prevenir contaminação, protege as superfícies que são difíceis de lavar adequadamente, é um método mais rápido, reduz a necessidade de manusear e estocar produtos químicos desinfetantes.

A biossegurança do ambiente se inicia com a limpeza das superfícies e componentes dos equipamentos odontológicos com água e sabão neutro, e posterior desinfecção com álcool a 70%. Após a desinfecção com sabão e álcool 70% da cadeira odontologia, da bancada e de instrumentos fixos como o encaixe das canetas de alta rotação, do sugador e do refletor deve-se colocar papel filtro (PVC) em todos que foram citados. Logo em seguida deve ser feita a limpeza da cuspideira com hipoclorito de sódio e com escova adequada e colocado papel filtro (PVC) em sua superfície com um pequeno orifício para que o paciente possa cuspir. Desta maneira o consultório estará pronto para o atendimento.

A atividade odontológica utiliza vários instrumentos perfurocortantes