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CUSTEIO ABC, CUSTO PADRÃO E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA.

Por:   •  25/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.883 Palavras (16 Páginas)  •  501 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RODRIGO TESTA

TAYLANE PEREIRA GOMES

CUSTEIO ABC, CUSTO PADRÃO E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA.

                                  SÃO GONÇALO

                                            2014

RODRIGO TESTA

TAYLANE PEREIRA GOMES

CUSTEIO ABC, CUSTO PADRÃO E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA.

        

Pesquisa apresentada no curso de graduação na Universidade Salgado de Oliveira, curso de ciências contábeis.

SÃO GONÇALO

2014

1. Introdução

Essa pesquisa tem o objetivo de contribuir com o aperfeiçoamento da gestão de custos e na tomada de decisão nas Indústrias, através de uma apropriação mais devida dos custos indiretos de fabricação (CIF), por meio da utilização do Custeio ABC. ABC e Absorção e aplicação de estudo de caso. Conforme pesquisa constata-se que existe um novo cenário, metodologias e técnicas que demonstram a necessidade de um tratamento mais preciso dos custos indiretos, por conta dos avanços tecnológicos. Visto também que o método do custo padrão tem como função principal fornecer suporte para o controle de custos da empresa, proporcionando um padrão de comportamento para os custos, onde o custo padrão é estabelecido para os materiais, a mão-de-obra e os custos indiretos. Este método é dividido em: Custo-padrão ideal, corrente e estimado. Por meio da pesquisa também sobre o processo de formação de preços de venda de produtos, este pode ser considerado uma das mais importantes tarefas das empresas. Com o aumento da competitividade advindo da globalização, as empresas precisam atuar de maneira ainda mais ágil e flexível, principalmente nos segmentos que atuam muito próximos ao consumidor final, como o comércio varejista.

2. Custeio ABC

2.1 Historia do Custeio ABC        

O custeio baseado em atividade tornou-se popular no início de 1980, em grande parte por causa da crescente insatisfação com as formas tradicionais de alocação de custos. Depois de um começo forte, no entanto, caiu em um período de descrédito. Mesmo Robert Kaplan, um professor de Harvard, por vezes creditado como sendo o seu fundador, admitiu que estagnou na década de 1990. A dificuldade consiste em traduzir a teoria em ação. Muitas empresas não estavam preparadas para desistir de seus mecanismos de controle de custos tradicionais em favor do ABC.  

O que mais repercutiu para o surgimento do ABC foi à adoção pela indústria, de processos automatizados de produção, que resultaram em um grande aumento dos custos indiretos e das despesas operacionais das empresas, o que, fez surgir à necessidade de novos instrumentos de informação para apoiar o processo de gestão.  

2.2 Funcionamento do Custeio ABC

O Custeio baseado em atividades (ABC) é um método de atribuição de custos aos produtos ou serviços, com base nos recursos que eles consomem.  Seu objetivo é "mudar a maneira em que os custos são contados”.  O ABC determina que atividades consomem os recursos da empresa, agregando-as em centros de custos por atividades. Em seguida, e para cada um desses centros de atividades, atribui custos aos produtos baseado em seu consumo de recursos. Com isso, é possível se determinar quais são os produtos subcusteados e quais são os supercusteados, possibilitando uma melhoria nas decisões gerenciais. O ABC permite ainda que se tomem ações para o melhoramento contínuo das tarefas de redução dos custos, como a melhora dos serviços, avaliação das iniciativas de qualidade, corte de desperdícios, aprimoramento dos processos de negócio da empresa, entre outros.

No sistema de custeio ABC a atribuição dos custos indiretos são feitos em dois estágios. No primeiro estágio, denominado de “custeio das atividades”, os custos são direcionados as atividades. No segundo estágio, denominado de “custeio dos objetos”, os custos das atividades são atribuídos aos produtos, serviços e clientes. Embora suficientemente simples, o sistema de custeio ABC, tem contribuído para melhorar sensivelmente a tradicional metodologia de análise de custos. Seu objetivo é rastrear as atividades mais relevantes, para que se identifiquem as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa. Por meio dessa análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso eficiente e eficaz dos recursos da empresa. A atribuição de custos as atividades é feita de uma forma criteriosa de acordo as seguintes prioridades:

1) alocação direta: isto se faz quando há uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades.

2) rastreamento: é uma alocação com base na identificação da relação , causa, efeito, entre a ocorrência da atividade e a geração de custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos e recursos.

 3) rateio: o rateio é realizado quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta, nem o rastreamento.

2.3. Vantagens do Custeio ABC

Como vantagens podem ressaltar:

  • Proporciona melhor visualização dos fluxos de processos;
  • Eliminam/reduzem atividades que não agregam aos produtos um valor percebido pelo cliente;
  • Pode ser empregado em diversos tipos de empresas;
  • Identifica os produtos e clientes mais lucrativos;
  • Atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade;
  • Pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;
  • Identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade;
  • Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;
  • Melhoram significativamente sua base de informações para tomada de decisões;

2.4. Desvantagens do Custeio ABC

Este método também apresenta desvantagens, nas quais algumas são:

  • Gastos elevados para implantação;
  • Não é aceita pelo fisco, gerando a necessidade de possuir dois sistemas de custeio;
  • Alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;
  • Necessidade de revisão constante;
  • Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;
  • Leva em consideração muitos dados com informações de difícil extração;
  • Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;
  • Dificuldade na integração das informações entre departamentos;
  • Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e acompanhamento;
  • Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usa-las;

2.5. Construção do modelo ABC

Na construção de um modelo ABC é necessário:

a) Estabelecer o organograma da empresa e os centros homogéneos onde se desenvolvem e definem as atividades que conduzem ao produto final.

b) Identificação das diferentes atividades: Nesta fase pretende-se identificar e classificar cada uma das diferentes atividades dos diferentes centros homogéneos. Para esta fase necessita-se de informação própria da empresa, que pode ser o manual de procedimentos, questionário aos empregados, avaliação do tempo de trabalho de cada trabalhador, identificando ao mesmo tempo a participação de cada centro homogéneo em cada uma das atividades.

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