Cenário Economico no Brasil

O CENÁRIO ECONOMICO

        Nenhum contador, administrador, gestor de empresa, seja ela micro, média ou grande não poderá permitir-se ficar alheio aos acontecimentos do mundo exterior. Existe uma interdependência das Empresas com outras Empresas, estas com o Estado e o Estado com a economia Internacional.

        A Sobrevivência empresarial depende, em grande parte, do conhecimento dos fatos atuais e da previsão e antecipação aos acontecimentos futuros, tanto no plano Nacional e se possível do cenário econômico internacional.

        

1. – Cenário Econômico Brasileiro.

        Quantas vezes a TV esta “ligada” no tele-jornal e entra no ar uma matéria falando de: - aumento de taxa de juros (selic), PIB, aumento de preços (inflação), preço do dólar, desemprego e etc. Para um telespectador comum isso pode significar apenas uma informação simples “- que o tomate vai aumentar de novo”. Mas para quem quer apurar e analisar o cenário econômico, estas são algumas das variáveis que vão definir um melhor estudo da economia do país, região. Para se analisar um cenário econômico, algumas das variáveis são:

● Inflação;  ● Taxa de Juros;  ● Cambio;  ● Produção Industrial e Nível de Emprego;

● contas Externas; ● etc;

        Em 2011, o FMI – Fundo Monetário Internacional, classificou o Brasil como a “6ª maior economia do mundo”, graças ao boom de negócios favoráveis elevando o PIB, cambio supervalorizado e diversas outras causas que não será aqui aprofundado.

        Com a análise dos números do 1º trimestre de 2014, o Brasil não deverá mais permanecer com este posto. Os fracos números das variáveis citadas deverão determinar uma queda para a 8ª ou até mesmo a 9ª colocação. Segundo os centros de estudos econômicos, o baixíssimo crescimento do PIB, a desaceleração da Economia e alta do câmbio foram alguns pontos analisados.

1. – A Função Distributiva do Estado

        Cumprindo seu papel de regulador, o Estado direciona as atividades econômicas mediante leis e disposições administrativas, controlando preços, monopólios e ações danosas ao direito do consumidor. O governo possui o compromisso de prover ou facilitar o acesso a bens e serviços essenciais, principalmente aqueles que não são de interesse do setor privado, como educação, saúde, defesa, segurança, transporte e justiça.

        Um dos “pilares” para o boom de crescimento alcançados em 2011, foi o incremento da forma de distribuição de renda que foi adotada no país, fazendo com que as classes econômicas C e D, tivessem mais acesso a créditos, rendas e muitos outros benefícios, elencando as pessoas inclusas nessa classe, a uma classe consumidora de produtos, bens e serviços.

        Aqui, cabe-se analisar mais duas outras variáveis:

● Sócios Econômicas;  ● Político Econômico

        2.1 – Variáveis Sócio econômicas: Fundamental para entender as melhorias e transformações que a sociedade passa como o aumento da renda da população, níveis de educação e alfabetização, porcentagem de jovens empregados, capacidade do governo sustentar a população aposentada... etc.

        2.2 Variáveis Político Econômicas: Níveis de corrupção, Independência do Banco Central, Capacidade e vontade do Governo respeitar acordos já estabelecidos, eficiência do setor público, gestão eficiente da arrecadação e dos gastos públicos...etc.

1. – Os Tributos Brasileiros.

        Um dos entraves para se investir no Brasil são os altos impostos pagos. O Brasil tem uma das maiores e mais pesadas cargas tributárias do mundo. A média mundial em 2012 era de 27,1%, na América Latina de 28,1% e no Brasil, consome em média de 40% da renda do brasileiro. É como se o brasileiro trabalhasse do dia 01 de Janeiro até o dia 28 de maio só para entregar ao governo o resultado de seu labor. É uma legislação fiscal complexa e ineficiente.

        Um dos grandes desafios do Governo e que até o presente momento, nenhum teve coragem de fazer, é desbaratar a parafernalha de impostos que compõem a carga tributaria brasileira: são atualmente cerca de 63 tributos diferentes que são cobrados das empresas e das famílias brasileiras. São 05 Municipais, 10 Estaduais e 48 impostos federais.

        Algumas das causas principais para que não se faça uma desoneração de tributos no Brasil está no aumento dos Gastos Públicos, onde entra a ineficiência do Estado em distribuir a renda através dos diversos Benefícios Sociais, penalizando-se um setor produtivo em função de apenas de garantir a subsistência de outro, onde não se tem em contra-partida nenhum tipo de retorno. É a velha estória de “Se você dá o peixe ao homem, ele fica alimentado por apenas 01 dia. Se você o ensina a pescar, ela não passará fome nunca mais”. Não se pode esquecer de citar uma outra grande causa que está embutido nos gastos públicos – o altíssimo nível de corrupção praticado no Brasil.  

1. – Burocracia.

        Quando os amigos fictícios pensaram em abrir uma empresa no Brasil, um dos maiores obstáculos que provavelmente eles enfrentaram foi a BUROCRACIA para se abrir uma empresa.

        Segundo dados da EBC – Empresa Brasil de Comunicação, atualmente gestora do sistema público de comunicação, para se abrir uma empresa no Brasil, demora-se em média 119 dias, sendo que nos casos menos demorados apenas 49 dias – dados do Ministério do Desenvolvimento, Industria e comércio exterior.

        Esse excesso de burocracia atrapalha a “formalização e legalização” dos negócios, além de encarecer todo o processo e procedimentos. São fases desnecessárias que tomam o tempo do empresário. Muitas vezes é tão complicado que o empresário prefere ficar na ilegalidade ou informalidade. Como exemplo de diferença de custo na abertura de uma empresa, no estado da Paraíba gasta-se em média R$ 963,00 e no estado de Sergipe, o empreendedor tem que desembolsar a bagatela de R$ 3.597,00 para o mesmo fim.