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A ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS NA GESTÃO ESTRATÉGICA DAS

ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Este trabalho tem como escopo fazer um estudo bibliográfico por meio de periódicos e eventos sobre os cenários que compõem a administração estratégicas nas organizações. Foram criados vinte e quatro trabalhos no sentido de mostrar que as estratégias utilizadas nas organizações contribuem para minimizar ambientes turbulentos e para aprimorar o estudo da técnica na administração estratégica das organizações.

Vários pensadores propuseram diferentes abordagens sobre cenários, no começo da história segundo Van der Heijden (2009), os diferentes cenários eram usados como estratégias para os militares operarem na guerra. A partir da década de 1960, a empresa Shell utilizou a análise de cenários para saber lidar com as incertezas do suprimento de petróleo no Oriente Médio. Em seguida Kahn introduziu os cenários na Shell e sugeriu que o desafio do planejamento é separar o que é previsível do que é fundamentalmente incerto. A ideia da abordagem de Kahn em relação aos cenários era que os aspectos predeterminados iriam se refletir em todos os cenários da maneira mais previsível, já as incertezas surgiriam de formas diferentes em vários cenários diferentes (VAN DER HEIJDEN, 2009)

         Aspectos predeterminados podem ser considerados como nuances, ou seja, quando determinado aspecto do ambiente no futuro será uma continuação do que é observado no presente, o que permite previsão e certeza. Já as incertezas referem-se à possibilidade de determinado aspecto do ambiente evoluir em diferentes sentidos, e não se sabe hoje, quando decisões sobre o futuro são tomadas, qual será o sentido que se concretizará.

Sobre uma ótica positiva, cenários  auxiliam no desenvolvimento de estratégias e investimentos  ao fortalecer o método estratégico de modo a facilitar e desafiar premissas subjacentes sobre o futuro, permitir um melhor planejamento para superar as incertezas do futuro e facilitar uma prévia das possíveis causas que decisões estratégicas mal administradas poderiam comprometer a organização, mediante esta técnica é possível criar mecanismos para soluções mais eficazes de problemas nas organizações.

         Outro ponto positivo conforme  Fahey e Randall (1998),  é que a aprendizagem por cenários ocorre a partir de quatro elementos: uso efetivo do conhecimento, desafio ao mind-set dos gestores, discussão e diálogo coletivo e fornecimento contínuo de inputs para a tomada de decisão. Ou seja, o processo de construção e desenvolvimento permite não apenas que indivíduos revejam suas premissas, mas também que grupos e diferentes funções da organização discutam suas posições e maneiras de pensar, tendo como foco final o uso aplicado do conhecimento gerado na tomada de decisão.

Para Roubelat (2000) a abordagem cenários é um processo de networking. As construções de cenários constituem uma rede que interliga uma variedade de pessoas – especialistas, estrategistas para criar  alternativas do futuro, atuando ainda numa função de criação de sentido que transpõe  os paradigmas estratégicos da organização e reorganiza suas fronteiras externas e internas.

         A partir desses trabalhos foram elaboradas diferentes características quanto a produção de cenários.

Pontos Positivos	Pontos Negativos
Há grande diversidade nas técnicas empregadas para construção.	Há poucas referências quanto às especificidades intrínsecas ao processo de elaboração de cenários.
Organizações públicas, privadas e do terceiro setor empregam a técnica nos seus processos de planejamento.	Nem todas as organizações adotam as técnicas de administração estratégica.

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