Contabilidade
Por: patriciamachado1 • 20/5/2015 • Trabalho acadêmico • 527 Palavras (3 Páginas) • 201 Visualizações
1 - A FORMAÇÃO INDUSTRIAL DO BRASIL E DA ARGENTINA EM UMA
PERSPECTIVA HISTÓRICA.
Nesta seção, será analisado o desempenho deste setor durante o período agroexportador, Além disso, faz-se também uma breve apresentação dos fundamentos do modelo de industrialização por substituição de importações.
1.1 - Do período agroexportador até a primeira guerra mundial3
A produçãobrasileira ficou dominada, basicamente, pelo setor cafeeiro que representava, em 1913, 62,3% dototal das exportações brasileiras. Já na Argentina a produção logrou um grau maior de diversificação, grande variedade de cereais, destacando-se o trigo, linhaça, centeio, cevada e o milho, além dos produtos pecuários, como a carne congelada, lã e o couro. na Argentina o principal produto (milho) representava 22,5% do total exportado. as taxas anuais de crescimento das exportações entre 1850 e 1912 foram de 6,1%, para o caso argentino, e de 3,7%, para o caso brasileiro.
Destino das exportações: o caso brasileiro o principal mercado era o norte americano, representando 32,2% do total das exportações, para o caso argentino o principal mercado era a Grã-Bretanha, representando 24,9% dototal exportado pelo país.
Com a industrialização na Europa e nos EUA se tornou necessário encontrar novos mercados. Em 1913 as importações brasileiras tiveram origem, principalmente, no Reino Unido, com 24,5% do total, e nos EUA, com 15,7%.A Argentina, o principal fornecedor de
importações foi o Reino Unido, com 31%, seguido pelos EUA, com 14,7% do total.
Em ambos os países a disposição dos recursos para o desenvolvimento da indústria, força de trabalho e capital, estiveram ligados ao desenvolvimento do setor primário exportador. Primeiro aspecto, recorreu-se ao uso da força de trabalho migrante, sobretudo italiana.
Em relação à disponibilidade de capital, é característica dos dois países o intento de
melhorar a eficiência do mercado de capitais, com a implantação de bancos modernos. Estes se converteram rapidamente em meros financiadores dos déficits governamentais. Em 1913, a Argentina já contava com 13 bancos comerciais nacionais, sendo característico também o elevado número de sucursais de bancos estrangeiros, atingindo 76 instituições naquele período. Já no Brasil a formação do capital bancário teve início com o Barão de Mauá. Com isso, em 1913 o país já contava com 17 bancos comerciais nacionais e 48
bancos estrangeiros.Antes da primeira guerra mundial a divida publica externa da argentina era de 784 milhoes de dólares,enquanto a do Brasil era de 717 milhoes de dólares, sendo maior parte divida resultante de empréstimos ingleses.
pode-se dizer que a expansão do setor exportador ajudou a promover a
urbanização destes países, o desenvolvimento de uma classe assalariada, ampliando o mercado para os produtos manufaturados.
1.2 - Da Primeira Guerra Mundial até a crise de 1929
Devido a Primeira Guerra Mundial, os países que não exportavam matérias-primas
estratégicas tiveram suas condições comerciais deterioradas.O Brasil, dependendo em grande medida das exportações de café, não conseguiu sustentar as políticas de valorização, o que provocou uma redução nos termos de trocas em 50%, nos anos de guerra. Apesar do Reino Unido ainda continuar dependendo da importação de carne, a Argentina também teve suas exportações reduzidas e seus mercados externos restringidos.
Quanto ao desenvolvimento industrial neste período, as dificuldades para se fazer importações provocaram mudanças, na Argentina, o caso do setor têxtil. Indústrias, do ramo de metais, não conseguiram responder às restrições das importações e reduziram sua produção.
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