Contabilidade Financeira DFs Magalu
Por: Y_PBS • 5/11/2022 • Trabalho acadêmico • 2.143 Palavras (9 Páginas) • 98 Visualizações
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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de atividade individual | |
Disciplina: Contabilidade Financeira | Módulo: |
Aluno: | Turma: |
Tarefa: Atividade Final – Contabilidade Financeira: Análise das demonstrações contábeis da empresa Magazine Luiza S.A – 2019 e 2020 | |
Introdução | |
Este trabalho tem o objetivo de analisar as demonstrações contábeis da empresa Magazine Luiza S.A. (Magalu), referente aos exercícios 2019 e 2020, a fim de apresentar a situação econômica e financeira da companhia, através da análise horizontal e vertical de seus demonstrativos, além da geração de indicadores de liquidez, estrutura de capital, lucratividade e rentabilidade. De acordo com o site oficial da empresa citada, a mesma foi criada em São Paulo na década de 50, tendo hoje como posicionamento ser uma plataforma digital de varejo que possibilita a entrada de outros negócios no mercado digital para comercialização de produtos. | |
Análise horizontal | |
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Análise vertical | |
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Cálculo dos índices de liquidez | |
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Cálculo da estrutura de capital | |
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Cálculo da lucratividade | |
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Cálculo da rentabilidade | |
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Conclusão sobre a situação econômica e financeira da empresa | |
Analisadas as demonstrações contábeis da Magazine Luiza S.A. (Magalu) e tendo sido realizados os cálculos dos indicadores necessários, inicia-se o parecer de sua situação econômica e financeira referente aos exercícios 2019 e 2020. A análise vertical dos demonstrativos contábeis demonstra a representação de cada conta em relação ao grupo analisado, demonstrando onde a companhia aplica de forma mais significativa seus recursos, considerando para tal o mesmo período temporal. Já a análise horizontal é um comparativo entre anos a fim de apurar o crescimento ou regressão de cada conta, tendo como base as contas alinhadas entre os períodos avaliados. (XERPAY, 2020) Análise das Aplicações: Ao analisar as aplicações de recursos, obtém-se que a Magalu investe, nos exercícios analisados, uma média de 66% (sessenta e seis percentuais) em Liquidez (ativo circulante) e 34% (trinta e quatro percentuais) Rentabilizando (ativo não circulante). Ao avaliar verticalmente o exercício de 2020 é possível constatar que as aplicações de Liquidez estão relacionadas a Caixa e Equivalentes de Caixa (6%), Aplicações Financeiras (5%), Estoques (24%), Ativos Biológicos Tributos a Recuperar (3%) e Outros Ativos Circulantes (12%), de forma que é importante destacar os investimentos nas Contas a Receber (16%), pois estão relacionados diretamente ao giro do negócio. Em contrapartida, na Rentabilidade a maior expressão está no Imobilizado (16%), além de 8% em Investimentos, 7% no Realizável a Longo Prazo e 3% no Intangível. Já na vertente horizontal (análise comparativa entre os exercícios) as aplicações na Liquidez tiveram um crescimento de 22% entre os exercícios, no qual destaca-se um aumento considerável de 609% no Caixa e Equivalentes de Caixa, redução de 73% nas Aplicações Financeiras e de 24% em Ativos Biológicos Tributos a Recuperar, além de aumento de 56% nos Estoques e de 488% em Outros Ativos Circulantes, destacando a variação a maior de 25% nas Contas a Receber. Já na Rentabilidade houveram variações positivas em todas as categorias, resultando em um crescimento de 16% neste grupo. Os Investimentos aumentaram 37%, o Imobilizado e o Intangível cresceram cada um em 13% e o Ativo Realizável a Longo Prazo em 6%. Análise das Origens de Recursos: Ao analisar as origens de recursos de terceiros, obtém-se que a Magalu captou, nos exercícios analisados, uma média de 45% (quarenta e cinco percentuais) no passivo circulante, 18% nas origens a longo prazo (passivo não circulante), de forma que o capital próprio representa 37% (patrimônio líquido), demonstrando que o maior montante de recursos da cia é de terceiros. Ao avaliar horizontalmente, em relação ao exercício de 2019, as origens de curto prazo aumentaram em 60%, mas as origens de longo prazo reduziram em 10% entre os exercícios. As contas com maiores impactos de curto prazo é empréstimos e financiamentos (aumento de 20240%), já as de longo prazo são empréstimos e financiamentos e tributos diferidos, representando redução de 98% e 100%, respectivamente. Ao olhar para o capital próprio este teve redução de 3%, sendo o maior impacto corresponde a um aumento de 252% em outros resultados abrangentes e uma redução de 207% nas reservas de capital. Análise da DRE: Ao analisar a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) é possível constatar que as vendas da Magalu cresceram 41% e os custos 46% em comparação ao exercício de 2019. Os custos representam uma média de 74% em relação às vendas realizadas, sendo, portanto, 26% a média de margem bruta obtida nas operações, tendo crescido 28% em 2020. A empresa demonstra controle apropriado de suas despesas operacionais, sendo as mesmas cobertas pelo resultado bruto anual de ambos os exercícios e, ainda, com resultado positivo em 11% (704k em 2020) e 26% (1,2MI em 2019) para cobrir o resultado das operações financeiras, imposto de renda (IR) e contribuição social (CSLL), mesmo que a variação das despesas operacionais tenha sido 54% maior se comprado com 2019 e que o resultado antes do resultado financeiro seja 45% menor em relação ao exercício comparado. O resultado horizontal das operações financeiras apresentou variação significativa (aumento de 385%), bem como mudança na estratégia tributária dos impostos sobre o lucro tendo uma redução de 104%, ambas as categorias analisadas em 2020 e, mesmo assim, a companhia apresentou importante resultado líquido de 1% no exercício de 2020 e 5% no exercício de 2019, positivo, mesmo que na comparação anual tenha sido reduzida em 58% de um ano para o outro. De acordo com Souza (2014), o Capital Circulante Líquido (CCL) também conhecido como Capital do Ativo Líquido, é responsável por demonstrar a capacidade da empresa em gerar fluxo de caixa no curto prazo. O resultado da Magalu neste indicador é positivo, ou seja, maior volume de bens e direitos para liquidação do seu passivo de curto prazo, indicador compatível em ambos os exercícios, mesmo que tenha havido uma redução de 34% entre os anos. Liquidez: Com base em Pereira (2022) a Liquidez Imediata significa avaliar a disponibilidade de caixa da empresa para cobrir as dívidas do passivo circulante de maneira imediata. Observamos variação significativa de um ano para o outro neste indicador, mostrando que existe espaço para se trabalhar uma melhor estratégia de controle e organização dos recursos, sendo que em 2019 apresentou 3% e em 2020 11%, apesar da melhora na disponibilidade para quitação de dívidas de curto prazo, é possível trabalhar para estabilizar essa variação. Ainda com base no autor anteriormente citado o índice de Liquidez Corrente representa a capacidade da empresa de cobrir as operações no curto prazo, resultando que a Magalu possuía Bens e Direitos maiores em relação as origens de curto prazo, ou seja, consegue cobrir todas as dívidas de curto prazo, mas é importante observar que essa liquidez reduziu em relação ao exercício de 2019. Ao avaliar o indicador de Liquidez Seca obteve-se que em 2019 a Magalu apresentava-se com 1,20 de liquidez seca, indicador que foi reduzido para 0,81 em 2020, demonstrando dependência dos seus estoques, de forma a não atingir aplicações suficientes para pagamento das dívidas (passivo circulante), sendo necessário transformar rapidamente o estoque em caixa. Já no índice de Liquidez Geral quanto maior, melhor a liquidez da empresa, ou seja, sua capacidade de pagamento das dívidas de curto e longo prazo através do seu Ativo Realizável (PEREIRA, 2022). Observa-se que este índice caiu de 1,24 (2019) para 1,09 (2020) de um ano ao outro, mesmo sendo capaz de pagar suas dívidas de curto e longo prazo, é importante observar e entender os motivos desta queda para represá-la, caso contrário a capacidade de pagamentos da empresa poderá ficar comprometida em algum momento. Estrutura de Capital: Com base em Voglino (2020) o Endividamento Geral é o indicador demonstra quanto o ativo da empresa é capaz de liquidar de suas dívidas. O índice de endividamento geral evoluiu negativamente de um ano para o outro, visto que quanto menor, melhor. Em 2019 a capacidade da companhia era 59%, enquanto que em 2020 era 67%, ou seja, uma cobertura menor do ativo em relação ao passivo a longo prazo. A Composição de Endividamento "demonstra a relação entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total, desta forma mede qual o percentual do passivo de curto prazo é utilizado no financiamento de terceiros" (VOGLINO, 2020). Em 2019 a composição de endividamento era 65%, enquanto que em 2020 era 77%, ou seja, uma fatia maior de dívidas no curto prazo em relação em relação ao montante, necessitando, portanto, de maior disponibilidade de caixa em curto espaço de tempo. Ainda levando em consideração o autor anteriormente citado a Imobilização do Capital Próprio é o índice que demonstra o quanto de ativos permanentes estão sendo consumidos para as atividades básicas da empresa, ou seja, quanto maior o resultado, maior o comprometimento do patrimônio líquido da Magalu. Em 2019 a imobilização do capital próprio era 66%, enquanto que em 2020 o mesmo evoluiu para 81%. Já no índice de Imobilização dos Recursos Não Correntes é possível observar quanto do capital próprio e de terceiros foram investidos em ativos permanentes, sendo, portanto, quanto menor, melhor (VOGLINO, 2020). Em 2019 a empresa apresentava 44%, enquanto que em 2020 o mesmo cresceu para 55% e, apesar da evolução, quase metade do capital não está comprometido no patrimônio líquido da companhia. Lucratividade: “A margem de lucro bruto é um indicador de eficácia operacional, porém com o foco em demonstrar a competência da empresa em desenvolver seus produtos e processos produtivos, definir o mix de produtos e a qualidade da sua venda" (PAULA, 2022). Ao analisar os demonstrativos da Magalu teve-se como resultados de margem bruta 27% em 2019 e 25% em 2020. Mesmo tendo reduzido um pouco em relação ao exercício anterior, a margem bruta obtida a cada unidade vendida é boa. Baseado em Ismar (2020) a Margem Operacional, também conhecida como EBIT é a relação que demonstra a eficiência entre as vendas e o lucro operacional, ou seja, após dedução das despesas operacionais do resultado bruto, resulta-se na margem operacional, na qual a companhia demonstra ainda um pequeno resultado positivo, sendo 7% em 2019 e 1% em 2020 em relação às vendas líquidas. De acordo com Paula (2022) é possível constatar através da margem liquida o quanto a empresa alcançou de suas vendas líquidas após quitação de todas as suas obrigações, na qual a Magalu teve 5% em 2019 e 1% em 2020, tendo ainda resultado final de lucro no período. Seguindo ainda o autor citado no parágrafo acima, o Giro do Ativo é o comparativo do total de ativos da empresa em relação as suas vendas no exercício. A Magalu gerou, em reais, R$0,99 (noventa e nove centavos em 2019) e R$1,17 (um real e dezessete centavos em 2020) para cada ativo da companhia nos respectivos exercícios analisados. Este indicador mostra maior eficiência de um ano para o outro. Rentabilidade: Retorno Sobre o Capital Investido (ROE): numa análise societária este indicador representa quanto os proprietários tiveram de retorno para cada real investido no negócio (PAULA, 2022). A Magalu alcançou 12% de ROE em 2019 e 5% em 2020, significando que para cada real investido, os sócios tiveram este retorno positivo, mesmo que o índice tenha caído de um ano ou outro, apresentando ainda lucro. Retorno sobre o investimento (ROI): demonstra o quanto a empresa lucrou sobre todos os investimentos realizados (PAULA, 2022). A Magalu apresentou 5% de rentabilidade em 2019 e 2% em 2020, redução no índice de um ano ao outro, demonstrando que a taxa de retorno entre os exercícios foi menor, mas ainda positivos. Concluo, portanto, com um parecer positivo em relação à análise contábil e financeira da empresa Magazine Luiza S.A., entretanto com uma ressalva de que houveram variações importantes no exercício de 2020 (em relação ao exercício de 2019) que precisam ser acompanhadas para planejamento de uma estratégia que estabilize e mantenha os resultados da companhia sem declínio na capacidade de cumprimento de suas obrigações, bem como não comprometer a lucratividade e a rentabilidade do negócio. | |
Referências bibliográficas | |
ANÁLISE horizontal e vertical: o que é, porque e como fazer! Xerpay, [S.l.], 2020. Disponível em: <https://xerpay.com.br/blog/analises-vertical-e-horizontal/>. Acesso em: 20 de maio de 2022. ISMAR, Bruno. Margem operacional: o que é e como ela funciona? Renova Invest, [S.I.], 2020. Disponível em: <https://renovainvest.com.br/blog/margem-operacional-o-que-e-e-como-ela-funciona/>. Acesso em: 20 de maio de 2022. PAULA, Rodrigo de. Conheça os 4 principais indicadores de endividamento. VBMC Consultores, [S.l.], 2022. Disponível em: <https://vbmc.com.br/principais-indicadores-de-endividamento/>. Acesso em: 20 de maio de 2022. PAULA, Rodrigo de. Conheça os 6 principais indicadores de lucratividade e rentabilidade. VBMC Consultores, [S.l.], 2022. Disponível em: <https://vbmc.com.br/indicadores-de-lucratividade-e-rentabilidade/>. Acesso em: 20 de maio de 2022. PEREIRA, Leonardo. Índices de liquidez: o que são, como calcular e interpretar os valores. Dicionário Financeiro, Portugal, 2022. Disponível em: <https://www.dicionariofinanceiro.com/indices-de-liquidez/>. Acesso em: 20 de maio de 2022. QUEM somos. Magazine Luiza, [S.l.], 2021. Disponível em: <https://ri.magazineluiza.com.br/show.aspx?idCanal=urUqu4hANldyCLgMRgOsTw==>. Acesso em: 20 de maio de 2022. SOUZA, A. B. de. Curso de administração financeira e orçamento: princípios e aplicações. São Paulo: Atlas, 2014. VOGLINO, Eduardo. O que são Indicadores de Estrutura de Capital e Como Calcular. Como investir, [S.l.], 2020. Disponível em: <https://comoinvestir.thecap.com.br/o-que-sao-indicadores-estrutura-capital>. Acesso em: 20 de maio de 2022. |
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