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Custo e Estrutura de Capital

Por:   •  1/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.675 Palavras (11 Páginas)  •  671 Visualizações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        

2. CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO        

3. CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS        

4. CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL – CMPC        

5. ESTRUTURA DE CAPITAL        

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS        

7. RFERÊNCIAS        

1. INTRODUÇÃO

A administração financeira de uma empresa figura como grande desafio pra muitos administradores e objetiva manter equilíbrio, frente às oscilações do mercado financeiro, e, também, a capacidade de suportar o endividamento, gerando um resultado econômico satisfatório.

O sucesso e o equilíbrio de todas as empresas dependem da harmonização de recursos destas, ou seja, a forma pela qual as empresas determinam a aplicação de seus recursos em curto e longo prazo, visando à estruturação econômica.

Sendo assim, a composição financeira da entidade é determinada por dois fatores: o custo de capital, que está associado à forma pela qual se estrutura o capital da empresa, para que obtenha retornos sobre os ativos, frente aos riscos dos investimentos, e a estrutura de capital que se dar pela forma que a mesma se financia, ou seja, sua composição pelo custo de capital próprio e custo de capital de terceiros.

 Diante destas considerações, este trabalho vem apresentar uma contextualização da teoria do custo capital e de sua estrutura, aplicados nas empresas, com foco nos seus determinantes, sendo eles o custo de capital próprio, custo de capital de terceiros e custo médio ponderado de capital.

2. CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO

Segundo Assaf Neto (2010), o custo do capital próprio revela o retorno desejado pelos acionistas de uma empresa em suas decisões de aplicação de capital próprio, sendo representado por ke.

Um dos procedimentos utilizados para determinação do custo de capital próprio é o método do fluxo de caixa descontado dos dividendos futuros esperados pelo mercado.  A partir desse é possível encontrar-se no mercado projeções financeiras e de distribuição de lucros relativas às ações em avaliação, desenvolvidas por instituições especializadas nesta área de estudo. (ASSAF NETO, 2010)

O método mais utilizado para estabelecer o custo do capital próprio, ainda apresentado pelo autor, é o modelo de precificação de ativos (CAPM). Esse estabelece uma relação linear entre o retorno de um ativo e o retorno de mercado. Os resultados do modelo demonstram forte sensibilidade com a taxa requerida de retorno (custo de capital), a qual deve comportar-se de forma condizente com o risco. Assim, será considerado maior o retorno exigido pelos proprietários de capital quando mais elevado apresentar-se o risco da decisão; para níveis de ricos mais baixos os investidores poderão ser remunerados com taxas de retornos também reduzidas.

Desse modo, um ativo deve promover uma promessa de retorno que compense o risco assumido. Ou seja, um risco adicional somente é aceito na expectativa de uma remuneração adicional equivalente. Pelo CAPM, o risco de um ativo é mensurado com o coeficiente beta, determinado pela inclinação da reta de regressão linear entre o retorno do ativo e a taxa de retorno da carteira de mercado.

A taxa de retorno requerida pelo investidor, de acordo com o modelo CAPM, deve incluir a taxa livre de risco da economia, mais um premio que remunere o risco sistemático apresentado pelo ativo em avaliação, e representado pelo coeficiente beta. Essa é obtida pela expressão da linha do mercado de títulos (security Market line – SML).  (ASSAF NETO, 2010)

Assim, sem excesso de confiança nos dados históricos, o CAPM é a forma mais eficaz de lidar com o risco nas avaliações. (Damodaran, 2007)

O modelo é calculado pela expressão:

Ke = RF + β x (RM – RF)

Onde:

Ke = taxa de retorno mínima requerida pelos investidores do ativo (custo de capital próprio);

RF ´= taxa de retorno de ativos livres de risco;

β = coeficiente beta, medida do risco do ativo em relação ao risco sistemático da carreira de mercado;

RM = rentabilidade oferecida pelo mercado em sua totalidade e representada pela carteira de mercado.

O (RM – RF) é definido como o premio pelo risco de mercado. Isso quando o mercado paga em excesso à remuneração dos títulos considerados como livres de risco. Esse premio, ao ser alavancado pelo beta do ativo, reflete o risco de mercado ajustado ao ativo em avaliação. (ASSAF NETO, 2010)

Taxas de retorno maiores que o custo mínimo de capital irão valorizar o negocio, agregando valor econômico aos acionistas. No entanto, taxas de retorno sobre o capital aplicado inferiores ao custo de oportunidade destroem valor, passando a empresa a ser cotada por um valor inferior ao dispendido nos seus ativos. Neste caso, a soma das partes é maior que o todo, sinalizando a inviabilidade econômica do investimento. (ASSAF NETO, 2010)

Outro modelo exposto pelo mesmo autor é o de premio pelo risco. A partir desse, o retorno desejado pelos proprietários de capital da empresa deve incluir um percentual mínimo, definido pela taxa de juros paga pela empresa na colocação de seus títulos de divida, acrescido de uma remuneração (premio) pelo maior risco assumido pelos acionistas em relação aos credores. Assim:

Ke = ki + α

Onde α equivale ao prêmio que remunera o risco mais elevado dos acionistas.

Conforme Assaf Neto (2010), esse critério mais simplificado de calculo do custo de capital próprio difere do modelo do CAPM apresentado por utilizar a taxa de juro da divida da empresa, alternativamente à taxa de juros livre de riscos do mercado.

3. CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS


        Segundo Assaf Neto, no estudo do custo de capital é necessário primeiramente conhecer-se o custo de cada fonte de recurso (próprio ou de terceiros) selecionada pela empresa, então, mensurar-se a partir desses valores a taxa de retorno para as decisões de investimentos.

O custo do capital de terceiros (KI) representa a remuneração que a entidade paga para a instituição financeira nos empréstimos obtidos. Assaf Neto (2006, p.362) afirma que o capital de terceiros é “... definido de acordo com os passivos onerosos identificados nos empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa...”. Eles surgem da atividade operacional da empresa e são considerados deduções dos ativos para fins de apuração dos valores investidos na empresa (por sócios e terceiros). Desta forma, o ativo total deduzido dos passivos não onerosos são chamados de investimentos. (QUEIROZ, 2008).

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