Estudo De Caso Open Safary

Título

A nutrição animal é definida pelo conjunto de processos em que um organismo vivo digere ou assimila os nutrientes contidos nos alimentos, usando-os para seu crescimento, reposição ou reparação dos tecidos corporais. Os animais, sejam eles para consumo humano ou de estimação, merecem uma alimentação balanceada e de qualidade. O nosso objetivo é apontar algumas particularidades da ingestão de biomoléculas na alimentação das Vacas em Lactação.

As vacas lactantes podem produzir leite de forma natural, durante a gestação, e por indução hormonal, simulando as oscilações hormonais da gravidez em rebanhos de alta produção que apresentam problemas na reprodução. Durante a lactação, a nutrição desses animais é de extrema importância, visto que as vacas precisam de reservas corporais para sustentar a lactação. A dieta precisa estar adequada às grandes demandas nutricionais de proteína, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais devido à síntese do leite. Caso contrário, pode causar queda na produção, perda de peso excessiva e baixo pico de produção.

• Proteínas:

Em vacas que estão em período de lactação a proteína é uma das substâncias mais exigidas para a nutrição. Quando o animal ingere um alimento rico em proteína, cerca de 60% da mesma é digerida no rúmen por microrganismos enquanto os outros 40% são aproveitados pelo intestino delgado.

O consumo de proteína por vacas leiteiras de forma regular é fundamental para produções em larga escala já que a deficiência dessa substância afeta a qualidade e a quantidade da produção de leite, além da perda de peso dos animais. O excesso de proteína na dieta desses animais também faz mal, pois a eliminação desse excesso por meio da urina gera um certo gasto de energia entre outros problemas.

Também deve ser introduzida uma quantidade observada de proteína não degradável no rúmen (PNDR), para que o montante de aminoácidos essenciais exigidos pelo animal fosse atingido. A proteína microbiana supre a maioria dos aminoácidos no intestino delgado, sendo a PNDR a segunda maior fonte de aminoácidos absorvíveis para o animal.

• Carboidratos:

Os carboidratos são nutrientes essenciais para a produção de energia, e no caso das vacas leiteiras, o consumo de carboidratos deve ser extremamente controlado. Isso se deve ao fato da existência de dois tipos de carboidratos de muita importância para esses animais; os carboidratos fibrosos, e os carboidratos não fibrosos. Os carboidratos fibrosos são ricos em fibras, e são fermentados no rúmen pelos microorganismos que residem nesse órgão, e por requererem mais tempo para serem totalmente fermentadas, eles estimulam a ruminação. Os carboidratos não fibrosos, por outro lado, são fermentados rapidamente no rúmen, mas eles proporcionam mais energia do que os fibrosos, e não estimulam a ruminação.

A fermentação desses dois carboidratos produz energia, calor, gases e ácidos graxos voláteis. Os ácidos graxos produzidos são o ácido acético, o ácido propiônico, e o ácido butírico. A quantidade de carboidratos fibrosos e não fibrosos ingeridos pela vaca irá ditar o nível de produção desses ácidos graxos voláteis. Maior fermentação de carboidratos fibrosos irá gerar maior quantidade de ácido acético e menor quantidade de ácido propiônico e butírico. Esse quadro proporciona menor produção de leite, uma vez que a vaca não possui glicose suficiente para a produção de lactose. Por outro lado, maior ingestão e fermentação de carboidratos não fibrosos, ira produzir maior quantidade de ácido propiônico e menor quantidade de ácido acético. Esse quadro aumenta a produção de leite, mas esse leite apresentará uma porcentagem muita baixa de gordura, uma vez que não há ácido acético suficiente para produzir-la.