Estudo de Caso Boeing
Por: Sandra Xavier • 23/4/2019 • Trabalho acadêmico • 2.047 Palavras (9 Páginas) • 240 Visualizações
PPGCont – Programa de Pós-Graduação e, Ciências Contábeis
Disciplina: Finanças Corporativas
Prof. Dr. Bruno Vinicius Ramos Fernandes
GRUPO 3: Laerte J. Takeuti | Manuela R. Boscia |
Bruno V. Marques | Sandra P. Xavier
Brasília, 22 de abril de 2019
Estudo de Caso 6 – Boeing 7E7
Contextualização
A Boeing Company é uma empresa multinacional fundada em 1916 que atua em dois principais segmentos: aviões comerciais e sistemas de defesa integrados, configurando-se em uma das maiores fabricantes mundiais de aeronave.
No ano de 2003, devido a fatores externos, o lucro as companhias aéreas sofreram quedas drásticas. No entanto, mesmo com esse cenário, a Boeing anunciou o projeto um projeto de desenvolvimento de uma aeronave sob a liderança de Michael Bair, o Boeing 7E7, com o objetivo de reduzir os custos de operação e proporcionar maior versatilidade.
Com o cenário adverso para o setor da aviação e os altos custos para o desenvolvimento do projeto, Bair necessitava da aprovação do Conselho da Boeing para prosseguir com a proposta, onde os custos poderiam alcançar o valor de US$10 bilhões.
Até aquele momento, o projeto mais proeminente da Boeing foi o Sonic Cruiser, cujo desempenho de voo era entre 15% e 20% mais rápido do que qualquer aeronave comercial, além de apresentar um design mais futurístico e suave. Porém, após dois anos de desenvolvimento do Sonic Cruiser, pesquisas apontaram que os clientes potenciais da companhia não estavam dispostos a pagar um preço mais elevado por uma viagem mais rápida.
O 7E7, por sua vez, prometia a versatilidade em realizar tanto voos curtos (domésticos) quanto viagens longas, com a promessa de utilizar 20% menos combustível do que as aeronaves de sua categoria, com a capacidade de levar entre 200 e 250 passageiros, além da redução de 10% do custo de operação em relação a um Airbus, de sua principal concorrente.
Dessa maneira, a Boeing solicitou resposta atualizada de seus diversos clientes potencias que em breve necessitariam renovar suas frotas de aeronaves de porte médio, como os 757, 767, A300, A310, A321 e A330. As respostas obtidas, assustadoramente, mostraram que seus clientes esperavam um avião com custos operacionais mais baixos.
- What is an appropriate required rate of return against which to evaluate the prospective IRRs from the Boeing 7E7?
Conforme destaca Assaf Neto (2007), o custo de capital é o fator determinante para as decisões de investimento de uma empresa. Considerando o cenário proposto no presente estudo de caso, temos que a Taxa Interna de Retorno (IRR) calculada com base nos dados de projeção do fluxo de caixa livre do Boeing 7E7 é de 15,66%, caso o investimento seja de US$8 bilhões.
Neste caso, a Boeing teria que vender ao menos 2.500 unidades em 20 anos para garantir a obtenção de um Valor Presente Líquido (VPL) > 0. Caso o VPL se apresente inferior a zero, o projeto deve ser rejeitado, pois indica que o retorno do investimento será inferior à taxa mínima requerida.
a) Please use the capital asset pricing model to estimate the cost of equity. At the date of the case, the 74-year equity market risk premium (EMRP) was estimated to be. Which beta and risk-free rate did you use? Why?
Através do modelo de precipitação de ativos (CAPM) temos:
[pic 1]
Rf = 4,56%
β = 1,05
Rm-Rf = EMRP = 9,20%
[pic 2]
[pic 3]
Nesta análise, assumimos como ativo livre de risco o retorno dos títulos do Tesouro Americano no prazo de 30 anos, pois o investimento da Boeing também possui um horizonte de longo prazo.
Com a utilização do Beta Value Line, calculado com base na relação entre as variações percentuais semanais no preço de uma ação da Boeing e as variações percentuais semanais no NYSE Composite Index durante um período de cinco anos. É possível entender um índice beta alto (β>1) reflete melhor a volatilidade nos preços das ações da Boeing, considerando que há maior concentração nos negócios comerciais do que nos negócios de defesa, o qual tem se mostrado mais estável.
Para Assaf Neto (2007), a diferença entre retorno da carteira de mercado e a taxa de juros definida livre de risco (Rm-RF) é definida como prêmio pelo risco de mercado. Considerando um EMRP de 9,2, apurado entre o período de 1926-1997. Assim, utilizando a técnica CAPM, chegamos a um custo de capital de 14,22%
b) When you used the capital asset pricing model, which risk-premium and risk-free rate did you use? Why?
Definimos o custo de capital próprio é a taxa de retorno projetado requerida pelos investidores e acionistas na empresa.
Nesse contexto, o modelo mais utilizado do mercado é o CAPM que considera a existência de uma taxa de juro livre de risco, um prêmio pelo risco de mercado e uma medida de risco da empresa em relação ao mercado (coeficiente beta da ação).
Segundo Assaf (2007), embora o modelo apresente algumas limitações, ele é extremamente útil para avaliar e relacionar risco e retorno, sendo o mais utilizado pela literatura financeira ao estimar o custo de capital próprio.
O risco total de um ativo pode ser avaliado em duas partes: sistemático e diversificável. A parcela do risco sistemático é determinada por fatores conjunturais e de mercado que atingem todas as empresas. Esse risco permanece na carteira independe da
diversificação, sendo relevante para todo investidor.
O risco diversificável é aquele que pode ser eliminado pela diversificação. Esse risco não deve preocupar o investidor diversificado, sendo identificado apenas no contexto
específico da empresa. Um investidor diversificado deve exigir remuneração apenas do risco sistemático incorrido.
O CAPM pode ser usado quando as premissas que o modelo assume são factíveis no mercado em que as ações são negociadas:
- Os investidores são racionais e procuram maximizar sua utilidade econômica. Cada indivíduo se preocupa apenas com o retorno esperado e o risco de um determinado ativo;
- Os investidores existem em grande número e se comportam de forma competitiva. Um único investidor não pode provocar variações nos preços;
- O horizonte de tempo considerado nas expectativas de todos os investidores é o mesmo;
- Todos os investidores possuem o mesmo nível de acesso a todos os ativos;
- Todos os investidores possuem as mesmas crenças sobre as oportunidades de investimento, ou seja, possuem expectativas homogêneas;
- Os investidores podem emprestar e tomar emprestado montantes ilimitados de recursos à taxa livre de risco;
- Os investidores podem vender a descoberto qualquer ativo, bem como reter qualquer fração de uma determinada ação.
Nesta análise, assumimos como ativo livre de risco o retorno dos títulos do Tesouro Americano no prazo de 30 anos, pois o investimento da Boeing também possui um horizonte de longo prazo.
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