Estudo de Caso: Demonstração de Fluxos de Caixa: três exemplos
Por: pnunes17 • 30/8/2016 • Artigo • 1.012 Palavras (5 Páginas) • 974 Visualizações
Estudo de Caso: Demonstração de Fluxos de Caixa: três exemplos
Análise das Demonst. Cont. e Financeiras
Demonstração de Fluxo de Caixa: três exemplos
REFERÊNCIA: WILLIAM, J. Burns Jr e JULIE, H. Hertenstein. Demonstração de Fluxos de Caixa: três exemplos. Harvard Business School, 1998.
John Stacey, engenheiro de vendas de uma fábrica de periféricos para computadores, a Aldhus Corporation, estava preocupado pois havia perdido uma aula de contabilidade, e acreditava que cairia no teste que seria aplicado na próxima aula. Pediu então ajuda a Lucille Barnes, controller assistente da Ardhus.
Lucille iniciou explicando que a demonstração do fluxo de caixa é muito importante, ela está dentro do conjunto das três demonstrações que a empresa precisa preparar e que em alguns casos diz mais sobre o negócio do que o balanço patrimonial ou a demonstração dos resultados. Tal afirmação se reflete no fato de que demonstrações contábeis podem ser manipuladas para apresentar números diferentes da realidade das empresas, caso que pode ser mais difícil de ocorrer no fluxo de caixa, pois é mais difícil forjar a entrada de recursos dentro de uma empresa, a não ser que estes recursos, de fato, estejam nela inseridos.
Na reunião entre os dois, Lucille apresentou a John três demonstrações de fluxos de caixas de três empresas distintas de alta tecnologia e um conjunto de questões para orientar o seu estudo. Explicou ainda que a demonstração do fluxo de caixa é dividida em três partes: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. As atividades operacionais mostram as entradas e saídas relativas às operações fundamentais da empresa, tais como vendas de bens e serviços. Atividades de investimento mostram a compra e venda de ativos que não são utilizados para venda pelas empresas ou a concessão e cobrança de empréstimos e as atividades de financiamento são as demonstrações que mostram o aumento ou diminuição dos recursos de investidores e credores da empresa, como a emissão de ações, dividendos, salientando que, o pagamento de juros para essas operações faz parte das dívidas operacionais.
As atividades operacionais são consideradas o motor dos fluxos de caixa da empresa, pois se houver a eficiente manutenção desse fluxo ele fornece os recursos necessários para cobrir obrigações operacionais da empresa e ainda provê recursos para os investimentos necessários, pagamentos de dívidas e de dividendos. No caso de uma empresa estável e com tendência de crescimento, espera-se um aumento nas contas operacionais. Já no caso de empresas iniciantes, é normal o fluxo de caixa operacional negativo, pois a empresa ainda não apresenta uma maturidade compatível para a melhoria em seu caixa. No caso de empresas em negócios cíclicos é normal a variação entre saldos positivos e negativos, mas o importante é que o saldo médio nos anos de atividade seja positivo. No caso das atividades de investimento espera-se também um fluxo de caixa positivo, para que a empresa possa efetuar investimentos constantes em sua estrutura de fábricas e equipamentos, com o intuito de expandir seu mercado e crescer em segmento de atuação. Normalmente é esperado um fluxo de caixa negativo em atividades de investimento, entretanto, pode ocorrer exceções onde a empresa vende uma subsidiária ou um negócio obsoleto.
No caso dos fluxos de caixa de atividades de financiamento, podem ser tanto positivos quanto negativos numa empresa saudável e podem oscilar entre um e outro. O fluxo de caixa de financiamento positivo ocorre quando a necessidade de investimento da empresa excede o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais, o que exigirá um financiamento extra por endividamento ou aumento de capital. Desse modo, se o fluxo de caixa de atividades operacionais supera a necessidade de investimento, a firma obtém caixa excedente
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