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Estudos Disciplianres II UNIP

Por:   •  29/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.110 Palavras (9 Páginas)  •  316 Visualizações

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A participação da mulher no Mercado de trabalho cresce a cada ano. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) em 2004 havia 12,5 milhões de trabalhadoras com carteira assinada. Em 2014 este número era de 21,4 milhões, quase o dobro. Este número representa 43,25% do total de empregos com carteira assinada. Percentualmente essa diferença pode ser pequena, porém ainda se estabelece um abismo quando os assuntos são os tipos de ocupação, cargos e os salários. Nos capítulos deste trabalho poderemos visualizer melhor a condição de trabalho atual das mulheres. O capítulo 1 mostra a situação da mulher no Brasil. Iremos abordar todas as diferenças de trabalhos e dificuldades encontradas no Mercado de trabalho brasileiro para a mulher. No capítulo 2 abordaremos a mesma proposta porém em cidades for a do brasil.

As mulheres continuam a ocupar cargos tipicamente femininos nas áreas de serviços domésticos, costura informal para a indústria, serviços pessoais, de beleza e na a área da saúde. Na área da saúde s mulheres são preferencialmente técnicas de enfermagem, pediatras, ginecologistas, dermatologistas. Dificilmente elas são cirurgiãs, chefes de equipe de um hospital.

O único setor em que as mulheres são maioria é o da Administração Pública. De 9,5 milhões de postos de trabalho, 5,5 milhões são de mulheres. Entre os setores produtivos considerados mais masculinos, se destaca o extrativista mineral. Em 2014, apenas 13% do total de 257,6 mil trabalhadores eram mulheres. Em outras áreas como na construção civil, manutenção de veículos e transportes, as mulheres não chegam a 1% dos trabalhadores. Uma pesquisa do IBGE/2014 informa que a presença feminina é mais baixa em empresas de médio porte de 50 a 249 empregados. O percentual é melhor nas grandes empresas com mais de 250 empregados e nas pequenas empresas com até 9 empregados.

O contingente das muheres trabalhadoras mais importante está concentrado no serviço doméstico remunerado. Nesta área são 6 milhões de trabalhadores onde 92% são mulheres. O total das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo que para os homens o índice é de 54%. A presença das mulheres é de 13% maior que dos homens. Dos 71% de mulheres encontradas no trabalho informal ou precário, 23% são empregadas domésticas. Com a PEC das Domésticas promulgada em 1º de junho de 2015 houve uma melhoria das condições de trabalho do empregado doméstico. Esta lei veio regulamentar a forma de contratação e remuneração de um trabalho muito importante na vida da mulher Brasileira. Porém também trouxe mudanças. Uma somatória de fatores à PEC das domésticas fez com que as famílias Brasileiras migrassem do empregado doméstico mensal para o empregado doméstico diarista. Estes fatores são o encolhimento da família hoje formada por no máximo, em sua maioria, quarto pessoas, a diminuição do espaço das residências que antes eram casas com grandes áreas construídas e hoje são formadas por apartamentos menores e a crise econômica Brasileira. Junte-se a isso os encargos trabalhistas gerados pela PEC das Domesticas e teremos um encolhimento da renda do Brasileiro empregador doméstico.

O Governo Brasileiro tem feito investimentos visíveis na área de Educação. Um deles foi a Universalização do Ensino Fundamental e outro foram os investimentos em creches por todo o país. Em 2002 10% das crianças de 0 a 3 anos estavam matriculadas regularmente nas creches do país. Em 2012 este número subiu para 21% das crianças na mesma faixa etária. Uma melhoria de 11%. Mesmo assim o país cresce num ritmo muito pequeno. Seria preciso maior investimento para realmente fazer uma mudança efetiva nestes números.

A valorização do salário mínimo e o aumento da proteção social contribuíram para os avanços do trabalho da mulher. O novo desafio é oferecer garantias sociais para que as mulheres possam conciliar trabalho profissional e o cuidado com a família. As mulheres tendem a aceitar com maior frequência as funções cujas características são as jornadas em tempo parcial ou contratos temporários porque conseguem conciliar melhor o seu tempo entre o trabalho e os cuidados com sua família. O crescimento da presença da mulher no mercado de trabalho foi deterninante para sua autonomia econômica. Porém, é necessário termos políticas de Estado que estimulem a permanência delas no mercado de trabalho e que permitam avanços em setores mais qualificados, considerados não femininos.

Com maior acesso à educação as mulheres melhoraram seu nível escolar. A mulher tem, em média, 7,3 anos de escolaridade enquanto que os homens tem 6,3 anos. Apesar deste fato ainda existem dicrepâncias salariais. As recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso à cargos de chefia e de equiparação salarial com os homens que acupam os mesmos cargos/ocupações diminuiram, porém ainda são expressivas. Quando as mulheres conseguem quebrar as barreiras e assumem cargos geralmente masculinos, enfrentam dificuldades. É o caso da Tenente-Coronel Sheila Sampaio, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (BPMDF). Ela comanda 450 homens e teve muita dificuldade ao assumir o cargo pois houve muita resistência da tropa por conta de preconceito de gênero. Ela teve que mostrar muita garra, competência e serviço para convecer os 450 homens de que ela seria capaz de ocupar o cargo. E os salários ainda são em media 30% mais baixos que os dos homens.

Algumas empresas oferecem planos de carreira para as mulheres e investem em capacitação profissional. Ainda oferecem creches dentro do embiente de trabalho e seguro saúde para companhamento do pré-natal com médicos gabaritados em hospitais com tecnologia de ponta extendendo a benefício para seu cônjuge e filhos. Estas empresas ainda fazem parte de uma pequena parcela de multinacionais que, quando se instalaram no Brasil, trouxeram algumas de suas políticas favoráveis aos empregados.

O trabalho não remunerado da mulher, especialmente o realizado no âmbito familiar, não é contabilizado por nosso sistema estatístico e não possui valorização social. Nem pelas próprias mulheres. Embora contribuam significativamente com a renda familiar e venha crescendo. São as donas de casa que acabam administrando os salários dos maridos e quantificando o poder de compra da família. São elas também que acabam determinando as prioridades do consumo familiar. Além disso cuidar e educar uma criança demanda tempo e dedicação e isto não é levado em consideração pelas pesquisas. Muitas mulheres estão optando por ficar em casa e não sair para trabalar fora por conta dos baixos salários pagos às categorias dos empregados de base. O exemplo disso é o salário mínimo nacional hoje firmado em R$880,00. Para algumas

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