Estética e História do Desenho O que é estética?
Por: Mayra Letícia • 17/12/2023 • Trabalho acadêmico • 1.598 Palavras (7 Páginas) • 74 Visualizações
Estética e História do Desenho
O que é estética?
A Estética é uma especialidade filosófica que visa investigar a essência da beleza e as bases da arte. Ela procura compreender as emoções, idéias e juízos que são despertados ao se observar uma obra de arte.
Podemos dizer que a estética é o campo da filosofia que discute as noções de belo, feio e o gosto das pessoas.
Sobre a estética: o belo
- Já vimos que a estética é o ramo da filosofia que estuda racionalmente o belo.
- Mas afinal o que é o belo?
- Beleza é algo objetivo?
- Muda de acordo com o tempo?
- Muda de acordo com o lugar?
- Muda de pessoa para pessoa?
- A essas e outras questões que muitos filósofos se dedicaram a responder ao longo da história.
O que é beleza para uns nem sempre o é mesmo para outros. A questão do que é belo é algo bem relativo.
A concepção do que é belo sempre muda de acordo com as épocas, de acordo com as culturas e claro, as pessoas.
Um exemplo: uma pessoa considerada bonita em países asiáticos pode não ser considerada bonita de acordo com os padrões dos países americanos ou dos Europeus e vice e versa.
A concepção de belo pode não ser a mesma de pessoa para pessoa, mesmo dentro da própria cultura ou dentro de determinado período de tempo. Será que um corte de cabelo de 30 anos atrás seria considerado bonito hoje?
O belo para Platão (Séc. V a.C.)
- Para Platão, o belo está ligado a uma essência universal.
- O belo não depende de quem observa, pois está contido no próprio objeto.
- Esse é o ideal das Academias de Arte.
- Elas tentam fixar regras para a produção artística a partir de uma determinada concepção de belo.
É por isso que quando acontecem exposições, muitas pessoas se questionam porque tal obra foi escolhida, pois na concepção delas, aquilo não é bonito para estar em alguma galeria ou museu, mas o que é avaliado é a beleza contida na obra e não o gosto da pessoa que selecionou a obra, no caso, do crítico de arte ou curador.
Mas... e o feio?
- A discussão sobre o que é o feio se coloca junto com a discussão do que seja o belo.
- O feio pode aparecer em uma obra de arte de duas maneiras.
- Em uma primeira, pode surgir como forma (estilo artístico feio).
- De outra maneira, pode aparecer como tema retratado (algo que não seja bonito de ser apreciado).
- Isso significa que uma obra de arte pode ser feia?
- A resposta é NÃO.
- Não é nesses termos que se avalia uma obra de arte.
- Elas são avaliadas de acordo com a sua originalidade e capacidade de mexer com nossas sensibilidades.
- Uma obra somente é feia se o artista não atingir os objetivos a que se propôs ao criá-la.
Sobre o gosto:
- O gosto, dentro da estética, não é sinônimo de preferência.
- Não devemos optar pelo que preferimos em detrimento do que somos.
- Agindo dessa maneira fechamos possibilidades de melhorar e experimentar situações novas.
- Para educar nosso gosto devemos querer conhecer mais do que preferir.
O que é ter gosto?
- É saber julgar (uma obra de arte) sem preconceitos.
- É deixar a arte modificar nossa concepção de arte e superarmos o individual para chegarmos ao universal.
- Mikel Dufrenne (Atual) – arte se entende com olhar livre.
- Está além do saber e da técnica.
Sobre a educação do gosto
- Ela ocorre dentro da experiência estética.
- Para tanto não devemos impor nossas regras à arte.
- Deve-se deixar que as obras apresentem as suas próprias regras.
- Porém, educar nosso gosto não é uma tarefa fácil.
- Deve-se começar com obras mais próximas de nós, que agradem ao nosso gosto para depois apreciar obras mais complexas.
Para poder apreciar e entender o que significa o belo em uma obra de arte é preciso estar com a mente aberta e não deixar o gosto próprio atrapalhar o julgamento do observador. A pessoa pode não gostar de arte contemporânea e preferir o estilo romântico ou gostar do pós-impressionismo e não gostar do barroco, mas o gosto dela não deve impedir de conhecer outros estilos ou apreciar até aqueles que ela julga desagradável. O gosto pessoal não deve atrapalhar e nem fechar a mente da pessoa quando ela contempla uma obra de arte.
O que é Experiência Estética?
- A experiência estética é uma maneira de o ser humano conhecer o meio ambiente, o mundo, os fenômenos, as circunstâncias e os objetos naturais e artificiais. Essa experiência causa emoções e um tipo de entendimento estético.
- Para alcançar esse entendimento estético, é necessária atenção ativa, abertura mental especial e contemplação, sem interesse pessoal. A experiência estética surge de uma resposta a uma obra de arte ou outros objetos estéticos; no entanto, é difícil apontar precisamente por causa dos processos envolvidos.
Quando se observa uma obra, muitas vezes as pessoas não educadas em arte acham feia e seguem adiante. Elas não param para contemplar a arte. Quando você estiver na frente de uma pintura, escultura, desenho, arquitetura, pense no por que do artista ter feito aquilo.
Arte sempre está ligada a sentimentos, emoções, sensações, expressão. O que será que o artista quis mostrar? O que ele quis expressar? Alegria? Tristeza? Angústia? Solidão?
Será que a obra é uma denúncia a algo que estava acontecendo em uma determinada época? Será que o artista está mostrando a visão política dele? Pois a arte sempre está ligada com o cenário político.
O artista estava mostrando o que acontecia na época. Era algo que ele gostava ou não?
Sobre as técnicas, por que ele decidiu romper com os padrões de arte anteriores? Por que usar os estudos das academias de arte? Por que não usar? Por que ele quis chocar as pessoas? Que sentimentos essa obra traz a mim?
Por falar em técnicas, nem todos os estilos usam determinadas técnicas e nem as regras da academia de arte. A Mona Lisa de Leonardo da Vinci tem todos os estudos de composição, luz e sombra e tudo mais, já o Abaporu, da Tarcila do Amaral, não tem o mesmo estudo de anatomia da Mona Lisa. Então o Abaporu é feio porque faltou as técnicas de que o Leonardo usava?
Não. Artistas diferentes, em períodos diferentes, com técnicas diferentes e sobretudo, objetivos diferentes.
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