Evolução da contabilidade

CONTABILIDADE

Evolução da contabilidade - O ser humano demonstra há muito tempo preocupação em mensurar e controlar o seu patrimônio, pois o homem desenvolveu em si o instinto de posse, e assim, conseqüentemente começou a controlar os seus bens.

Alguns pesquisadores revelam que os primeiros sinais objetivos da existência da Contabilidade datam de mais ou menos 4.000 anos A.C.

Nesse sentido, pode-se verificar que a Contabilidade teve um desenvolvimento extraordinário na Europa a partir do século XIII até o início do século XX, pois o continente experimentou nesse período um excepcional desenvolvimento comercial. Foi nessa época que teve início e, também domínio, a escola Italiana de Contabilidade, que acabou influenciando praticamente todo o mundo até o começo do século XX.

A primeira literatura relevante sobre a Contabilidade foi escrita no século XV pelo matemático e frade Fiorentino LUCA PACIOLI, publicado em 1494, e é considerada até hoje um marco na história da Contabilidade, e tornou Pacioli conhecido como PAI dos autores da Contabilidade. A obra de Pacioli ocasionou, entre outros fatores:

• Uma revolução na escrita rudimentar praticada até então;

• A transformação da Contabilidade em ciência do ramo da matemática;

• A instituição pela primeira vez dos métodos das partidas dobradas, que nada mais é que uma equação matemática de igualdade.

Segundo Osni Moura Ribeiro (2005, p. 19) podemos conceituar a contabilidade como uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controle permanente do patrimônio das empresas.

Aplicação da contabilidade – o campo de aplicação da contabilidade abrange todas as entidades econômico – administrativas, até mesmo as pessoas de direito privado e público como a união, os estados, os municípios, e as pessoas físicas.

A quem interessa?

• Sócios, acionistas e proprietários de pequena, média e grandes empresas;

• Administradores, diretores e executivos dos mais variados escalões;

• Bancos públicos e privados, capitalistas, emprestadores de dinheiro;

• Governo e economistas governamentais;

• Pessoas físicas;

• Entidades sem fins lucrativos;

• Fornecedores e clientes.

Funções

a. Função de Controle: Consiste em medir e corrigir o desempenho das atividades desenvolvidas. Pode ser através de:

Balancetes – mensal (com centro de computação é feito diariamente).

Balanços – anual e obrigatório pela legislação comercial, podendo ser mensal ou de outro período.

Demais relatórios desenvolvidos pelo departamento contábil.

b. Função de Planejamento: é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. É a tomada de decisão correta no aspecto global e parcial da empresa. Esta função permite prestar informações às pessoas que tem interesse vinculado a esse patrimônio, tais como bancos, acionistas, fornecedores e governo.

c. Função de orientação: a acumulação de dados financeiros permite fazer previsão de custos de produção de matérias-primas, de produtos e acompanhamento do resultado econômico da empresa.

d. Função de Registro: permite a análise e classificação dos atos e fatos, qual conta a ser debitada ou creditada e arquivamento dos documentos.

Finalidade da contabilidade – é de manter o registro do patrimônio com o objetivo de fornecer informações sobre a composição e as variações do mesmo para a administração, e também apurar o resultado econômico.

Patrimônio – é um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica.

Bens – são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Divide - se em materiais e imateriais.

Materiais - são os bens corpóreos, possui corpo, matéria. Ex. veículos, móveis, terrenos etc.

Imateriais - são os bens incorpóreos, não possui corpo, nem matéria. Ex. fundo de comércio, marcas e patentes.

Direitos - constituem direitos para a empresa todos os valores que ela tem a receber de terceiros. Ex: Contas a Receber, Clientes, Títulos a Receber etc...

Direitos a curto prazo: são os que realizam durante o exercício social atual ou seguinte.

Direitos a longo prazo: são os que realizam após o término do exercício social seguinte.

Obrigações: constituem obrigações para a empresa todos os valores que ela tiver a pagar a terceiros. Ex:. Contas a Pagar, Fornecedores, Salários a Pagar etc...

Obrigações a curto prazo: são os que realizam durante o exercício social atual ou seguinte.

Obrigações a longo prazo: são os que realizam após o término do exercício social seguinte.

Representação gráfica do patrimônio:

O patrimônio vamos representar num gráfico, onde no lado esquerdo aparecerá os elementos positivos do patrimônio, bens e direitos a que chamamos de ATIVO; e no lado direito aparecerá os elementos negativos, as obrigações, a que chamamos de PASSIVO.

Patrimônio

Elementos positivos (ATIVO) Elementos negativos (PASSIVO)

Bens

Direitos Obrigações (com terceiros)

Patrimônio Líquido (obrigações com os sócios)

Situações líquidas patrimoniais

Para a representação gráfica do patrimônio ficar completa, falta acrescentar um grupo a que chamaremos de situação líquida patrimonial (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) que são as obrigações que a empresa tem com os sócios.

Para acharmos o valor da situação