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Evolução histórica da contabilidade

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Por:   •  28/3/2014  •  Tese  •  2.587 Palavras (11 Páginas)  •  335 Visualizações

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Capítulo 1- A evolução histórica da Contabilidade

Não é possível afirmar com exatidão quem inventou e qual a origem da Contabilidade, porém há indícios de que o conhecimento contábil teve seus primórdios nos períodos entre 2000 A.C, 4000 A.C e 6000 A.C na Suméria, Babilônia (hoje Iraque), Egito e China. Alguns historiadores citem a possibilidade da contabilidade ter surgido por volta de 6000 A.C ou até mesmo no período Paleolítico Superior há mais de 20000 anos, quando o homem começou a observar sua riqueza patrimonial, ou seja, tudo que ele havia conquistado: caça, pesca colheita. A partir disso, ele começou a escrever nas paredes das grutas e em pedaços de ossos o que ele havia conquistado e a quantidade dessa conquista, formando assim, as contas. Assim surgiram os registros de uma escrituração contábil.

A contabilidade foi se aprimorando na Antiguidade, onde as atividades comerciais eram intensas (há indícios de que as primeiras cidades que praticavam o comércio eram a dos fenícios), daí surgiu o aumento na quantidade de fatos a registrar e também o desenvolvimento da escrita contábil.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticas exigia o acompanhamento das variações dos bens nas circulações das mercadorias e serviços, que eram feitos através de simples registros ou relatórios dos fatos contábeis ocorridos. As cobranças de impostos já eram realizadas e escrituradas na Babilônia, embora feitas de formas rudimentares. Naquele tempo, as compras, vendas e/ou trocas eram à vista e não havia crédito, empregavam-se ramos de árvore assinalados para avaliar as dívidas e as quitações.

Os egípcios, romanos e gregos foram responsáveis pelo aprimoramento da escrita contábil. Os egípcios faziam registros contábeis sofisticados através do papiro, onde também utilizava o sistema de matrizes para realizar tal registro. Os gregos e romanos tinham um sistema de escrituração contábil muito evoluído, estes tinham um livro de escrituração contábil onde registrava cada atividade que exercia, como por exemplo, livro de fabricação de vinho e livro de receitas e despesas.

A contabilidade evoluiu lentamente até a descoberta da moeda e teve sua importância como disciplina na Idade Média, nas cidades italianas como Gênova e Veneza, e em outras partes da Europa. Em tempos primórdios, a Contabilidade era difundida oralmente. Com o passar dos séculos, foram surgindo livros e manuscritos que ensinavam e continham os fatos contábeis. Em 1202 é lançada a obra Líber Abaci, que retrata sobre o cálculo comercial, do autor matemático Leonardo Fibonacci; em 1340, Francesco di Balducccio Pegolotti escreveu o manuscrito do comerciante La Pratica Della Mercatura e em 1494 o frei Franciscano Lucca Pacioli, escreveu a Summa de Aritmética Geometria Proportioni ET Proporgionalitá, conhecido como Tratactus de Compuctis et scripturis, que retrata sobre os métodos contábeis e as partidas dobradas. Posteriormente, foram surgindo outras obras, como a de Ângelo Pietra, em 1586, que retratam sobre os conceitos de Contabilidade e explicação dos fatos de riqueza, relacionados com o processo de registrar e informar.

Na Idade Média, os registros contábeis de operações comerciais e publicas começaram a ganhar uma sistematização mais ampla, ou seja, através de um novo processo chamado “partidas dobradas”: para todo débito há um crédito de igual valor. A partida Dobrada surgiu com a finalidade de explicar, através do registro, o efeito e a causa do que acontece. Apesar de frei Luca Pacioli ser considerado o pai da Contabilidade, ele não foi o criador das Partidas Dobradas. A Partida Dobrada já era utilizada na Itália nos séculos XIII e XIV em vários centros de comércio localizados no norte da Itália. O primeiro registro de escrituração por Partidas Dobradas está localizado nos arquivos municipais da cidade de Gênova- Itália – no ano de 1340.

Com o processo das partidas dobradas, passou-se a exigir um livro que tivesse em cada folha uma conta específica para registrar os débitos e créditos de cada conta, que foi determinado posteriormente de Livro Razão. Para registrar os fatos contábeis dia a dia, exigia-se outro livro: Livro Diário.

Posteriormente foram surgindo outras obras, como a de Ângelo Pietra, em 1586, que retratam conceitos de Contabilidade e explicação de fatos da riqueza, relacionados com os processos de registrar e informar. Como se pode perceber, a obra de Frei Luca Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, mas também permitiu que novas obras sobre contabilidade e seus fundamentos se difundissem. A formalização da contabilidade ocorreu na Itália, pois foi lá que foi instaurada a comercialização e, consequentemente, a mercantilização sendo que, estas ações foram realizadas principalmente nas cidades italianas, como Gênova e Veneza.

1.1- A evolução da Contabilidade no Brasil

A evolução da Contabilidade no Brasil ocorreu com a chegada da Família Real em 1808, devido à intensificação da atividade colonial, que ocasionou consequentemente aumento nos gastos públicos, exigindo melhor um aparato fiscal. A partir disso foi criado o Tesouro Nacional e Público e o Banco do Brasil. Nas Tesourarias, exerciam profissionalmente na área contábil um inspetor, um contador e um procurador fiscal, que eram responsáveis pelas arrecadações de impostos, distribuição de riquezas e administração financeira e fiscal.

A primeira regulamentação da profissão contábil ocorreu em 1905, quando o Brasil já era uma República Federativa. Mas foi em 1945 que foi criado o curso superior de ciências contábeis baseado na escrituração. A partir de 1960 que a economia e o mercado começaram a se desenvolver é que o curso foi ganhando mais destaque e importância.

A escrituração também vem entrando em evolução, pois no começo os registros eram feitos nos livros contábeis, como o Livro Diário e o Livro Razão. Com as inovações tecnológicas e com o crescimento da informática, a escrituração ocorre através de programas contábeis como o SPED e MASTERMAQ.

Hoje, as funções de um contabilista não se restringem apenas a área fiscal, este profissional pode atuar também nas área de Departamento Pessoal, Consultoria, Auditoria, Controladoria e Atuarial sendo que, estes três últimos só exerce quem tem o curso superior na área.

Capítulo 2-Objetivos da Contabilidade e Utilização da informação Contábil e Introdução aos Relatórios Contábeis

2.1- Conceitos e importância da Contabilidade e Utilização da informação contábil

Contabilidade é a ciência que tem como objeto

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