Filme aqui

O filme “Nós que aqui estamos por vós esperamos”,  lançado em 1998 sob a direção de Marcelo Massagão , é uma memória do século XX.  Só o título, letreiro de um cemitério em São Paulo revelado no final do filme, já desperta certa curiosidade. Com a fusão de diversas imagens, arquivos e montagens, o cineasta faz uma retrospectiva dos principais acontecimentos decorrentes nesse período, ressaltando as mudanças que foram acontecendo ao longo do século, e alinhando a vida de celebridades e anônimos, igualando as pessoas como um todo, independentemente de estrelato ou não.

Tendo a banalização da morte, e consequentemente, da vida, talvez  como tema principal, o filme vai mostrando as grandes tragédias que ocorreram nesse período, como as guerras mundiais, guerra do golfo, os regimes autoritários de Hitler, Stalin e Pinochet que causaram o massacre de milhões de pessoas, gerando medo, traumas, loucura e solidão.

E juntamente a tanta destruição, o mundo ganha velocidade e influenciado pela Revolução industrial, se desenvolve e ganha cada vez mais tecnologia. “Os homens criam as ferramentas as ferramentas recriam os homens.” O homem, como mostra o filme, acaba sendo vítima de suas próprias criações, como acidentes automobilísticos, o desejo de voar, quando a imagem de um homem tenta voar do alto de um prédio, e as próprias armas e bombas produzidas por ele que consequentemente provocam a sua morte.

Além disso, o surgimento da Tv, rádio e telefone, ao mesmo tempo em que agiliza e facilita o cotidiano das pessoas, transforma os homens em seres robotizados e alienados. A arte mostra a nudez de várias formas, e os artistas expressam a igualdade entre os sexos. Várias religiões como Islamismo e Judaísmo são abordadas como forma de buscar a Deus.

Relata também o crash bolsa de Nova York, a corrida a Serra Pelada, a queda do muro de Berlim, e a desvalorização do diploma, demonstrada através da imagem de um engenheiro vendendo maça na rua, para sobreviver, de terno e gravata.

Outro ponto mostrado no filme é a independência feminina, a inserção da mulher no mercado de trabalho, o direito ao voto, e o fato delas fumarem, beberem e queimarem sutiãs para romper com as amarras da sua liberdade.  

O mundo sofre mudanças, e a sociedade juntamente com ele, as acompanha e se transforma. Assim também acontece na História da Arquitetura. Os artistas refletem em sua arte o que eles estão vivendo em sua época. Por isso há uma evolução: na pré- história surgiram as primeiras civilizações, depois veio a escrita, as cavernas, cabanas, pequenas cidades e assim sucessivamente.

 Portanto, existentes diferentes tipos de construções, que foram feitas de acordo com os costumes e necessidades de cada época, o que torna a arquitetura rica, e faz com que os arquitetos, através do estudo das técnicas antigas, possam se aprimorar e criar construções cada vez mais modernas aliadas a tecnologia, para atender a sociedade atual, que busca cada vez mais praticidade e agilidade.  A arquitetura então, continuará a evoluir, de modo a atender as futuras gerações, tornando – se cada vez mais viva e abundante.