Lógica Contábil
Relatório de pesquisa: Lógica Contábil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: CRIS2.AFS • 6/10/2013 • Relatório de pesquisa • 1.977 Palavras (8 Páginas) • 417 Visualizações
Lógica Contábil
Apostila
Preliminares
(para não contadores)
AMOSTRA
Por que se debita? Por que se credita? Por qual razão as contas ativas têm saldos devedores, e as passivas têm saldos credores? Como se chega ao balanço? São perguntas desse tipo que esta apostila tentará responder.
O fim destas lições é mostrar a lógica da Contabilidade. Não se desce, para isso, a aspectos formais ou legais da questão. Diálogos inseridos em cada capítulo tentam reforçar o transmitido. Usou-se neles a figura fictícia do bancário Silva, a ensinar a colegas seus de banco. Os principais tópicos e um diálogo são vistos aqui.
Lógica dos registros
Função
Pode-se dizer que a expressão X = 3Y - 10 é uma função explícita de "X" e implícita de "Y", porque o valor de “X” está claro, e o de “Y” precisa ser deduzido. Por analogia, os registros contábeis são uma função clara de terceiros do tipo terceiros-entidade. Terceiros são as contas que guardam coisas da entidade ou com ela se relacionam. A função implícita é entidade-terceiros. Os terceiros são, pois, representados por contas.
Dualista
Saldos devedores são débitos claros de terceiros e créditos ocultos da entidade. Saldos credores são créditos claros de terceiros e débitos ocultos da entidade. A Contabilidade tem sempre essas duas faces. Uma está virada. A outra, encoberta. Ver isso é básico para bem entendê-la.
Opção
Poderia o registro explícito ser o inverso, ou seja, entidade-terceiros. Mas o plural é que se relaciona com o singular, de modo claro. É assim na vida prática. Por exemplo, os fregueses, em geral, vão ao açougueiro. Não é o contrário. Análoga é a base dos registros contábeis. Invertida a relação, tudo poderia funcionar, porém com dificuldades.
Analogias
Na vida há débitos e créditos. Quem recebe algo é devedor. Quem entrega algo é credor. "Fulano é devedor da amizade de sicrano" porque este ofereceu (entregou) amizade àquele. O segundo é credor do primeiro. Quando este retribui a estima (entrega), torna-se credor do primeiro. Se os fluxos mútuos são iguais, há equilíbrio. Débitos e créditos iguais se anulam. Isso reforça a amizade porque ninguém fica a dever nada ao outro. As discórdias começam a surgir se a diferença entre essas correntes se acentua ou quando elas somem. Aí pode começar a inimizade.
Marido e mulher recebem e dão amor um ao outro. Debitam-se e creditam-se. Caso comece a haver muito desnível nesses sentimentos recíprocos, a união fica em risco. Se eles somem, acaba-se o casamento. O equilíbrio nas contas do amor mantém os casais unidos.
Teoria
As contas são tidas como pessoas. Umas guardam coisas da empresa. Exemplos: Caixa (guarda dinheiro), Mercadorias, Imóveis, Móveis etc. Outras se relacionam com a empresa: Clientes, Duplicatas a Receber, Fornecedores etc. Outras representam o(s) dono (s) da empresa: Capital, Reservas, Despesas, Receitas etc.
Débito e crédito
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, écreditada. Observe-se aí que esses conceitos são opostos. Esse algo pode ser dinheiro ou algo mais. Para anular ou reduzir um débito, credita-se. Para anular ou reduzir um crédito, debita-se.
Em Contabilidade não se usa borracha. Para corrigir um erro, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito e vice-versa. É o estorno.
Usos e fontes
O ativo (bens e direitos) pode ser visto como usos ou aplicações. O passivo (obrigações) pode ser visto como fontes ou origens dos usos. O passivo é uma fonte com duas torneiras, a jorrar água (recursos próprios e de terceiros). O ativo é o depósito para onde a água vai (seu uso). Se a coisa desanda no depósito, citadas torneiras podem querer sugar a água de volta.
Igualdade
Como todo uso (ativo) tem de ter uma fonte igual (passivo), própria ou de terceiros, o ativo será sempre igual ao passivo, em qualquer hipótese, embora a empresa possa está quebrada. Nesse caso, o ativo pode ter aplicação perdida, muito uso podre como prejuízos, direitos incobráveis etc. Aí o passivo real (recursos de terceiros) engole o ativo real (ativo bom). É a falência. Mas, nominalmente, o ativo será sempre igual ao passivo pelo que foi dito e em face deste princípio básico: não há débito sem crédito e vice-versa. Capital fica no passivo como fonte e obrigação da empresa para com seu (s) dono (s). É o "passivo não exigível", opondo-se ao passivo real (exigível).
O conjunto ativo/passivo é o patrimônio. Essa noção pode ser aplicada também a qualquer entidade e até a pessoas físicas, razão por que cada um pode, nesse sentido, dar um balanço em sua vida e saber como andam seu ativo e passivo e como vai sua saúde financeira.
Saldos
As contas de saldos devedores, como aplicações e débitos explícitos de terceiros (créditos implícitos da empresa), ficam no ATIVO. As contas de saldos credores, como origens e créditos explícitos de terceiros (débitos implícitos da empresa), ficam no PASSIVO. Os registros contábeis são sempre explícitos em relação a terceiros, como já foi
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