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Modelo Alemão Governança Cooporativa

Por:   •  1/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  906 Visualizações

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Faculdade de Santa Catarina – FASC

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Trabalho Governança Corporativa

 Modelo Alemão

Ciências Contábeis

Grupo: Anderson, Angelo, Diego Rafael, Diego Povoás, Eduardo, Fabiana, Fernanda, Jéssyca, Josmar, Laisa, Leandra, Luiz Henrique, Thiago.

São José

25 de Setembro de 2015

Introdução

O modelo alemão é muito semelhante ao modelo japonês, pois as duas sofreram economicamente com a Segunda Guerra Mundial, precisando começar praticamente do nada. Enquanto as decisões visando resultados de curto prazo tornavam os Estados Unidos e Grã-Bretanha como principais mercados do mundo, a Alemanha e o Japão formavam exemplos de sucesso e eficácia na captação de investimentos de longo prazo. No sistema Alemão o capital  acionário das companhias é concentrado e o financiamento predominante é de origem bancaria. O modelo de governança é predominantemente bank oriented não capital market oriented. Uma das características no sistema alemão é a presença de bancos na estrutura de controle e nos órgãos corporativos de administração, a sobreposição da propriedade e da gestão e a menor expressão relativa do mercado de capitais, com menor liquidez nas ações.

 Os bancos, historicamente, desempenham papel de alta relevância na governança corporativa alemã. Não há limites legais para a sua participação acionária nas empresas. Essa importante participação torna essas instituições extremamente influentes sobre as decisões da empresa. Os interesses desses acionistas estão nas estratégias de longo prazo e não nos dividendos ou na valorização das ações.

O sistema de governança corporativa alemão possui 3 características distintas: o modelo de equilíbrio dos interesses dos stakeholders (todos os públicos envolvidos com a companhia) como objetivo primordial das empresas, ao invés da maximização da riqueza dos acionistas; o papel limitado do mercado de capitais no fornecimento de capital de risco e a gestão coletiva das empresas. A busca pelo equilíbrio dos interesses dos stakeholders (empregados, credores, fornecedores) como objetivo das empresas é conseqüência do modelo alemão de industrialização, muito regulamentado e controlado pelo estado.

Funcionamento do Modelo Alemão

No campo da governança corporativa este segundo traço peculiar da moderna sociedade alemã levou a uma estrutura organizacional representativa de interesse plurais e gerida por decisões consensuais. Por exigências regulatórias as empresas com mais de 2.000 empregados tem conselhos compostos em duas camadas:  são bicamerais. Os acionistas, os sindicatos  e os empregados indicam os membros de um conselho supervisor  que indica os membros do conselho de administração.  E este colegiado que monitora a gestão homologando os planos estratégicos e exercendo o controle dos resultados das operações da empresa. Acumulando assim funções executivas, mas ele difere do CEO das companhias americanas, por dividir com o conselho de administração a formulação de estratégica e as mais importantes decisões de gestão.

Esta estrutura funcional deriva da estrutura de propriedade . São raros os casos em que acionistas individuais têm participações expressiva no capital de grandes corporações. Os acionistas de maior peso são as instituições financeiras.

O modelo praticado esta evoluindo, para maior capitalização via mercado.  A integração europeia, a globalização dos mercados financeiros e o grande numero de fusões e aquisições interfronteiras são forças que estão impondo mudanças em todo mundo, tanto na forma de fazer negócios quanto no processo de governo das corporações .

A lei exige a presença de representantes dos empregados nos conselhos das empresas alemãs (Conselho Surpevisor). Durante os anos 90, a pressão da globalização forçou cada vez mais as empresas alemãs a adotarem os padrões internacionais de governança corporativa devido às forças de do processo de translação das empresas alemãs para as bolsas de Nova Iorque e de Londres, que exigem certas regras de transparência e divulgação de informações. O fortalecimento do mercado de ações alemão teve grande impulso em 97, com a criação no Novo Mercado (Neuer Market) da bolsa alemã de Frankfurt, que veio a alcançar seu objetivo de canalizar capital de risco para novas empresas, por meio de regras mais rígidas de proteção e transparência aos investidores, ao fazer com que as novas empresas alemãs já se estruturem dentro de alguns padrões internacionais de governança corporativa. Similarmente ao caso brasileiro, uma das falhas mais apontadas para o fraco desempenho do mercado acionário alemão era exatamente o baixo nível de proteção aos minoritários. Fundadas nessa premissa, as maiores exigências de listagem aumentaram e muito a atratividade da nova bolsa em Frankfurt, contrariando o argumento de que estas poderiam levar a uma diminuição do nível de atividade. A evidência empírica mostra que o número de initial public offering (IPO) vêm apresentando uma tendência ascendente considerável, conforme aponta o gráfico seguinte. Gráfico III – Evolução do Número de IPOs Fonte: Scheinkman (2000). A experiência internacional do Neuer Markt alemão além de apresentar baixos níveis de exigência de capital e tamanho, tradicionais para a listagem em bolsa, tem como pré- requisitos essenciais um maior grau de transparência e maior proteção aos acionistas minoritários, os quais se inserem nas práticas acima abordadas de boa governança corporativa. Destaca-se ainda, pelas rígidas normas de comportamento, entre as quais: o lema “uma ação, um voto”, um período de lock-up para os acionistas originais, publicação de demonstrativos trimestrais, submissão de disputas a arbitragem externa e, finalmente, a obrigatoriedade da presença de diretores externos no conselho administrativo. Fora isso, vem III SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia demonstrando uma forte determinação em manter sua reputação, não hesitando em expulsar firmas acusadas de violar as regras de conduta.

1 – apenas uma classe de ações em todas com direito a voto;

2 – transparências nos atos de gestão;

3 – publicação trimestral de resultados, em alemão e inglês, seguindo normas internacionais de contabilidade;

4 – código de conduta em situações de Take-Over ( Assumir o controle).

Definições do Sistema Alemão

Financiamento: Bancos com grandes financiadores, com relações duradoras e domínio na relação.
Controle: Estrutura patrimonial concentrada em grandes acionistas e bancos.
Gestão: Consenso, custo lentidão. Benefício: conforto coletivo, em transição.
Conflitos: Pouco significativos. Corporações: amplo alto comprometido.
Proteção: Minoritário sob proteção cruzadas. Participações duradoras . Proteção: reputação das empresas, gestão de múltiplos interesses e relações cruzadas.
Conselhos: Único mais numeroso. Exercício do consenso. Tendências: redução, comitê de auditória e conselheiros externos

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