O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Por: Luan Santana • 27/8/2018 • Resenha • 1.803 Palavras (8 Páginas) • 200 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE
SOCIOLOGIA l
O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
MANAUS - AM
2018
BEATRIZ SOUZA
O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Trabalho solicitado para obtenção de nota parcial na disciplina de Sociologia l, no Curso de Ciências Contábeis, na Universidade Federal do Amazonas.
MANAUS – AM
2018
O Pensamento Sociológico
O que seria a Imaginação Sociológica? Qual sua importância para a humanidade? Já pensamos sociologicamente ou ainda estamos presos ao senso comum? É errado se basear pelo Senso Comum? Muitos autores respondem à essas questões, cada um à sua maneira, relatando cada quesito do Pensar sociológico. É de suma importância que possamos compreender a Imaginação Sociológica, e a seguir, será mostrado um pouco da visão de cinco escritores sobre esse tema.
- Texto 1: A Imaginação Sociológica - A Promessa - Charles Wright Mills
Esta obra começa abordando o fato de os seres humanos sempre sentirem suas vidas privadas e na vida cotidiana não conseguem superar suas preocupações, vivendo sempre limitados pelas órbitas privadas. O autor relata que o homem é encurralado pelo cenário que o cerca, tornando limitada a sua capacidade. Surge então, a dificuldade de encontrar seu lugar é entender a própria vida dentro de uma coletividade, acabando por gerar um problema social, e Mills relata ainda que a busca das pessoas, diante essa situação, seria por lucidez. Mills afirma também que a promessa está na imaginação sociológica e no que ela é capaz de influenciar positivamente na sociedade atual. O primeiro conceito desse pensamento sociológico seria de que uma pessoa só pode entender sua subsistência quando conseguir identificar na sociedade, pois segundo o sociólogo existem ligações entre o indivíduo e a sociedade que foi esquecida por fatos como: políticos, econômicos e outros. Além disso, o livro declara que todo ser afeta, positiva ou negativamente, muito ou pouco, a sociedade e o rumo que ela irá tomar. Contudo, o autor procura analisar a sociedade por meio da imaginação sociológica e profere três indagações:
1 - Qual a estrutura dessa sociedade? 2 - Qual a posição dessa sociedade na história humana? 3 - Que variedades de homens predominam nessa sociedade e nesse período?
E Mills enfatiza que não precisa ser um sociólogo para que se pratique a imaginação sociológica, já que esta nos permite enxergar desde a natureza dos indivíduos à questões gerais.
- Texto 2: O que é Sociologia? - Anthony Giddens
Giddens inicia afirmando que Sociologia é: "o estudo da vida social e humana, dos grupos e das sociedades", e que seu objeto de estudo é o comportamento dos homens como seres sociais. O autor cita a imaginação sociológica de Wright Mills, como essencial para desenvolver uma perspectiva sociológica e pensar além de rotinas e observar o ambiente e seus acontecimentos, de maneira renovada. Como exemplo, ele menciona uma xícara de café: "Duas pessoas que combinam de se encontrar para o café estão, provavelmente, mais interessadas em estarem juntas e conversar do que naquilo que realmente bebem". Tomar uma xícara de café representa um ritual para a maioria das pessoas, um momento de proximidade entre indivíduos, e segundo Giddens, esse simples ato oferece um conteúdo riquíssimo para estudos da Sociologia. Em outro sentido, o café é uma droga, pois contém cafeína, que é um estimulante para o cérebro e cria dependência, porém, os consumidores de café não veem problemas ao ingerir a bebida, pois é uma droga socialmente aceita, e a maconha não é. E o autor aponta a indagação dos sociólogos, que é a questão da aceitação das pessoas em relação à drogas. Há lugares que aceitam o café, mas não toleram o maconha, assim como há também, lugares que aceitam a maconha, mas não aceitam o café. Esses contrastes despertam grande curiosidade nos sociólogos.
A Sociologia teve suas origens em uma série de transformações, que ocorreram decorrente das "Duas Grande Revoluções" - Revolução Industrial e Revolução Francesa. Os pioneiros da sociologia procuravam elaborar meios de estudar o mundo social que conseguisse esclarecer a performance das sociedades e as mudanças que nelas ocorrem.
Augusto Comte: Conhecido como "pai da sociologia", procurou desenvolver uma doutrina que fosse capaz que explicar as leis do mundo social do mesmo jeito que outras ciências explicam o desempenho do mundo físico. A lei dos três estágios possibilita a compreensão do processo do avanço das sociedades. Os estágios são os seguintes:
- Teológico: Explicação do mundo por meio de pensamentos religiosos.
- Metafísico: O coletivo visto por princípios de natureza filosófica.
- Positivo: O comportamento humano fundamentado por técnicas científicas.
Émile Durkheim: presumia que a Sociologia poderia explicar indagações filosóficas habituais ao analisá-las de modo empírico, e sua principal preocupação era os fatos sociais, que são modos de agir, pensar ou sentir que são exclusivos do ser humano e tem sua realidade longe das vidas e das visões dos individualistas.
Karl Marx: suas ideias tinham um forte contraste com as de Comte e as de Durkheim. Ele procurava esclarecer as transformações que estavam ocorrendo na época da Revolução Industrial. Os seus conceitos sobre a economia, a sociedade e a política, ficaram conhecidos como marxismo, e ele afirmava que só através da luta de classes era possível que a sociedade humana avançasse, ou seja, o proletariado era quem fornecia a mão de obra para que se produzisse
e a classe da burguesia controlava a produção.
Max Weber: sociólogo e economista, foi um dos pioneiros da chamada sociologia econômica. Analisava a sociedade a partir de seus aspectos históricos e culturais, de modo profundo. Boa parte de seus trabalhos são fontes de estudos até os dias de hoje.
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