OS FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
Por: Ramon Lacerda • 5/5/2015 • Trabalho acadêmico • 3.046 Palavras (13 Páginas) • 222 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CIENCIAS CONTABEIS
RAMON JERONIMO LACERDA
FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE
Cidade[pic 3]
João Pessoa
2015
ramon jeronimo lacerda
fundamentos da contabilidade
Trabalho apresentado ao Curso Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Homem, Cultura e Sociedade.
João Pessoa
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 SOCIEDADE DOS PRODUTORES VS SOCIEDADE DOS CONSUMIDORES
2.1.1 Comparativo do Mercado Consumidor
3 O IMPACTO DA GLOBALIZAÇÃO SOBRE A CONTABILIDADE
3.1 CONTABILIDADE NO BRASIL
3.1.2 As Alterações da Nova Lei
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste é mostrar a mudança da sociedade desde a época das
teorias clássicas e científicas até os dias atuais. Um ponto importante é o processo
de globalização das economias e o seu impacto nas informações contábeis.
Podemos também destacar a promulgação da Lei n° 11638/07, onde o Brasil visa
adotar padrões contábeis internacionais e trazer maior transparência as atividades
empresariais do país.
O presente trabalho está organizado em partes. Na primeira parte será
abordado os pensamentos de Zygmunt Bauman , sociólogo polonês defensor da
ideia da fluidez dos vínculos, que marca a sociedade contemporânea, encontra-se
inserida nas próprias características da sociedade pós-moderna. A segunda parte
optei por falar sobre a globalização e seu impacto na contabilidade. Seguindo na
terceira pare falo sobre a contabilidade no Brasil e a promulgação da Lei n°
11638/07 e as principais mudanças implantadas no setor e seus principais
organismos de regulação contábil. Para finalizar exponho minhas considerações sobre o trabalho.
2 “SOCIEDADE DOS PRODUTORES” VERSUS “SOCIEDADE DOS CONSUMIDORES”
Em entrevista à revista Tempo Social, em 2004, Zygmunt Bauman
aponta a diferença entre a “Modernidade Sólida” e a vida contemporânea ou
“Modernidade Líquida”.
[…] A vida foi desde o início desenraizadora ”derretia os sólidos e
profanava os sagrados” como os jovens Marx e Engels notaram. Mas enquanto no
passado isso era feito para ser novamente reenraizado, agora todas as coisas
-empregos, relacionamentos, know-hows, etc- tendem a permanecer em fluxo,
voláteis, desreguladas, flexíveis. A nossa é uma era, portanto, que se caracteriza
não tanto por quebrar as rotinas e subverter as tradições, mas por evitar que
padrões de conduta se congelem em rotinas e tradições.(Bauman, 2004b).
A sociedade de produtores foi marcada basicamente pela segurança
num ambiente confiável, ordenado e transparente. Essa sociedade tinha confiança
no futuro pois seu desejo era obter mercadorias pesadas e duráveis como imóveis e
joias, que além de demonstrar seu status e poder lhes transmitia a tão desejada
segurança. A partir do local de nascimento e família, boa parte de suas vidas já
estavam determinadas (valores, profissão, religião, etc) não havia tantas escolhas e
angústias.
Mas a transição dessa sociedade de “produtores” para a nova
sociedade, teve uma mudança extremamente significativa no comportamento das
pessoas, tornando-se conhecida como sociedade dos consumidores” onde houve
uma reconstrução das relações humanas a partir das relações entre consumidores e
objeto de consumo.
“A diferença entre os dois estágios da modernidade é apenas de
ênfase e prioridades, mas essa mudança faz uma enorme diferença em
praticamente todos os aspectos da sociedade, da cultura e da vida individual”
(Bauman 1999,p88) Ainda segundo Bauman na sociedade de produtores o homem não
sabia se trabalhava para viver ou se vivia para trabalhar. Também segundo ele o
dilema sobre qual se cogita hoje em dia é se é necessário consumir para viver ou se
o homem vive para per consumir (Bauman,1999 p.89).
Para os consumidores da sociedade atual, o que nos move é o
desejo pelo novo, mas quando adquirimos esses bens de consumo logo surge a
insatisfação e o desejo por outra novidade. Essa valorização do novo, tornando o
novo rapidamente “velho”, favorece uma mudança constante, uma incansável busca
por novidades. Sendo assim podemos observar a importância do desejo como
combustível para manter a sociedade de consumo.
“… viajar esperançosamente é na vida do consumidor muito mais agradável
que chegar. A chegada tem esse cheiro de mofado de fim de estrada, esse gosto amargo de
monotonia e estagnação que poria fim a tudo aquilo pelo que e para que se vive o
consumidor.” (Bauman,1999, p.92).
Com essa citação Bauman quer dizer que a sensação de chegada
ao destino é similar ao momento em que o consumidor adquire um produto, pois ali
acaba todo o movimento ou desejo em torno do produto.
Sendo assim, para viver no mundo atual, onde o novo é super
valorizado, todos devem estar dispostos a descartar-se das experiências já
vivenciadas. A sociedade de consumo se caracteriza principalmente pelo desapego
as coisas. Bauman também destaca a superficialidade das relações, a fixação no
presente, valorização do instantâneo, rápido, momentâneo, enfim “líquido” e sem
sentido profundo.
O que Bauman diz ser a modernidade líquida é uma fase contrária a
modernidade sólida, época que se consagrou com o Iluminismo, o Positivismo, a
Revolução Industrial, o Fordismo e tantos outros eventos e teorias que marcaram
um mundo governado pela racionalidade, baseado na soberania da ciência, na
lógica, no planejamento na fidelidade aos compromissos. Ou seja, buscando a
certeza e a segurança em primeiro lugar. A modernidade liquida, pelo contrário, é
fluída, leve, carregando consigo a ideia de transitoriedade. Essa sociedade trás o
sentimento de insegurança e incerteza e a falta de garantias.
Na parte final do livro “A Vida para o consumo” Bauman escreve:
A busca por prazeres individuais articulada pelas mercadorias
oferecidas hoje em dia, uma busca guiada e a todo tempo
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