Orçamento de Capital

Aula-tema 06: Orçamento de Capital

Definição de Orçamento de Capital

Todas as empresas, sejam pequenas, sejam grandes multinacionais, sempre terão um montante de recursos limitado para aplicação em suas operações ou projetos.

Por maior e mais lucrativa que seja uma empresa, sempre haverá montante definido para custear suas operações ou investir em uma nova fábrica, em plano de marketing, lançamento de produto ou outros projetos. As opções de investimento são ilimitadas, mas os recursos serão sempre limitados.

Diante desse quadro de restrição, um gestor financeiro deve analisar o montante de capital (recursos) disponível e escolher as melhores opções de investimentos.

Para essa análise, um gerente financeiro utiliza procedimentos para escolha de investimentos com fluxos de caixa e taxas de retorno satisfatórias, decide quanto um investimento pode ser um empreendimento que gere ou não lucro e, também, compara e seleciona projetos.

O objetivo é sempre o uso eficiente de um recurso limitado, aqui chamado de capital da empresa, podendo se apresentar na forma de dívida (capital de terceiros) ou de patrimônio (capital próprio).

Na forma de dívida, a empresa terá acesso a esse capital até o limite de empréstimos concedidos pelos bancos.

Em relação ao patrimônio, seus componentes, como as ações ordinárias emitidas ou os lucros acumulados, também são limitados.

A base do orçamento de capital é a situação em que, diante da limitação das fontes de capital próprio ou de terceiros, os gestores financeiros devem tomar a decisão sobre se um determinado projeto é ou não economicamente aceitável, ou seja, este deverá contribuir em maior grau para geração de lucro, elevando então o valor da empresa.

Vejamos alguns exemplos de escolhas de projetos:

1. Uma usina de açúcar e álcool escolhe qual a proporção da cana (recurso limitado) colhida empregará na produção de etanol ou de açúcar.

2. O restaurante CWM conseguiu empréstimo bancário de $ 20 mil (recurso limitado), e seu administrador financeiro irá elaborar estudo para decidir se investe em uma reforma ou instala uma lanchonete anexa.

Portanto, a usina ou o restaurante acima procederão a análises para escolher, dentre suas opções de projetos, aqueles capazes de produzir maior lucratividade e geração de valor.

Despesas correntes ou de capital

Despesas correntes ou de capital são os dois tipos de despesas em que uma empresa pode incorrer.

• Despesas correntes são de curto prazo e debitadas dentro do exercício (mensal ou anual) no qual incorrem. Exemplos: salários, custo da matéria-prima e outras despesas administrativas.

• Despesas de capital, também chamadas simplesmente de investimentos, são de longo prazo, amortizadas (seus valores reduzidos) em vários anos, ou seja, nos próximos exercícios. Por exemplo: aquisição de novo prédio por R$ 2 milhões para amortização durante os próximos cinco anos.

Tipos de despesas de capital:

• Novas máquinas e equipamentos são adquiridos para expansão das operações da empresa, estando sujeitos a depreciação.

• Substituição de equipamentos, visando o aumento da eficiência e produtividade. Para orçamento de capital neste tipo de projeto, é preciso considerar, além dos custos do novo equipamento, a receita adicional e o respectivo aumento do imposto de renda, decorrente do consequente aumento no lucro da empresa.

• Projetos obrigatórios são investimentos obrigatórios para atender alguma legislação específica. Exemplo: instalação de catalisadores nos automóveis de uma montadora em decorrência de nova legislação ambiental.

• Outras despesas de capital abrangem vários investimentos de longo prazo, como compra de direitos de patentes, ampliação de edifícios ou compra de terrenos.

Determinando os Custos Iniciais

Inicialmente, o administrador financeiro deve determinar o custo da ativação de um projeto, através da resposta às seguintes questões:

• Qual o preço de aquisição dos novos itens (máquinas, equipamentos, serviços e outros)?

• Quais são as despesas adicionais, como