RESENHA CRITICA ERON OS MAIS ESPERTOS DA SALA

ERON – OS MAIS ESPERTOS DA SALA

ALUNA: ANA JÚLIA RIBEIRO

Lucros bilionários, conflitos de interesse e truques contábeis, a história da Eron contém todos os ingredientes necessários para um investidor ou estudante de Contabilidade tire valiosas conclusões. O documentário relata a falência e fraude de uma das maiores empresas do EUA.

Eron foi criada em 1985, quando a Houston Natural Gás se fundiu com a InterNorth, que era uma empresa de gás natural. Em 1990, a empresa contratou Jeffrey Skilling e Andy Fastow, a partir disso ela passa a ser conhecida como uma empresa hibrida, de gás natural e serviços financeiros.

Com a chegada de Jeffrey, usando a contabilidade de marcação a mercado, a Eron começou a reconhecer receitas e registrar lucros antes mesmo de a fábrica começar a operar, ou antes de receber os pagamentos, esse método contábil não é errado, mas a maneira que foi aplicado gerava informações diferentes da realidade. Outra pratica contábil desenvolvida foi captar empréstimos em banco, contrair dívidas enormes e se alavancar financeiramente sem isso aparecer nas demonstrações, assim quem fizesse analise de seus indicadores, veriam uma empresa com uma receita crescente com uma dívida que não aumentava.

No final do século, a Enron havia se tornado uma das empresas mais bem-sucedidas e lucrativas do mundo, informando um crescimento de 57% nas vendas entre 1996 e 2000. No seu auge, a empresa chegou a ter mais de 25% do mercado de balcão de energia.

Por conta desses resultados positivos, todos queria investir em suas ações pois tinham certeza que teriam retorno. As ações estavam nas alturas, porém a empresa só gerava prejuízo, eles maquiavam os resultados, estavam envolvidos nesse crime, bancos, diretores, funcionários e auditores.

A cada publicação de resultado da empresa, os números que se divulgava superava as expectativas, os analistas viam uma empresa crescente com uma excelente saúde financeira. Até tudo isso ser descoberto a empresa foi a queridinha dos investidores por anos.

Em 22 de outubro de 2001, a Comissão de Valores Mobiliários iniciou uma investigação sobre a Enron e as suas parceiras. Em 8 de novembro de 2001, a Enron revisou suas demonstrações financeiras dos cinco anos anteriores, reconhecendo que, em vez de obter lucros, na verdade havia registrado US$ 586 milhões em perdas. O valor de suas ações começou a cair, chegando a um valor abaixo de US$ 1 por ação, até o final de novembro e as mesmas foram retiradas do mercado, em 16 de janeiro de 2002.

O mercado sofreu uma grande desvalorização. O colapso abalou o mercado financeiro e quase paralisou o setor de energia.

Kenneth Lay foi condenado por todas as seis acusações de valores mobiliários e fraudes eletrônicas pelas quais ele havia sido julgado e poderia ter enfrentado uma sentença total de até 45 anos de prisão; Jeffrey Skilling foi condenado em 19 das 28 acusações de fraude de valores mobiliários e de fraude eletrônica, condenado a 24 anos de prisão.

Quando a empresa foi a falência em dezembro de 2001, os investidores perderam milhões de reais, levando o FBI e outras agências federais a investigar. Esse caso foi considerado o caso o golpe mais profundo já investigado pelo FBI até hoje.