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Resenha fraudes corporativas

Por:   •  19/4/2016  •  Resenha  •  962 Palavras (4 Páginas)  •  559 Visualizações

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Patrícia Souza da Silva - 201201617138

Resenha do artigo: O mapa da fraude nas organizações

Segundo o autor, hoje em dia é comum que as organizações percam cerca de 5% de seu faturamento devido a fraudes, porém a auditoria independente não deve ser utilizada como uma ferramenta antifraude.

Através de pesquisa realizada, foi possível observar de que forma são realizadas as denúncias de fraudes, sendo que grande parte é realizada diretamente pelos funcionários, enquanto apenas de 1,3% a 5% dos casos são apontados por auditoria externa.

A pesquisa citada pelo autor, revela os principais tipos de fraude cometidos nas organizações, sendo elas apropriação indevida, corrupção e demonstrações contábeis corrompidas estando os autores das fraudes diretamente ligados a áreas de extrema importância dentro da organização, agindo em cumplicidade para burlar os controles internos, o que impede ao auditor externo a identificação do ocorrido.

O texto explica a diferença existente entre erro involuntário e fraude, sendo que o erro deixa vestígios possíveis de serem identificados pelo auditor independente e que a fraude se refere a um ato intencional sendo mascarado nos controles internos.

De acordo com as normas da profissão, o auditor externo não tem como objetivo a busca pela fraude, porém deve estar atento ao risco de ocorrência, testando os controles através de amostragem. O julgamento das demonstrações não pode ser considerado um certificado antifraude.

Segundo o autor, o auditor deverá ser responsabilizado caso tenha sido cúmplice no ato ilícito, por sua posição de cumplicidade e não a de auditor. E se houver realizado um trabalho negligente, ignorando indícios de irregularidade e deixando de alertar a administração da organização auditada, deve responder aos danos causados de forma proporcional.

A conclusão do artigo, é de que existe a necessidade de construção de uma cultura nas organizações que não permitam que fraudes sejam realizadas. Sendo que a auditoria externa faz parte desta cultura, porém não pode ser considerada a principal ferramenta no combate a um problema universal.

Artigo: O mapa da fraude nas organizações

Disponível em: http://www.jornalcontabil.com.br/?p=5265 – Acesso: 08/04/2016.

Publicado em 26 de novembro de 2015

Por ano, são realizadas cerca de 25 mil auditorias de demonstrações contábeis no Brasil. Às vezes, um caso de fraude ganha o noticiário e pergunta-se por que a auditoria não o identificou. O fato é que, embora indispensável à governança corporativa e à redução das perdas e da duração dos esquemas fraudulentos, a auditoria independente não é um mecanismo antifraude. A mais recente evidência disso está no recém-publicado Report to the Nations on Occupational Fraud and Abuse – 2014 Global Fraud Study, da Association of Certified Fraud Examiners (ACFE).

A ACFE existe desde 1996 e, no ano passado, analisou 1.483 casos de fraude. Constatou que as organizações perdem cerca de 5% do faturamento devido a fraudes, o que, projetado para o Produto Global Bruto, equivale a US$ 3,7 trilhões desviados anualmente no mundo.

Na origem da detecção desse tipo de desvio a pesquisa apontou, em primeiro lugar, as denúncias feitas por funcionários das próprias organizações – 51% dos casos em empresas com hotline (linha de denúncia) e 33% dentre as que não dispunham desse recurso. Em seguida, vieram auditoria interna (entre 13% e 15% dos casos), revisão pela administração (15% a 18%) e outros sete itens até chegar à auditoria externa – que detectou entre 1,3% e 5% das fraudes, menos do que os 4% a 9,5% descobertos por acaso, em função, por exemplo da saída de férias de determinado profissional ou rotação de funções.

O estudo revelou ainda, como principais modalidades de fraude a apropriação indevida, a corrupção e demonstrações contábeis corrompidas. Seus autores (77% dos casos) concentraram-se nas áreas de contabilidade, operações, vendas, alta direção, serviço ao consumidor, compras e financeiro, agindo muitas vezes em conluio para burlar os controles internos. São esses os ingredientes que, na maioria dos casos, tornam a fraude invisível ao auditor externo.

Vale lembrar que a fraude não se iguala ao erro. O erro é involuntário e deixa pegadas que a auditoria independente pode rastrear no processo de julgar a fidelidade das demonstrações contábeis. Já a fraude é intencional e – principalmente quando envolve conluio de gerentes e alta administração – explora oportunidades não blindadas pelo sistema de governança da empresa. E quanto mais acima na hierarquia ela ocorre, maior sua invisibilidade.

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