TRABALHO INDIVIDUAL - GESTÃO INDUSTRIAL
Por: Isadora Ventura • 16/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.921 Palavras (8 Páginas) • 337 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Toda a pessoa que decide abrir uma empresa quer que a mesma tenha do lucro, com a empresa INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SORVETES LEC LTDA não é diferente, mas para que se alcance o tão desejado sucesso é necessário algumas aferições antes mesmo de abrir as portas.
Vejamos através do texto discorrido como uma empresa industrial ou comercial deve proceder para calcular o preço de venda, através da obtenção mensurável do custo do seu produto. São muitos os sistemas de custeio de um produto, portanto, precisamos conhecer cada um, para utilizar de forma consciente e segura, pois através dos dados fornecidos pela contabilidade de custos formaremos o preço de venda e avaliaremos os rendimentos ou prejuízos.
2 DESENVOLVIMENTO
Segundo Missagia (2012), são muitos os sistemas de acumulação de custos, entretanto os mais utilizados são:
a) Sistema de acumulação de custos por ordem de produção – é o sistema utilizado quando a entidade produz e vende os produtos ou serviços por encomenda dos clientes, è um sistema descontínuo. Neste sistema, durante a execução, os custos são registrados da seguinte forma:
- Os materiais pelo custo real, com base nas requisições para cada ordem de produção.
- A mão de obra direta é apropriada com base no tempo gasto na execução de cada ordem (tempo gasto x taxa horária de custo da MOD).
- O CIF é apropriado através do rateio com base em critério definido.
Após a apropriação dos custos de MD, MOD e CIF para as ordens de produção, os produtos completos são transferidos para o estoque de produtos acabados e, quando vendidos para o CPV.
b) Custeamento por Processos ou por Departamentos – é o sistema que a entidade utiliza quando fabrica ou presta serviço de modo contínuo ou em série. O Objetivo é determinar e controlar os custos pelos departamentos ou fases produtivas e dividir os custos pela quantidade produzida. Se compararmos com o sistema anterior, esse visa custear o processo como um todo enquanto o outro custeia a unidade produzida. Após a apropriação dos custos de MD, MOD e CIF para os processos de produção, os produtos completos são transferidos para o estoque de produtos acabados e, quando vendidos para o CPV.
Para todos os sistemas de acumulação de custos podemos adotar os critérios de custeio por absorção ou o critério de custeio variável.
O custeio por absorção atribui ao produto ou serviço todos os custos diretos e indiretos relacionados a produção ou serviço, não inclui a despesas de juros. Essa forma de custeio está alinhada ao princípio da competência. É o único legalmente aceito no Brasil para avaliação de estoques, afim de elaboração das demonstrações contábeis.
O Custeio direto ou variável atribui ao produto ou serviço apenas os custos variáveis, os custos fixos serão tratados como despesas (exemplo: aluguel da fábrica), levados na conta de resultado do período. Esse método não é aceito pelo Imposto de Renda e é contrário aos princípios da contabilidade e as instruções contidas no CPC nº 16.
No entanto a empresa pode utilizar os outros métodos de custeio, porém nas notas explicativas das demonstrações contábeis deve informar a diferença de custos entre o método utilizado e aquele aplicado ao custeio por absorção.
Quanto à classificação de custos temos quanto a apropriação e quantificação aos produtos fabricados os custos diretos e indiretos, quanto ao volume de produção os fixos e variáveis, vejamos cada um deles.
Custos Diretos são aqueles gastos que podem ser identificados com facilidade, temos como exemplo a matéria prima e a mão de obra.
Custos Indiretos são o contrário dos diretos, para identificá-los é necessário utilizar-se de critérios de rateio/medição. Não existe somente um critério de rateio, devemos verificar o que melhor se enquadra a cada caso. Exemplo: o departamento X de produção possui um custo indireto de R$ 5.400,00 e precisa distribuí-lo a dois produtos: A e B. Vejamos:
Quadro 1 – Rateio de custos indiretos
A B Total
Matéria Prima em cada produto R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 R$ 12.000,00
Mão de obra aplicada
R$ 1.000,00
R$ 1.000,00 R$ 2.000,00
Custos diretos Totais
R$ 6.000,00 R$ 8.000,00 R$ 14.000,00
Custos indiretos a ratear
? ? R$ 5.400,00
Total ? ? R$ 19.400,00
Horas – máquina utilizadas
1.400hm 1.000hm 2.400hm
Rateio com base em horas – máquina:
• 5.400 / 2.400 = R$ 2.250,00/hm
• A = 1.400hm x $ 2.250,00 = R$ 3.150,00
• B = 1.000hm x $ 2.250,00 = R$ 2.250,00
TOTAL CIP = R$ 5.400,00
Completando a tabela com os valores rateados utilizando o critério com base nas horas máquina utilizadas:
Quadro 2 – Rateio de custos indiretos – Por horas Máquina utilizadas
A B Total
Matéria Prima em cada produto R$ 5.000,00 R$ 7.000,00 R$ 12.000,00
Mão de obra aplicada
R$ 1.000,00
R$ 1.000,00 R$ 2.000,00
Custos diretos Totais
R$ 6.000,00 R$ 8.000,00 R$ 14.000,00
Custos indiretos rateados
R$ 3.150,00 R$ 2.250,00 R$ 5.400,00
Total (CDP + CIP) R$ 9.150,00 R$ 10.250,00 R$ 19.400,00
Horas – máquina utilizadas
1.400hm 1.000hm 2.400hm
A tabela acima demonstra o cálculo do rateio utilizando as horas
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