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Índices Padrão de Indicadores dos Bancos de Capital Aberto

Por:   •  15/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.811 Palavras (20 Páginas)  •  267 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho busca verificar o cenário contábil que se encontram os bancos de capital aberto, em que serão analisados os métodos estatísticos, comparando os índices-padrão. Os índices servem como identificadores que demonstram a potencialidade da empresa. São eles que dizem qual a liquidez da empresa de dispor de recursos para saldar suas dívidas.

A escolha do segmento se deu por várias razões, dentre elas destacam-se algumas que serão expostas. Segundo a Associação Portuguesa de Bancos, os bancos são os protagonistas do sistema financeiro e da atividade econômica em tudo que se relacionam a utilização da moeda pela economia, asseguram o funcionamento dos sistemas de pagamentos, que possibilita o desenvolvimento da atividade econômica e dos mercados, quebrando as barreiras impostas pela distância.

Um sistema bancário sólido possibilita a circulação de moeda, pessoas, bens e serviços, como também, a criação e o desenvolvimento de mercados. Os bancos são fundamentais na intermediação financeira, ou seja, permite que seja canalizado os recursos entre os agentes superavitários e os deficitários. Consequentemente possibilita a capacidade de investimento e empreendedorismo dos participantes do sistema econômico.

A seleção das instituições deste segmento que serão abordadas, estão listadas na BM&FBOVESPA. A escolha pelos bancos de capital aberto refere-se principalmente a auditoria e exigências feitas pela B3 e CVM, que permite o acesso a informações, dados estatísticos, financeiros, fatos relevantes e demonstrações de resultados.

Dessa forma, justifica-se a pesquisa tanto pela importância do segmento na economia, quanto pela importância relevante de se extrair indicadores econômico-financeiros, que facilitam realizar comparações, em tempo hábil, entre as empresas de capital aberto do segmento bancário, e por meio de um referencial em comum, analisar seu próprio desempenho.

Como objetivos específicos têm-se os propósitos de selecionar algumas instituições financeiras no segmento bancário, em que serão examinados os índices econômico-financeiros a partir da padronização de suas demonstrações contábeis a serem analisadas. Listando os índices calculados a partir das demonstrações financeiras, serão definidos e tabelados os índices-padrão, por meio das técnicas estatísticas, de cada índice encontrado. Assim poderá situar relativamente cada índice-padrão encontrado, para comparação e classificação das empresas selecionadas e avaliar o desempenho da instituição em ênfase, servindo como base para a tomada de decisões dos stakeholders.


  1. ÍNDICES FINANCEIROS

Analisar os demonstrativos financeiros de uma instituição é uma forma importante de avaliar seu desempenho. É através da análise de indicadores financeiros que se obtém uma representação mais clara da situação e desempenho da empresa. De acordo com Marion, só podemos avaliar bem os índices econômico-financeiros de empresas do mesmo ramo de atividade (MARION, 2006, p. 266).

Os índices são segmentados em Índices de Liquidez, os Índices de Estrutura de Capital e os Índices de Rentabilidade. 

Os índices de Estrutura de Capital permitem analisara posição do endividamento, quanto de capital de terceiro está sendo utilizado para financiar a empresa, a capacidade da empresa em gerar caixa suficiente para pagar os juros e principal das suas dívidas, e também garantir o crescimento sustentados de suas atividades.

Os índices de Rentabilidade permitem avaliar os lucros da empresa em relação a um nível de vendas, de ativos e capital investido. Os indicadores mais utilizados são o retorno sobre o patrimônio líquido, retorno sobre ativos e retorno sobre vendas.

Os Índices de Liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, estabelecem a capacidade da empresa de saldar seus compromissos. Os índices desse grupo mostram a base da situação financeira da empresa:

  • Liquidez Geral (LG): Mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro a Curto e Longo Prazo, relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida, a Curto e Longo Prazo.

[pic 1]

  • Liquidez Corrente (LC): Mostra a capacidade de pagamento a Curto Prazo, levando em consideração apenas o que a empresa possui no Ativo Circulante.

[pic 2]

  • Liquidez Seca (LS): Representa a liquidez da empresa se ela sofresse uma total paralisação de suas vendas ou se seu Estoque se tornasse obsoleto por algum motivo.

[pic 3]

  • Liquidez Imediata (LI): Mostra o quanto a empresa dispõe imediatamente, apenas com saldos de Caixa e Equivalentes de Caixa (bancos e aplicações financeiras de curtíssimo prazo – até sete dias), para saldas suas dívidas de Curto Prazo.

[pic 4]

No presente trabalho, o índice utilizado será o de Liquidez Corrente, pois normalmente na gestão financeira, é ele que serve de referência para a maioria dos pagamentos, representando a saúde do caixa. Por se tratar de um indicador extremamente importante para qualquer instituição, é interessante que o valor de seu cálculo seja superior a 1. Dessa forma, o gestor saberá que a organização estará preparada para honrar com a maioria dos seus compromissos com terceiros. A tabela a seguir, orienta na análise com base no resultado obtido.

[pic 5]

A técnica de índices-padrão permite avaliar os índices de uma empresa em análise com aos de outras empresas. O único caminho que se tem é recorrer para a Estatística. A Estatística permite extrair algumas medidas de determinado universo de elementos.

Como os índices certamente não serão os mesmos para todos os casos de indicadores econômico-financeiros, torna-se completamente cabível a aplicação das técnicas estatísticas na análise das empresas. Conseguinte tem-se as definições das principais Medidas de Tendências Centrais em Estatística.

  1. ÍNDICE DE BASILÉIA

O Índice de Basiléia é a relação entre o patrimônio de referência de uma instituição financeira e o valor dos ativos ponderados pelo risco. É conhecido também como índice de solvência de uma instituição financeira. A atividade de intermediação financeira dos bancos envolve riscos usualmente suportados por capital. Quanto maior o índice, maior a sobra de capital próprio ou patrimônio para a realização de operações de crédito de maior risco. De acordo com o Banco Central do Brasil (BACEN), exige-se um índice mínimo de 11%, executando-se os Bancos Cooperativos cuja exigência mínima é de 13%.

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