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A Contribuição da Fenomenologia de Husserl

Por:   •  1/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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Resumo do seminário sobre A METAFÍSICA

Discente: Victória Valentina Nogueira Brito

Período: 1º Período

Professor: Geovane Siqueira [pic 1]

Disciplina: Filosofia Geral e do Direito

A contribuição da fenomenologia de Husserl

O filósofo alemão Husserl trouxe uma nova abordagem do conhecimento no começo do século passado, onde teve consequência para a metafísica. Segundo ele, a fenomenologia estava encarregada de três tarefas principais: separar a psicologia da filosofia, manter o privilégio do sujeito do conhecimento (que somos nós) e, ampliar o conceito de fenômeno.

Separação entre psicologia e filosofia

No final do século XIX, muitos pensadores julgaram que a psicologia tomaria o lugar da filosofia. Porém Husserl rebate dizendo que, a psicologia estuda e explica fatos observáveis e a filosofia oferece os fundamentos desses estudos. Quando um filósofo estuda a percepção, por exemplo, ele parte da pergunta “O que é a percepção?”, já o psicólogo parte da pergunta “Como acontece uma percepção?”.

Mas o que é a percepção? É basicamente o modo da nossa consciência se relacionar com o mundo externo pela mediação do nosso corpo, sendo estruturado pelo ato de perceber (pelo conhecimento) e pelo correlato percebido (a coisa externa). A psicologia pode nos dizer que há uma percepção, mas não o que é, pois precisaria conhecer a origem do conhecimento.

Manutenção do privilégio do sujeito do conhecimento

Husserl afirma que as essências abordadas pela filosofia são produzidas pelo conhecimento. A consciência não é como dizia a metafísica, uma entidade espiritual. Mas, o ato de visar às coisas e lhes dar um significado, onde Husserl deu o nome de intencionalidade.

Ampliação/renovação do conceito de fenômeno &

Os fenômenos ou essências

Immanuel Kant se equivocou ao diferenciar fenômeno de nôumeno, pois manteve a ideia metafísica do “Ser enquanto Ser”, onde o homem se via apenas homem, sem levar em conta sua raça e sexo, por exemplo. Em contraposição, Husserl diz que não há a “coisa em si”, pois tudo que existe é fenômeno e fenômeno seria a presença real de coisas reais diante do conhecimento.  

Já Hegel, aboliu a diferença entre consciência e mundo dizendo que, o mundo nada mais é do que o modo como a consciência se torna as próprias coisas. Em contraposto, Husserl diz que a consciência não se encarna nas coisas, mas dá significado a elas. Mas o que seria o fenômeno? A essência, ou seja, o sentido de um ser.

Por isso, a filosofia é uma eidética (descrição das essências). Sendo assim, a filosofia é uma fenomenologia, ou seja, a descrição de todos os fenômenos ou realidades sejam eles, materiais, naturais, ideais ou culturais.

Ôntico e ontológico

O filósofo alemão Heidegger, distingue duas palavras: ôntico, que seriam os entes em sua existência própria e ontológico, que seriam os entes tomados como objetos de conhecimento.

Em nosso cotidiano, distinguimos cinco estruturas ônticas:

  1. Os entes materiais naturais, chamados de coisas reais ( o sol, árvores, estrelas);
  2. Os entes matérias artificiais, também chamados de coisas reais (mesas, cadeiras);
  3. Os entes ideais, chamados de idealidades (igualdade, número, matéria)
  4. Os entes que podem ser valorizados positivamente ou negativamente, chamados de valores (justo, comum, impossível);
  5. Os entes que pertencem a uma realidade diferente da nossa, chamamos de metafísicos (a divindade, por exemplo).

A nova ontologia: nem realismo, nem idealismo.

Filósofos que vieram após Husserl adotaram suas ideias e desenvolveram uma nova ontologia, modificando varias das ideias de Husserl e se animaram para desprender a ontologia do dilema do realismo e do idealismo, dilema em que Husserl era a favor do idealismo. Ele dizia que o realismo afirmava que, se eliminarmos o sujeito e o conhecimento, restaria a realidade verdadeira; e o idealismo afirmava que, se eliminarmos as coisas, restaria o conhecimento e o sujeito.

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