A Crise de 1929
Por: Stefanie Pereira • 30/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.459 Palavras (6 Páginas) • 232 Visualizações
1.INTRODUÇÃO
A crise de 1929 é da história a pior quebra econômica capitalista já vivida. Conhecida como a “Grande Depressão”, espalhou o caos, não só ao EUA, mas para o mundo, que a pouco era totalmente dependente da economia Americana e vivia para idolatra-la e fazer desta um “modo de vida” (American Way of Life) invejado. Está crise apesar de todo o desespero, vem para acabar com o comodismo econômico e para quebrar a ideia colonial de que o EUA era melhor que qualquer outro país, além de nos mostrar o como cada um destes teve que lidar com a crise para se reerguer novamente e não causar o fim de suas sociedades.
2.LOUCOS ANOS 20
Após a Primeira Guerra Mundial o EUA se torna a maior potência mundial, visto que com a destruição da guerra na Europa, outras grandes potências, como a Inglaterra e a Alemanha, ficaram retraídas em setor econômico, pelo processo de recuperação que passavam. E assim o EUA ia aumentando sua produção econômica, tanto com compradores internos como externos, e se destacava por produzir carros, petróleo, aço, carvão, tecidos, comida enlatada e muitas outras coisas. Provocando êxtase nos norte-americanos, que abriam mais fabricas e investiam mais e mais. Os burgueses e a classe média americana tornam se escravos do consumismo exacerbado, farreando em boates e clubes, vivendo uma vida de luxo e regalias, o mundo invejava os americanos dos pés à cabeça.
Os grandes destaques dos anos 20 foram o rádio, que inovava os meios de comunicação do mundo e tornava-se nova paixão da população; o surgimento também do movimento surrealista, que vem com a intenção de criticar a vida burguesa, que só pensava em gastar; e, o ponto alto dos nomeados gângsteres, que entram em ação quando o EUA cria a lei seca, onde ninguém poderia beber, resultando na época que a população mais bebeu.
Os grandes anos dourados dos norte-americanos, que sem saber caminhavam para a maior depressão econômica que já existiu, como disse Charles Fourier (1772- 1837): "No capitalismo, a abundância gera a miséria." (FOURIER, C.)
Em contra partida, um trecho da obra “A crise de 1929” do professor se Economia Bernard Gazier ressalta que:
“Essas evoluções desfavoráveis não devem fazer esquecer o indiscutível e excitante dinamismo dos “anos loucos”. Falar em boom entre 1925 e 1929 seria excessivo; no entanto, a expansão é marcante em quase todos os países do mundo capitalista.” (GAZIER, 1950).
3.GRANDE DEPRESSÃO
Toda vez que o EUA sentia uma baixa na sua produção econômica, o governo interferia no mercado aplicando mais crédito, ou seja, dinheiro e títulos da Bolsa de Valores, para recuperar os danos. A expansão de crédito ia tornando as taxas de juros artificiais, sem lastro[ Em economia, lastro significa a garantia implícita de um ativo. Antigamente era a reserva em ouro que um país possuía, atualmente, esse valor é calculado por todos os patrimônios que um país possui, servindo de garantia de valor da sua moeda.] com as reservas de crédito reais, que eram ancoradas na poupança. Os investidores de ações da Bolsa de Valores de Nova Iorque eram enganados sobre a expansão de crédito, e, assim ampliavam ainda mais os negócios, aumentavam os salários e investiam mais e mais. Isso fará com que se crie uma “bolha inflacionária”, e em 1929, já não era mais possível esconder a falsa expansão econômica, se tinha muito dinheiro emitido circulando, mas sem nenhum valor real na produção. No governo então de Hoover, a Bolsa de Valores de Nova Iorque, que era responsável pela administração dos investimentos aplicados e do crédito emitido, se rompe e dá início a pior quebra econômica mundial.
Era 24 de outubro de 1929, onde empresários viam o valor de suas ações despencarem, sem nada poder fazer, empresas sendo levadas a falência, burgueses e toda a população norte-americana vendo sua era de ganância, escorrer entre os dedos, e, logo em seguida o mundo inteiro sentindo o abalo econômico, como a Terceira Lei de Newton (princípio da ação e reação), ao se quebrar a bolsa econômica do EUA, que já estava há anos sendo a grande potência, ou seja o maior mercado consumidor, isso causou uma reação nos países que a ele estavam interligados, como Londres, Tóquio, Berlim, Amsterdã e Paris, que tiveram a bomba estourada em sua economia também, entre outros muitos países, até mesmo o Brasil. O principal problema foi a superprodução, onde muitos fábricas produziam cada vez mais, e o consumo da população não foi conseguindo acompanhar tanta mercadoria. E assim, acaba-se a era de sorte do capitalismo e se inicia a Grande Depressão.
4.CRISE DE 1929 NO BRASIL
O Brasil só teve destaque em exportações de café, e um pouco de algodão, o que fez com que as regiões não-cafeeiras e o Rio de Janeiro, que mantinha seu café estagnado no estado, sofressem bastante com a queda econômica na década de 1920 comparada a de 1910. Porém, nesse tempo, apesar desta queda, São Paulo foi se destacando economicamente, crescendo cada vez mais, e, virando o polo central das demais regiões, o que acabou estimulando a expansão da economia, da urbanização e da industrialização. Isso explicaria o elevado nível do investimento industrial no período. Como São Paulo estava se desenvolvendo muita mais que o restante do país, vai acabar gerando maior complexidade social e econômica,
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