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A DETERMINAÇÃO DA IDADE

Por:   •  1/10/2018  •  Resenha  •  1.461 Palavras (6 Páginas)  •  311 Visualizações

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DETERMIN

DETERMINAÇÃO DA IDADE

Para que seja feito um cálculo aproximado da idade, deve -se considerar um conjunto de características morfológicas do esqueleto que passaram por mudanças ao longo da vida.

Essas alterações ao acontecem simultaneamente e no mesmo grau nos diferentes ossos e articulações. São considerados na determinação de idade os elementos:

Aparência: Até certo modo, sendo fácil diferenciar um recém-nascido, de um jovem ou um idoso. Oque dificulta é estabelecer essa diferença nos períodos transitórios e na aproximação da determinação de faixa etária. À medida que passam os anos, mais penosa é essa incumbência. Em periciais dessa natureza a aparência não oferece precisão.

Pele: Esse elemento tem pequena importância na determinação da idade, sendo mostrada na formação das rugas, que normalmente aparecem entre os 25 e 30 anos localizadas nas comissuras externas das pálpebras, nas regiões labiais, pescoço e fronte.

Pelos: Em mulheres os pelos pubianos aparecem por volta dos 12 aos 13 anos de idade, os pelos axilares, aproximadamente 2 anos depois dos pubianos. Nos homens, dos 13 aos 15 anos a calvície é de aparecimento irregular, como também o fenômeno do envelhecimento.

Globo ocular: Trata-se do elemento mais significativo, referente à idade. É o arco senil, que se caracteriza por uma faixa periférica e acinzentada da córnea. Contrastada na íris, que está presente em 20% dos quadragenários e em 100% nos octogenários. É uma característica muito relativa para a especificar a faixa etária. Esse arco compõe-se de colesterol, triglicerídeos e fosfolipídios, sendo mais constante nos homens do que em mulheres e em algumas patologias, como o diabetes, carências vitamínicas e hipertensão arterial.

Dentes: Sabemos que os dentes têm uma época própria para o surgimento, exercendo grande influência sobre a classificação da idade. Sendo levada em conta a primeira e segunda dentição, não sendo uma maneira tão rigorosa, mas tendo condições de se ter uma idade aproximada de um indivíduo a partir de 5 meses de nascido, tomando por base a cronologia da erupção dentária. Na prática, a fórmula dentária de 16/16 presume idade superior a 18 anos, 14/14, presume idade menor que 18 e maior que 14 anos, e de 12/12, presume a idade inferior a 14 anos, despertando maior interesse no que diz respeito ao aferimento da idade nos crimes de sedução e estupro. Podendo também ser determinada a idade através do estudo do crescimento de cada dente, desde a vida intrauterina até cerca dos 25 anos, com uma possibilidade de aproximação muito maior do que pela cronologia da erupção dentária decídua ou permanente.

Radiografia dos ossos: O surgir dos pontos de ossificação e a soldadura das epífises a diáfises são referências da maior significação a respeito da determinação da idade óssea. A radiografia do punho, do cotovelo, do joelho e do tornozelo, da bacia e do crânio é peça importante e positiva para o assunto. O núcleo da epífise radial surge em torno do 18º ao 24º mês de vida. O escafoide aparece entre os 8 e 9 anos; o pisiforme, dos 10 aos 13; o semilunar e o piramidal, dos 4 aos 7; o trapézio e o trapezoide, dos 5 aos 8; e o capitato e o hamato, dos 4 aos 5 anos. Também pode-se estimar a idade por meio do estudo comparativo da mineralização dos ossos do corpo com a ajuda de radiografias padronizadas; o trapezoide é o que apresenta melhor índice de segurança.

Suturas do crânio: As suturas cranianas vão se ossificando e desaparecendo na idade adulta, de maneira lenta e progressiva, com um maior surto de atividade na idade avançada. Outra característica importante na idade senil é a redução do tamanho das maxilas e mandíbula pela perda dos dentes, reabsorção óssea e alteração dos ângulos da mandíbula.

Ângulo mandibular: A idade pode também ser avaliada, determinando-se o ângulo mandibular. Em graus, a média é a seguinte: 150° no feto, 135° no recém-nascido; 130° de 0 a 10 anos; 125° de 10 a 20 anos; 123° de 20 a 30 anos; 125° de 30 a 50 anos; 130° acima dos 70 anos.

DETERMINAÇÃO DA ESTATURA

No ser humano vivo, a estatura é obtida com o indivíduo em pé, em posição de vertical; no cadáver, com uma régua especial, cujas hastes tocam no ponto mais alto da cabeça e na face inferior do calcanhar. Porém, quando dispomos apenas dos ossos longos dos membros, podemos alcançar a estatura baseada na tábua osteométrica de Broca ou nas tabelas de Étienne-Rollet, de Trotter e Gleser, de Mendonça ou de Lacassagne e Martin. Bastando multiplicar o comprimento de um dos ossos longos pelos seus índices, para nos aproximarmos da sua altura quando vivo. Em nosso país utilizamos as tabelas osteométricas para a obtenção da estimativa da estatura a partir de padrões europeus e norte-americanos e sempre com base no comprimento dos ossos longos. Berto Freire (in Estatura: Dado Fundamental em Antropologia Forense, Tese de Mestrado – UNICAMP, Odontologia, 2000) estudou a possibilidade da obtenção desta estimativa a partir do comprimento do úmero, rádio, fêmur e tíbia. Verificando que: “1. Existe correlação positiva entre as variáveis estudadas, isto é, com o aumento do comprimento dos ossos existe uma tendência de aumento na estatura, tanto para o sexo masculino quanto para o sexo feminino: 2. Os modelos ajustados para a obtenção da estimativa

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