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A Escola dos Analles

Por:   •  10/5/2018  •  Abstract  •  590 Palavras (3 Páginas)  •  242 Visualizações

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Escola dos Annales

        Criada em 1929, a Revista dos Annales modernizou a maneira de se fazer história até então. Sobrepondo a descrição de acontecimentos por uma história-problema, a Escola dos Analles incorporou fatores humanos como religião, geografia, linguística, cultura, economia e política à sua maneira relatar a história, deixando com que a narrativa fosse apenas um espelho afim de refletir o real.

        Seus dois fundadores e líderes, Lucien Febvre e March Bloch, estavam descontentes quanto a maneira com que a historiografia era muito focada na política, e visaram, portanto, a ortografar sobre a história social, a moral, a cultura, a literatura e a arte.

        Leopold Von Ranke não recusava a nova maneira de relatar a história, porém sempre deu maior importância aos documentos históricos e acabou por deturpar a reputação dos que defendiam essa revolução historiográfica, ocasionando a remoção da história-não-política da grade acadêmica visto que os historiadores estavam interessados em profissionalizarem-se apenas.

        Já para Michelet. a história era concepção das classes subordinas. Burckhardt, por sua vez, acreditava que a história era formada por três poderes: a religião, a Cultura e o Estado.

        Durante o século 20, foi através do movimento "Controvérsia de Lamprecht", na Alemanha, que Karl Lamprecht determinou a história como uma ciência sociopsicológica.

        Em 1893, Frederick Jackson Turner ponderou que a história englobar, com o auxílio de especialistas de diversas áreas de conhecimento, tudo que o homem realizou e pensou a partir de seu surgimento na Terra.

        O geógrafo Paul Vidal de la Blache ambicionava unificara história e a geografia, e acabou por fundar a revista "Annales de Géographie", em 1891. Seu colega, Febvre confiava que essas duas disciplinas eram complementares uma a outra e, portanto, funcionavam bem juntas e, diante disso, ele constantemente definia as regiões em suas monografias provinciais.

        O livro "Les Rois Thaumaturges", escrito por Marc Bloch, foi de grande relevância na era, e expunha o poder de um rei e sua suposta habilidade de curar doenças através de toques e palavras, o que era raro na época, visto que apenas alguns historiadores se apegavam aos fatos e política históricas. Para Bloch, esse livro era de cunho "psico-religioso", o qual detinha tanta fé popular no toque de seu rei que até mesmo a força de vontade se curava, e, para ele, isso era um senso primitivo. Pode-se afirmar que isso é um estudo sociológico, uma vez que salienta os sistemas de crença. Além de que Bloch não expõe sua crença no toque real no decorrer de seu livro. E, ao utilizar o tempo "história comparativa, Bloch procura não criticar, mas sim pontilhar os diversos tipos de cura por toque já executadas em alguns países e/ou continentes. Febvre, por sua vez, admitia que religião deveria inspirar e cativar o povo, e não subjugá-las ou lográ-las.

        Com a Revista dos Annales não somos capazes de apenas ter acesso a história que nos antecedeu, mas também uma visão muito mais ampla da mesma, ter consciência dos motivos do porquê algumas coisas aconteceram do jeito que aconteceram. Por esses motivos que a Escola dos Annales é tão importante e que deveria ser estudada ou pelo menos conhecida por grande parte das pessoas.

        

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