TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A História do Direito

Por:   •  20/11/2018  •  Artigo  •  12.934 Palavras (52 Páginas)  •  163 Visualizações

Página 1 de 52

HISTÓRIA DO DIREITO

Belo Horizonte

2018

HISTÓRIA DO DIREITO

Artigo jurídico apresentado pelo discente do curso de Direito da Faculdade Minas Gerais – FAMIG do 1º período manhã.

Orientador:

Belo Horizonte

2018

SUMÁRIO

1 – Direito na Grécia Antiga ............................................................................5

2 – Direito Romano............................................................................................7

3 – Direito Feudal e das Cidade .......................................................................9

4 – Direito Canônico 12

5 - Formação de Direito Privado Ocidental 16

6 - Evolução do Direito Positivo Moderno 21

REFERÊNCIAS 32

RESUMO

O direito é uma invenção do homem. Vários pensadores denominam o direito como um fenômeno de origem natural o qual associa-se ao relacionamento entre os seres vivos para combate aos interesses conflitantes no meio. Dos primórdios das civilizações, surge a necessidade de balanceamento das relações entre os integrantes da espécie humana tendo em vista a desarmonia, a discórdia e a indisciplina entre os mesmos. Com o decorrer dos tempos, o direito foi sendo adaptado às necessidades oriundas das modificações nas civilizações, transformando-se no instrumento de controle social. Para entender o direito, necessário será vinculá-lo à realidade histórica buscando os fundamentos sociais, políticas, econômicos e culturais que ordenaram a conduta deste ou daquele grupo humano que o adotou e o utilizou. O presente artigo, brevíssima retrospectiva de História do Direito, pretende ser uma contribuição ao estudo do direito atual.

1- Direito na Grécia Antiga

Grécia na Antiguidade não significava um país, mas uma região cuja organização política era ditada pelas condições geográficas e econômicas. Embora se possa falar de uma unidade cultural, não há propriamente que falar de direito grego porque com exceção do período de Alexandre, o Grande, não havia unidade política e jurídica na Grécia Antiga. A natureza dividiu a região em pequenas unidades econômicas que se organizavam como Cidade-estado e independentemente do regime político a que se submetia a polis, havia a crença de que as leis, e não os homens, a governavam: nomos – costume próprio a uma polis. Nunca houve leis aplicáveis a todos os gregos, no máximo, além da língua e da religião, costumes comuns.

Conhece-se pouco a respeito da evolução do direito na maior parte das cidades, apenas Atenas deixou traços suficientes para permitir o conhecimento dos estágios sucessivos da evolução de seu direito.

Nos séculos VIII e VII a.C, as cidades gregas conheceram um grande desenvolvimento urbano, embora de forma desigual. O progresso gerou a queda das monarquias e o início de agitações sociais que produziram legislações e legisladores destacando-se, Licurgo de Esparta e Sólon e Dracon de Atenas. Os dois últimos têm a existência histórica comprovada.

Na evolução jurídica da Grécia, pode-se de uma certa maneira, distinguir períodos: o da civilização cretense, seguida pela época dos clãs descrita na Odisseia de Homero, e a formação das cidades pelo agrupamento de clãs.

Esparta, fundada no século IX a.C por invasores dórios, detém a evolução política no século VII e mantém as instituições arcaicas por uma legislação atribuída a Licurgo, porém parece ter sido obra das grandes famílias desejosas de perpetuarem o status quo.

A sociedade espartana, dividida entre esparciatas – descendentes dos dórios, guerreiros; periecos – sem direitos políticos, mas com boas condições materiais de vida e hilotas, escravos do Estado, cujas condições de vida eram insuportáveis.

A sociedade se estrutura em bases definitivas: periecos e hilotas submetidos pelos esparciatas que não tem problemas de sobrevivência material mas tem um cotidiano com base numa educação militarista rígida.

A política espartana se tornou extremamente conservadora. O Conselho de Anciãos, a Gerúsia, composto por vinte e oito Gerontes – cidadãos esparciatas acima dos sessenta anos - que tinham cargo vitalício e eram escolhidos por aclamação.

A Gerúsia escolhia os Éforos, cinco magistrados com mandato de um ano que tinham como função cuidar das crianças esparciatas (dever do Estado) e julgar os processos civis.

Diferentemente de Esparta, Atenas é, nos séculos V e IV a.C, exceto em alguns períodos de regime aristocrático, uma democracia. Cada cidadão participa intensamente da vida política: na Ágora, no Conselho (quando eleito para este) ou quando é magistrado. O tribunal mais importante é o Helieia com seus seis mil jurados recrutados anualmente por sorteio.

São julgados por esse tribunal processos de direito privado e de direito público, por isso, as discussões sobre o direito e a política são assuntos de todos os cidadãos.

Oradores, trágicos, filósofos e historiadores tratam dos processos de modo a se fazerem acessíveis a um auditório popular e os legisladores, os primeiros a redigir as leis em Atenas, surgem no século VII a.C.

O primeiro, Dracon (em 621 a.C.), famoso pela severidade de suas leis, por ser eupátrida conservou os

...

Baixar como (para membros premium)  txt (85.1 Kb)   pdf (228.7 Kb)   docx (51.2 Kb)  
Continuar por mais 51 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com