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A Independência, ou do conformismo e, em geral do caráter dos juízes

Por:   •  16/11/2017  •  Resenha  •  2.171 Palavras (9 Páginas)  •  378 Visualizações

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CAPÍTULO XIII

Do senso de responsabilidade e do amor ao sucesso ou da ordem jurídica que não é um ramo da burocracia, mas uma ordem religiosa

Entre o rito religioso e judiciário existem um parentesco histórico, e se por ventura fizesse um estudo entre eles seria percebido certo uma correlação em sua evolução histórica.

A missão do juiz é tão elevada, e depositada a confiança nele, que erros perdoados em outras pessoas, é inconcebível num magistrado.

O juiz deve pensar três vezes antes de proferir uma sentença para que se houver não se acabe na angustia da sua responsabilidade.

CAPÍTULO XIV

Da independência, ou do conformismo e, em geral do caráter dos juízes

Um dos piores vícios de um juiz, é o conformismo que faz com que ele se torne cada vez mais com preguiça moral e exprimir soluções acomodadora à soluções justas, pois é esta a que exige mais trabalho. Eles, os Juízes, vistos por um Advogado - Belíssimo (artigo) de Piero Calamandrei

www.amodireito.com.br | 15/09/2017 | IG @DireitoNews

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goo.gl/xNrxDK | CAPÍTULO I

Da fé aos juízes, primeiro requisito do advogado

O primeiro requisito para ser um advogado deve ser, mesmo sendo favorecido pela lei e consciência, acreditar que terá um resultado justo nas razões defendidas por ele e, principalmente, acreditar que encontrará um magistrado que entenderá suas razões e lhes dará a almejada justiça, mesmo que seu opositor seja mais eloquente desde as suas petições em papel até a sua forma verbal na forma forense.

Apesar de tudo parecer muito simples não o é, pois o magistrado é sempre uma caixa de surpresa podendo, apesar de acreditar em suas razões, dar a vitória ao seu opositor por uma questão de estética jurídica.

Também é comum a surpresa do advogado quando, mesmo seu opositor sendo tão esmerado ele não obtém a vitória.

CAPÍTULO II

Dos bons modos (ou da discrição) nos julgamentos

Neste capítulo será falado sobre a etiqueta judiciária que é responsável pela perturbação do advogado durante a audiência, principalmente quando o mesmo deve se manter tranqüilo quando lhe cortam a palavra esfriando seu clamor por justiça.

Em tempos remotos o processo era como um duelo onde o magistrado era como um árbitro ditando as regras do jogo e observando o malabarismo dos advogados.

O advogado fora do tribunal é um ser humano contido e educado, porém quando entra no tribunal transforma-se, esquecendo todas as regras dos bons modos, das boas maneiras e da educação.

Atualmente tais atitudes não indicam energia e sim, quase sempre, é o indicativo da perda da causa. As partes não devem sugerir a etiqueta ao juiz por ser ele considerado o mestre na educação.

O advogado não deve entrar em polêmica com o juiz engolindo algumas situações fazendo com que o juiz convença-se de ter encontrado os argumentos corretos por conta própria.

CAPÍTULO III

De certas semelhanças e de certas diferenças entre juízes e advogados

Pior situação para um advogado é ter um juiz como cliente. Apesar do advogado estar acostumado a inclinar frente a opinião do juiz, quando este passa a ser o cliente, mesmo ele tendo opinião própria a respeito do processo que litiga e de sua condução não pode de forma alguma impor-lhe suas diretivas técnicas.

O juiz, nesse caso, deve esquecer sua posição privilegiada mantendo-se como litigante que está sendo representado por um advogado competente.

CAPÍTULO IV

Da chamada oratória forense

Se o dever do advogado é persuadir o juiz a aceitar sua tese, o do juiz é compreender o que lhe é dito.

Na visão do juiz a forma de eloqüência jurídica onde se fundem a brevidade e a clareza, qualidades primordiais do orador, é o silêncio.

Nas defesas escritas e orais a brevidade é o meio mais seguro de se ganhar causas. O duelo de oratória das partes visam, principalmente, o juiz e este deve pensar em fazer justiça conforme sua consciência.

CAPÍTULO V

De certa imobilidade dos juízes em audiência

Os juízes se atormentam quando um advogado diz coisas inúteis ou insensatas em uma audiência, precisando muitas vezes interrompê-los. Pois, muitas vezes os advogados não percebem, mas modulam suas frases tão cadenciadamente que propiciam o sono e o sono é a forma mais discreta que o juiz adota para sair na ponta do pé quando o discurso não interessa mais.

CAPÍTULO VI

De certas relações entre os advogados e a verdade, ou da necessária parcialidade do defensor

Num processo temos dois advogados que mesmo sustentando teses opostas acreditam na sua verdade, colocando-se no lugar do cliente. Ele age como um historiador recolhendo fatos de acordo com um critério de escolha pré-estabelecido desprezando aos que são irrelevantes.

CAPÍTULO VII

De certas aberrações dos clientes, que os juízes devem recordar para desculpa dos advogados

Este capítulo trata da forma como o cliente escolhe seu advogado, procurando neles as qualidades opostas às que os juízes apreciam. Os juízes gostam de advogados discretos e lacônicos, que não fabricam sofismas enquanto que os clientes gostam dos verbosos e prepotentes.

Os juízes gostam de defensores que primam pela exposição de uma tese objetiva, mas os clientes apreciam os que desconhecem a objetividade procurando sempre seus advogados entre políticos e professores.

A grande diferença entre um bom profissional e o espertalhão é que enquanto um se emprenha para encontrar nas leis as razões que permitem aos clientes violar legalmente a moral o outro busca na moral as razões para impedir que o cliente façam o que as leis permitem.

CAPÍTULO VIII

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