A Intervenção Administrativa na Auto-Hemoterapia
Por: drica44 • 2/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.007 Palavras (5 Páginas) • 121 Visualizações
RELATIVISMO CULTURAL Vamos dar prosseguimento ao conteúdo da disciplina com uma espécie de retorno a discussão que cada uma das escolas clássicas contribuiu para formar.
Vimos, por exemplo, que a mudança da escola Evolucionista para a Difusionista ocorreu com base na mudança de perspectiva, onde se deixou a noção da existência de um cultura universal para pensar na existência de diversas culturas. A noção de existência de uma cultura universal está ligada ao fenômeno do etnocentrismo. “O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. As autodenominações de diferentes grupos refletem este ponto de vista. (...) Os Akuáwa, grupo Tupi do Sul do Pará, consideramse "os homens"; os esquimós também se denominam "os homens"; da mesma forma que os Navajo se intitulavam "o povo". O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos a estranheza, em relação aos estrangeiros.” (LARAIA, 2001)
A ideia presente no Difusionismo que permite essa mudança de perspectiva é chamada de “relativismo cultural”.
Tributase a Franz Boas a concepção do relativismo cultural na Antropologia, embora não tenha sido este autor a cunhar o termo que somente será usado posteriormente.
Para Boas o relativismo cultural é antes de tudo um princípio metodológico. Isso significa que o pesquisador não deve analisar um “costume” da cultura a qual está estudando a luz dos seus próprios costumes (valores).
Mas, afinal, o que é relativismo cultural? Vamos por partes... Relativizar, segundo o dicionário Michaelis, significa “dar um valor ou uma proporção relativa a determinada coisa, não admitindo seu caráter absoluto ou independente”. Relativo, por sua vez, pode exprimir o sentido daquilo “que se reporta a outro ser. Que depende de outro”.
Em Antropologia “relativizar” está ligado a um distanciamento que transforma o exótico em familiar e/ou o familiar em exótico.
Em outras palavras, é afastar a noção absoluta que um valor possui na cultura daquele que está observando uma cultura diferente da sua, sabendo que aquele ato/fato se reporta a outro ser. É se distanciar de seus valores e se aproximar dos valores do outro para poder compreendêlos.
Todas as culturas diferem em seus postulados básicos em alguns pontos.
Os padrões do certo e errado (valores) e dos usos e atividades (costumes) são relativos às culturas. Relativizar significa que o pesquisador é capaz de suspender o juízo, procurar entender o que se passa, do ponto de vista do povo estudado (nativo). Sabem rir com o povo e não rir dele. A noção de existência de uma cultura universal está ligada ao fenômeno do etnocentrismo. “O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. As autodenominações de diferentes grupos refletem este ponto de vista. (...) Os Akuáwa, grupo Tupi do Sul do Pará, consideramse "os homens"; os esquimós também se denominam "os homens"; da mesma forma que os Navajo se intitulavam "o povo". O ponto fundamental de referência não é a humanidade, mas o grupo. Daí a reação, ou pelo menos a estranheza, em relação aos estrangeiros.” (LARAIA, 2001)
A ideia presente no Difusionismo que permite essa mudança de perspectiva é chamada de “relativismo cultural”.
Tributase a Franz Boas a concepção do relativismo cultural na Antropologia, embora não tenha sido este autor a cunhar o termo que somente será usado posteriormente.
Para Boas o relativismo cultural é antes de tudo um princípio metodológico. Isso significa que o pesquisador não deve analisar um “costume” da cultura a qual está estudando a luz dos seus próprios costumes (valores).
Mas, afinal, o que é relativismo cultural? Vamos por partes... Relativizar, segundo o dicionário Michaelis, significa “dar um valor ou uma proporção relativa a determinada coisa, não admitindo seu caráter absoluto ou independente”. Relativo, por sua vez, pode exprimir o sentido daquilo “que se reporta a outro ser. Que depende de outro”.
Em Antropologia “relativizar” está ligado a um distanciamento que transforma o exótico em familiar e/ou o familiar em exótico.
Em outras palavras, é afastar a noção absoluta que um valor possui na cultura daquele que está observando uma cultura diferente da sua, sabendo que aquele ato/fato se reporta a outro ser. É se distanciar de seus valores e se aproximar dos valores do outro para poder compreendêlos.
Todas as culturas diferem em seus postulados básicos em alguns pontos.
Os padrões do certo e errado (valores) e dos usos e atividades (costumes) são relativos às culturas. Relativizar significa que o pesquisador é capaz de suspender o juízo, procurar entender o que se passa, do ponto de vista do povo estudado (nativo). Sabem rir com o povo e não rir dele. A noção de existência de uma cultura universal está ligada ao fenômeno do etnocentrismo. “O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. As autodenominações de diferentes grupos
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